O SENAI CETIQT fez história ao formar há dois anos os líderes pioneiros no movimento de implantação da Indústria 4.0 no Brasil, através de seu Master in Business Innovation (MBI) em Indústria Avançada: Confecção 4.0. Em ascensão no mundo, a Quarta Revolução Industrial é o tão aguardado momento de convergência em que as máquinas não apenas levantam dados, mas passam a tomar decisões através de sistemas computacionais em conexão com profissionais, proporcionando que empresas melhorem processos, alavancando negócios. Nesse contexto real, que costumo dizer que mais parece saído de um filme sci fi, empresários e executivos do setor têxtil e de confecção compartilharam ideias, conhecimentos, informações e, hoje, são capazes de elaborar projetos de implantação da Confecção 4.0, gerando processos industriais mais eficientes, produtivos e sustentáveis. Agora, pela sua expertise, o SENAI CETIQT, maior centro latino-americano de produção de conhecimento aplicado à cadeia produtiva têxtil, de confecção e química, e referência em tecnologia, consultoria e formação de profissionais qualificados para a Quarta Revolução Industrial, em sinergia com o Programa Alavancagem de Alianças para o Setor Automotivo, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), deu o start aos trabalhos da primeira turma do Master In Business Innovation (MBI) em Indústria Avançada: Automotiva 4.0, exclusivo para gestores das maiores empresas automotivas.
“Podemos afirmar que um novo horizonte se vislumbra para o setor automotivo e esta oportunidade consolida e valida a competência do SENAI CETIQT frente à Indústria 4.0 e, agora, capacitando os tomadores de decisão da indústria automotiva. Eles conduzirão grande transformações com o incentivo às tecnologias habilitadoras da sua empresa. E é claro que a sustentabilidade também tem ligação com as novas tecnologias e é um dos pilares da Indústria 4.0. O salto será gigantesco”, observa Robson Wanka, gerente de Educação Profissional do SENAI CETIQT e gestor do projeto de ações que a instituição desenvolverá em sinergia com o Departamento Nacional do SENAI em prol da indústria automobilística.
Em tempo: foi o próprio Wanka que trabalhou no projeto da implantação da primeira Planta de Confecção 4.0 da América Latina – sinônimo de tecnologias digitais, como internet das coisas, big data e inteligência artificial, gerando um processo industrial mais eficiente – e foi o mentor do MBI Indústria Avançada: Confecção 4.0, do SENAI CETIQT. Sucesso imediato e que, em pouquíssimo tempo, estimulou a realização do primeiro Simpósio Brasileiro de Indústria 4.0 do Setor Têxtil e de Confecção, em Fortaleza (CE).
Portanto, o MBI em Indústria Automotiva 4.0 é extremamente disruptivo em termos de educação. “Queremos que os alunos estejam preparados para conduzir o processo de transformação digital, tornando as indústrias mais competitivas em âmbito global, seja por inovação, geração de resultados financeiros ou resultados para a sociedade”, enfatiza Robson Wanka.
A estrutura de educação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e os Institutos de Inovação e de Tecnologia irão auxiliar empresas automotivas brasileiras a aumentar a produtividade em conexão à Indústria 4.0. O SENAI está entre as instituições credenciadas para gerenciar os recursos do fundo de inovação do Programa Rota 2030 com ênfase na produtividade. O Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística na produção, no emprego, nos investimentos, na inovação e na agregação de valor do setor automobilístico é parte da estratégia do governo federal para o desenvolvimento do setor automotivo no país e tem o objetivo aumentar a exportação de veículos e autopeças, ampliando a inserção global da indústria automotiva brasileira.
Ao assinar o termo de parceria com o governo federal, no final do ano passado, o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, pontou: “A inovação acontece nas empresas, mas depende de um contexto, de um ecossistema, ninguém inova sozinho. Por isso, a importância da iniciativa combinada de instituições de conhecimento e de uma ação estratégica da agenda de política pública sob uma lógica de governança destinada a gerar valor, riqueza para o país. Essa é a compreensão do SENAI e a forma como nos envolvemos neste projeto”. O eixo gerenciado pelo SENAI é uma jornada rumo à Indústria 4.0 e o incremento de produtividade proposto tem ações que resultam de forma independente, porém possuem uma lógica sinérgica de atuação que promove resultados contínuos e de interesse do setor e da cadeia automotiva. Estas ações são operacionalizadas por meio de ferramentas consolidadas e que possuem resultados comprovados, como o Master Business Innovation.
