#SaiaDaCaixa de Helen Pomposelli com Felipe Ishihama, que já morou em 12 países, fala sete línguas e tem muita história para contar


Felipe Ishihama, gerente geral do restaurante japonês Naga, aos 33 anos já trabalhou em hotel de luxo mundo afora, fez trabalho voluntário em ONG na África e hoje tem o Rio como porto seguro. Vem ler o papo!

*Por Helen Pomposelli
Coach de imagem e terapeuta energética vibracional (@helenpomposelli)

Alegria! O Saia da Caixa de hoje está cheio de boas gargalhadas…está escutando? Conversei com Felipe Ishihama, gerente geral do restaurante japonês Naga, que, aos 33 anos, já tem muita história para contar! O ariano, de Sorocaba, interior de São Paulo, se diz, hoje, uma pessoa mais focada e autêntica, mas nem sempre foi assim. “Vivo alegre, amo conhecer pessoas novas, sou bem curioso, faço questão de ficar antenado em tudo que está acontecendo no mercado.  Amo moda e gastronomia. Hoje sou mais pé no chão, mas antes não era, procuro me espiritualizar cada vez mais”, diz Felipe, que por causa das suas andanças, fala sete línguas e cresceu no mundo diplomático.

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(Foto: Miguel Moraes)

Seu lado simples e irreverente não diz, mas Felipe se formou na Suíça, na Cesar Ritz Colleges, e de lá pra cá sua vida deu um grande pulo. “Na época, eu não sabia se queria ir para o ramo diplomático e não conhecia esse universo de hotelaria. Mas um anjo muito forte que eu tenho sempre vai me encaminhando e as coisas vão vindo”, lembra.

“Durante um jantar, na época que eu estudava ciências políticas na Sorbonne, há 15 anos, eu conheci a Monique Ritz, e foi aí que conheci o mundo da hotelaria. Ela fez  um tour comigo no hotel e fiquei maravilhado quando entrei na cozinha Escoffier. Tive uma adrenalina, uma paixão por essa energia envolvida naquele lugar que me arrepiou dos pés a cabeça. E foi lá que senti no coração que era o que eu queria fazer na vida”, define Felipe.

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(Foto: Miguel Moraes)

Quando ele tinha 19 anos, ele relembra uma história muito bacana, quando foi trabalhar em uma ONG na África e conheceu um menino chamado Emanuel de 8 anos que tinha caminhado 50 km do povoado dele para encontrar Jesus. “Eu conheci ele na Igreja, quando eu tava segurando a cesta de donativos e ele mudou a minha vida quando eu perguntei o que ele tinha para oferecer a Cristo e ele abriu a mão com três sementes de girassóis, seus únicos alimentos do dia. Ele disse, Jesus vai me dar o dobro! Isso me comoveu. Ele sofria de barriga d’água e resolvi ajudar. Com 15 dólares comprei água e remédio para a família. Hoje em dia ele se curou e é presidente da comissão de águas filtradas no interior da Nigéria, isso me comoveu muito. Vi que poderia terminar o sofrimento do mundo ajudando alimentar a alma das pessoas. As pessoas vão ao restaurante não somente para jantar, mas também para se preencher de energia e alegria e o meu trabalho é escutar, observar, analisar e deixar o dia deles mais leve”, celebra. 

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(Foto: Miguel Moraes)

Estados Unidos, Portugal, Itália, Japão… A vida de Felipe sempre foi de grandes mudanças pelo mundo, já que no total ele morou em 12 países estudando e trabalhando. “São muitas histórias! Em Portugal, onde morei e trabalhei na rede Ritz Carlton, passeando em Lisboa, uma cartomante pediu para eu pegar a carta e deu GO HOME. Ali caiu a ficha e resolvi voltar para o Brasil. Depois de tantas viagens , eu não sabia mais quem eu era e onde era meu lar. Aí eu decidi ir para o Brasil e conheci o Rio de Janeiro. Nunca mais saí daqui desde 2010”, enumera.

”Tudo tem que sair lindo, sexy e maravilhoso”. Este é o seu lema. Com o pai diplomata e a mãe hairstylist, todos os dois de origem japonesa, Felipe, quando era pequeno, queria mesmo ser artista plástico. Mais tarde, descobriu que o ramo de alimentos e bebidas é uma verdadeira arte. “Eu sempre quis dar uma oportunidade ao meu país, mesmo estudando e trabalhando fora sempre pensei em voltar. Eu lembro na época do Collor, que os meus pais perderam tudo. Mesmo assim, o Brasil sempre foi o meu país”, sentencia.

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(Foto: Miguel Moraes)

“Meu maior desafio durante minhas mudanças na vida foi lidar com o ego das pessoas e lidar com a instabilidade econômica, porque sempre temos uma surpresa política. Conselho Saia da Caixa? “Acho que o medo impede muito as pessoas de irem para frente e a vida é curta. Isso bloqueia! Prefiro seguir o conselho da mãe da Cinderela: Seja gentil e corajoso! Ela já sabia o segredo do sucesso”.

Arigato, Felipe!