O clima olímpico invadiu a vida de Úrsula Corona. Depois de interpretar a assistente social Cláudia em “Totalmente Demais” (Rede Globo), a atriz estreou a série-documentário “Jogos Mundiais dos Povos Indígenas”. O programa, no Canal Brasil, foi feito em parceria com o Canadá, Rússia, Nova Zelândia e México. “Nós contamos sobre as Olimpíadas do povo mais antigo do mundo: o índio. E está sendo maravilhoso participar desse projeto. Além do trabalho em si é o tipo de proposta que eu admiro muito, porque a gente acumula aprendizado. Então, quando tem um trabalho em que eu também aprendo é muito bom. E, eu me envolvi tanto nesse projeto, que acabei entrando na coprodução junto com o Marco Altberg, que é um mestre para mim”, contou.
E engana-se quem pensa que a atriz só admira os esportes pela telinha. Em entrevista ao HT, Úrsula Corona contou que, quando criança, já foi, inclusive, atleta federada do Vasco da Gama, clube do Rio de Janeiro, por três anos. E, nos dias de hoje, ainda faz questão de manter uma relação próxima aos esportes. “Na minha infância, eu participei da Campeonato Brasileiro de Vôlei nas fases pré-mirim, mirim e infantil. Hoje em dia, eu tenho uma ONG de futebol em que a gente estimula os times femininos e masculinos nas comunidades do Rio de Janeiro. Nós temos uma comunidade muito forte aqui, que é a Rocinha, e, com esse projeto social, nós acumulamos prêmios na Alemanha, no Discovery Football, na Inglaterra, com o Manchester United, no México, em Portugal e na Espanha. Eu acredito que o esporte é o início de uma formação como pessoa mesmo”, disse.
Sobre as Olimpíadas do Rio, a atriz opinou que, para ela, que os cariocas garantiram o sucesso dos Jogos. Úrsula que, embora tenha nascido do outro lado da Ponte Rio-Niterói, tem o coração carioca, destacou os diversos casos recentes que contribuíram para uma expectativa ruim para o evento esportivo. “Nenhuma obrigação ambiental foi cumprida, recentemente acharam um corpo esquartejado nas areias de Copacabana e também teve o caso do roubo dos equipamentos dos alemães. Tudo isso é um péssimo exemplo. Eu moro entre Lisboa, em Portugal, o Rio e Heidelberg, na Alemanha, e eu vejo que, infelizmente, a gente como país não está preparado. O que salva o Brasil que, no final, a Copa do Mundo foi um sucesso e os eventos são sempre incríveis, são os brasileiros. Então, o meu maior orgulho é de ser brasileira”, argumentou.
Apesar de assumir a amarelinha e cantar que é brasileira com muito orgulho e com muito amor, Úrsula disse que ultimamente não tem sido fácil manter esse espírito patriota. Embora a atriz ressalte o orgulho ufanista, ela também reconhece o momento de crise pelo qual estamos passando. “Eu amo ser brasileira. O que eu mais gosto é viajar e encontrar, fazer negócios e trabalhar com meus compatriotas. O brasileiro é a melhor raça que existe, nós somos uma mistura de tudo. A gente não se abate com uma crise ou uma dificuldade, porque o jeitinho brasileiro é o que sobressai em qualquer situação. Porém, existe uma doença instalada no sistema e isso tem que mudar. E, como brasileira, eu acho que nós temos que alimentar a nossa democracia. A gente não pode ser tão ausente politicamente. Temos que usar as redes sociais, mas não para ficar apenas criticando. Nós temos que mudar, e isso só acontece com união, pensamento e ação. Eu não gosto de reclamar, eu gosto de agir”, declarou.
Opiniões à parte, Úrsula nos contou que tem outros projetos além da série olímpica. Como nos adiantou, a atriz fará um programa em Portugal, uma novela fora do país e outra por aqui mesmo, na Globo. Ah, e segundo a atriz, ela não troca por nada a fidelidade com o plim-plim. “Eu respeito todos os canais, mas eu não troco. Eu comecei com oito anos de idade na emissora, mas sempre fui muito independente. Quando mais nova, eu fazia da minha carreira como se fosse um Banco Imobiliário. E eu usei isso como um investimento para escolher, e não ser escolhida. Fora que eu tive a sorte de ter uma orientação dos meus pais para isso. Minha carreira sempre foi assim, um pulo fora da gaiola. E, por conta disso, eu já trabalhei na Holanda, Portugal, Alemanha, Dinamarca, Espanha, Colômbia e aqui no Brasil. Eu tenho uma necessidade de aprender com outras pessoas e isso me alimenta. Eu gosto de sair do lugar comum. Mas, com a Globo, eu tenho um carinho enorme. Primeiro porque eu tive um grande mestre lá dentro que foi o (Roberto) Talma, que faleceu ano passado. Fora que eu tenho um respeito de humildade e gratidão que me faz querer continuar aprendendo com essas pessoas”, afirmou a atriz Úrsula Corona que já participou de sucessos da emissora como “O Beijo do Vampiro”, “Viver a Vida”, “O Astro” e “Malhação”.
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