“A capacitação é uma das linhas deste grande projeto do SENAI em parceria com o Programa Rota 2030. E é aí que está inserido o MBI para preparar os tomadores de decisão da indústria automotiva que vão conduzir o processo de transformação digital. O SENAI CETIQT é o provedor de capacitação para esses executivos, considerando a excelência e a experiência dos projetos anteriores”, pontua Wanka.
Está sendo configurado um novo mundo. A Indústria 4.0 transforma a maneira como as máquinas utilizam informações para otimizar o processo de produção tornando-o mais econômico, ágil e autônomo. Estamos no tempo de reconfigurar, ressignificar novas perspectivas e, certamente, com os pilares do olhar diferenciado para o meio ambiente, economia e questões sociais. É tempo de todos arregaçarem as mangas e ter um olhar crítico e analítico de passado, presente e futuro para a indústria automotiva.
Nada mais natural que o MBI voltado para a indústria automotiva ter sido inspirado no curso idealizado para capacitação de executivos do setor têxtil e de confecção em Indústria 4.0, verdadeiro case de sucesso. Podemos fazer uma analogia e dizer que, hoje, carro é 60% têxtil. Existem muitas partes e peças dos veículos que utilizam tecidos, não-tecidos, fibras e polímeros, que também são trabalhados na indústria. “Nós temos o know how do MBI em 4.0, que é um sucesso, e estamos fazendo uma sinergia com a indústria automotiva”, comenta Robson Wanka.
Entusiasmado, o gestor do projeto chama a atenção para uma característica peculiar: “Olha que legal: o setor têxtil e o setor automotivo trabalhando em conjunto para conduzirem o processo de inovação e transformação digital rumo à Indústria 4.0. É uma virada de chave sensacional a indústria brasileira”.
Wanka lembra a metáfora que ouviu na videoconferência de um gestor de inovação de uma grande montadora de que serão formados “arquitetos” da Indústria 4.0 no setor automobilístico. A palavra ‘arquiteto’ é no sentido de quem vai desenhar, aquele que vai montar o quebra-cabeça de tecnologias habilitadoras que já existem com base na realidade da sua empresa. E o SENAI CETIQT também vai colaborar na formação de uma base para que empresas conectadas sejam muito mais fortes do que atuando sozinhas. “Esse é o perfil do profissional que vamos formar. Um ‘arquiteto’ capaz de montar um quebra-cabeças de tecnologias para a sua empresa e se conectar com outras empresas para que, juntas, sejam mais fortes”, diz.
Para a coordenadora acadêmica do curso, Ana Cláudia Lopes, o MBI em Indústria Automotiva é “importantíssimo”: “O público-alvo continua sendo gestores. A gente tem gerentes, coordenadores, pessoas que têm poder de tomada de decisão dentro das empresas. O intuito é que sejam instigados a pensar diferente para poder levar inovação para dentro das empresas e, assim, torná-las mais parte integrante da quarta grande Revolução Industrial. Dessa forma, o setor automotivo brasileiro se torna mais competitivo em âmbito global”.
AULA MAGNA
A Aula Magna, 100% digital, realizada em um ambiente virtual de última geração, contou com uma participação especialíssima: o ícone do automobilismo brasileiro Emerson Fittipaldi, direto da Itália, conversou com 56 alunos do MBI, compartilhando conhecimentos e experiências sobre a paixão por carros. A oportunidade de ouvir o campeão emocionou imensamente a turma. “Nós queríamos surpreender. Divulgamos que teria uma cerimônia de abertura, uma parte mais solene, e uma palestra de um convidado especial. Queríamos fazer uma surpresa e ter a presença do primeiro campeão brasileiro de Fórmula 1. Partimos do pressuposto de que muitas inovações começam na Fórmula 1 e, depois, seguem para os carros. Quando os alunos viram Fittipladi no chat, vários printaram fotos com os filhos no colo. Ele é um ídolo”, conta Ana Cláudia.
