Primeiro Baile do Copa desde 2020 — em função da pandemia, duas edições precisaram ser canceladas —, a grande festa de Carnaval do mítico Belmond Copacabana Palace, que completa 100 anos, foi de arromba neste sábado. Com demanda reprimida e exaltando a maravilhosa efeméride, o hotel investiu pesado para fazer um baile dos sonhos.
Luxuoso, na entrada do baile chegou a rolar um certo engarrafamento de vestidos de cauda, paêtes, pernas de pau (que eram atrações), arranjos de cabeça em formato de pavão e muito, muito glitter mesmo, no lobby. “Esse baile vai ser melhor do que todos os outros”, prometia o gerente de comunicação do hotel, Cassiano Vitorino.
E assim que o segurança liberou a entrada para o “Túnel do Tempo” — tema de #100doCopa —, os convidados subiram ávidos para se esbaldar nos salões customizados, como já tínhamos entregado, em primeira mão, no nosso Instagram: havia cartas de baralho em clima de “Alice no País das Maravilhas”, que, na verdade, lembravam o cassino, símbolo dos anos 20 a 40, corredores em linhas curvas psicodélicas, paredes forradas com rostos em Pop Art das grandes personalidades que já se hospedaram no Copa. Entre elas, Liza Minnelli, Rita Hayworth e Pierce Brosnan. A surpresa foi uma Carmen Miranda holográfica, interpretada por Laila Garin, e um espaço batizado como Black Pool, uma réplica da famosa piscina exclusiva do sexto andar do hotel, que rapidamente se tornou o cenário favorito para fotos.
Dos dois lados do salão principal, com tema cassino, um extenso banquete com frutos do mar, carnes, saladas, patês, pães, queijos e doces e, no centro da mesa, uma grande roleta que servia de palco para as dançarinas estilizadas. “Fiquei impactada com a decoração dos salões”, confessou Jade Picon, a Chiara de “Travessia”, visivelmente deslumbrada com seu primeiro Baile do Copa.
A belíssima direção artística concebida por Gustavo Barchilon, com cenografia de Daniel Cruz, misturou Op Art e Pop Art, com o objetivo de transportar os dois mil foliões numa viagem no tempo, o que se cumpriu com sucesso. A varanda foi intitulada como 2123, mas com uma projeção de como seria o hotel daqui a um século, e o Golden Room, 1923, ano de fundação do Copa — na prática, duas festas completamente distintas dentro de uma única e grande celebração. “Afinal, o presente é o que passa, o passado é o que fica e o futuro é agora!”, filosofava Gustavo Barchilon.
Se na varanda o clima era de um grande disco ball, com DJs tocando remixes de sucessos da música brasileira e da americana e dançarinos robóticos em vibe futurista, no Golden Room, o século passado se fez presente. Lá, a decoração, em tons pastéis, evocava os carnavais dos loucos anos 1920, com marchinhas para lá de clássicas no repertório da Banda do Cordão da Bola Preta.
A atriz e cantora Emanuelle Araújo foi uma das convidadas do Cordão do Bola Preta e fez um medley com “Sassaricando” e “Balancê”, para deleite geral. Usando um vestido longo com uma não menos longa fenda, Emanuelle sacudiu o baile e exaltou os músicos, que cedo, no sábado, já tinham botado para quebrar no tradicional bloco. Ela era observada atentamente pelo marido, o modelo e empresário Fernando Diniz.
Foi também no palco do Golden Room que surgiu Sabrina Sato. Com look que evocava Marilyn Monroe (1926-962), ela roubou a cena. Por lá também passou a modelo Izabel Goulart, que fez sua estreia como Rainha do Baile. “Estou muito feliz de estar aqui hoje, estou me divertindo muito como Rainha e vamos curtir, pois é Carnaval”, dizia ela no posto que já foi ocupado por Camila Queiroz, Ísis Valverde, Sabrina Sato, Marina Ruy Barbosa, Luiza Brunet, Luana Piovani, Guilhermina Guinle, Deborah Secco e Grazi Massafera.
Já na varanda, Serjão Loroza e sua banda fizeram um som com pegada mais soul, em que transitaram entre sambas e músicas dançantes da nossa MPB. Ao lado, a parte em frente à icônica piscina do Copa era um refúgio com lounges em cor prateada e bares mais distantes do clima heavy da folia.
Nas conversas, dentro desse grande túnel do tempo, ouviam-se corações partidos vibrando ao som de “Vou Festejar”, o samba eternizado na voz de Beth Carvalho, e, claro, muitos flertes, 0 a 0, início de novos romances, porres e loucuras tornaram inesquecível mais uma noite de Baile do Copa, que seguiu frenético até o raiar do sol.
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