*Por Karina Kuperman
Depois de quase dez anos longe da mídia, Suzana Alves esteve, em 2017, na competição “Dancing Brasil”, da Rede Record. De lá pra cá, os fãs só tem tido motivos para comemorar. A ex-Tiazinha, que ficou mundialmente conhecida no final da década de 90, voltou de vez para a TV. Agora, dá vida a uma esposa ciumenta no núcleo cômico de “Topíssima” e é par romântico de Eri Johnson. “Inês é uma mulher que inferniza o marido e vive atrás de descobrir o que não existe. Ela é a camareira do hotel de luxo onde a protagonista mora e é muito coração, 8 ou 80. Uma mulher que não faz tipo, tem personalidade”, conta. “Amo fazer humor, combina comigo”, diz ela, que recebeu convite para a trama no último dia de gravações do reality de dança. “Estou aprendendo muito com o ritmo televisivo, com a dinâmica de gravações por dia. Novela é uma grande escola para o ator”, entrega.
Durante o tempo longe dos olhos do grande público, Suzana formou-se em jornalismo, teve um filho e viveu momentos sabáticos. “Eu saí da mídia porque queria retomar minha vida, ser protagonista da minha própria história. Queria retomar meus estudos, morar fora, me aperfeiçoar como atriz, trabalhar a mente, o corpo e espírito”, conta. “Daí, na gestação do Ben, em 2016, começou a despertar uma liberdade de espírito em concluir minha missão, meu chamado de vida mesmo, que não tem relação ao com a televisão, mas com a vontade de Deus para mim”.
Esse intervalo na carreira, porém, foi fundamental. A “Tiazinha” surgiu quando Suzana tinha apenas 18 anos. Na época, sua mascarada tornou-se um dos sex symbols mais famosos do país, mas, em 2000, não quis renovar o contrato, alegando que “queria parar antes que a personagem se tornasse decadente”. “Tudo aconteceu eu era muito novinha, tive que trancar a faculdade. Eu não tinha mais rotina nem privacidade. Era muita exposição em todos os sentidos, então eu fiz questão de retomar meu anonimato, até para me encontrar como pessoa, e isso virou minha prioridade: não me sabotar entre realidade e fantasia”, explica ela, que, na época, chegou a sofrer com síndrome do pânico e depressão. “Eu que dei esse diagnóstico na época, não procurei médicos, só eu, Deus, minha família e amigos, e fui curada, acredito que tem cura, sim. Anos depois, comecei terapia também. Eu adoro”, diz.
Apesar das dificuldades, Suzana garante: nunca chegou a sofrer assédio na pele da mascarada que foi ícone de fetiche de tantos. “Minha equipe sempre me protegeu muito, graças a Deus! Nunca deixou chegar nada até mim. Sempre tive um time maravilhoso e a proteção de Deus, claro”, analisa ela, que, volta e meia, ainda é reconhecida pela icônica personagem. “Não tanto como antes, mas me abordam sobre isso, sim. As pessoas têm acompanhado minha história desde lá”, diz. E, apesar do sucesso, ela não voltaria a interpretar Tiazinha, nem mesmo em projeto especial. “Não voltaria ao passado, eu vivo o presente”, assegura.
Aos 40, Suzana continua tão linda quanto na época em que estourou. “Acho que cuidar da gente mesmo é uma forma de se amar. A chegada aos 40 faz a mulher ficar muito mais interessante e bela”, avalia ela, que comemora a quarta década de vida na TV. “Todos os trabalhos que me disponho a fazer considero importantes, independentemente do tamanho. ‘Topíssima’ é um presente incrível, ganhei uma personagem linda e divertida que estou amando interpretar”, elogia.
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