Emerson Fittipaldi, primeiro piloto brasileiro a se tornar bicampeão de Fórmula 1 (em 1972 e 1974), campeão de Fórmula Indy (1989), bicampeão das 500 Milhas de Indianápolis, nos Estados Unidos, falou sobre seu começo de carreira, quando foi morar na Inglaterra para conseguir realizar seu sonho. “Ele chegou a trabalhar como mecânico numa oficina ma Inglaterra para conseguir recursos para custear seu sonho de ser piloto de Fórmula 1. Quem quer alcançar seu sonho, tem que acreditar”, comenta Robson Wanka.
A Aula Magna foi conduzida pelo antropólogo, pesquisador e assessor da diretoria executiva do SENAI CETIQT Marcelo Ramos, que recebeu os alunos; pelo gerente executivo de Inovação e Tecnologia do SENAI Nacional, Marcelo Prim, contextualizando a relevância do Programa Rota 2030; pelo gerente de Inovação do Departamento Nacional do SENAI, Roberto de Medeiros, que explicou o MBI dentro das ações do Programa Prioritário de Alavancagem de Alianças do Setor Automotivo; pelo gerente de Inovação e de Tecnologia Osvaldo Maia, do Instituto de Inovação do SENAI São Paulo, que deu as boas-vindas à turma; e o gerente de Educação do CETIQT, Robson Wanka abordando o incentivo para projetos de interação entre empresas.
O CURSO – Master In Business Innovation (MBI) em Indústria Avançada: Automotiva 4.0
Como consta na apresentação do SENAI CETIQT, o curso tem como objetivo “promover a interação entre os depositantes da PPP (montadoras e sistemistas) e demais empresas da cadeia, garantindo promoção e transferência de conhecimento entre as mesmas, bem como, possibilitar a sinergia das cadeias/alianças, a partir das montadoras. O MBI formará profissionais estratégicos e aptos a aplicar conceitos em projetos de inovação da Indústria 4.0 em empresas do setor automotivo, garantindo processos mais eficientes, produtivos e sustentáveis”.
Portanto, o curso destina-se aos profissionais das montadoras da indústria automotiva que executam atividades de tomada de decisão e liderança de equipes há no mínimo 1 ano, que sejam indicados pelas empresas depositantes do programa prioritário do SENAI de produção do setor automotivo, sendo portadores de diploma de curso superior de graduação ou egressos de cursos sequenciais, de formação específica, preferencialmente da área técnica, tecnológica ou de gestão, que conferem diplomação, conforme Resolução CNE/CES nº 01, de 08 de junho de 2007, Art. 1º, § 3º
Robson Wanka dá uma ótima visão geral do curso e diz que o profissional apto para trabalhar na indústria 4.0 precisa repensar os modelos atuais de negócio, pensar em como ser mais competitivo em vários aspectos: produção, qualidade, modelo de negócio, forma de atuação, integração. É pensar a diferença. Mudar o mindset.
Ana Cláudia Lopes conta que o todos os módulos curriculares são desmembramentos da Indústria 4.0. “O primeiro é introdutório e se chama Indústria Avançada. Os alunos terão contato, de forma ampla, com as sistemáticas. As outras unidades curriculares são voltadas para digitalização, integração de sistemas, big data, ou seja, temáticas inerentes à Indústria 4.0”, observa. “Até o fim do ano, os participantes terão cinco imersões online. No ano que vem, vamos ter mais quatro imersões presenciais. Cada uma em um estado diferente. A primeira na Bahia, a segunda no Paraná, a terceira em Minas e a última no CETIQT, no Rio, onde teremos a banca final e o encerramento do curso”.
A filosofia do MBI é empoderar esses profissionais fornecendo conteúdos relevantes e, ao mesmo tempo, estimulando a liderança e otimizando o tempo. Através da metodologia revolucionária do MBI, cada um dos players da indústria automotiva irá desbravar um novo universo e imprimir as suas chancelas.
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