#SaiaDaCaixa de Helen Pomposelli com a meditação de Gunatiita


O Saia da Caixa de hoje fala de lições com a meditação, encontros com seus darmas e busca da autêntica felicidade. Helen Pomposelli conversou com Gunatiita, professora de meditação e yoga formada em administração de empresas, que nasceu em Caracas na Venezuela, mas mora atualmente no Rio

*Por Helen Pomposelli
Coach de imagem e terapeuta energética vibracional (@helenpomposelli)

(Foto: Miguel Moraes)

O movimento é sempre assim, começamos pelo externo quando precisamos primeiro nos encontrar interiormente. E esse encontro, que sempre acontece na hora certa, é lindo e abre portas para prazeres na vida que jamais pensamos que podíamos alcançar. O Saia da Caixa de hoje fala de lições com a meditação, encontros com seus darmas e busca da autêntica felicidade. Conversei com Gunatiita, professora de meditação e yoga formada em administração de empresas, que nasceu em Caracas na Venezuela, e com 22 anos foi morar na Espanha, mas mora atualmente no Rio. “Gunatiita quer dizer `além desse mundo`. Ganhei esse nome de uma monja que me iniciou e onde ganhei lições de meditações tântricas. Meu nome quer dizer: você não tem amarras desse mundo aqui, além dos gunas”, explica Guna.

Gunatiita tem uma empresa chamada Una, que tem uma bandeira de ensinar a meditação como uma ferramenta fundamental de levar todo mundo para o seu centro. Segundo Gunatiita, não é fácil conseguir fazer com que essas pessoas levem certas coisas para dentro. “É preciso um esforço enorme fazer reconhecer esses lugares internos. Mas na hora que você consegue reconhecer, pronto, já não tem como parar e que essa força é a nossa natureza, o nosso darma. A natureza é ir pra dentro, a natureza do fogo é queimar a do ser humano é a espiritualidade e é descobrir quem ele. Esse é o único lugar que ele fica feliz! Mas os desejos externos nos distraem desse verdadeiro encontro”.

(Foto: Miguel Moraes)

“Antigamente eu era uma mulher com desejos de conquistar coisas para ser feliz. Hoje eu tenho uma postura bem diferente, eu me sinto um ser humano mais consciente e engajado num propósito. Hoje estou num outro lugar. Um lugar de propósito muito forte comandando a minha vida que me deixa muito satisfeita, independente das coisas que aconteçam”, explica. Com a família toda de empresários, Guna chegou a trabalhar por influência de parentes, por um período grande em sua vida com empresas e administração. Já teve restaurante e até um SPA, mas segundo a professora, era mais para fazer dinheiro do que por um propósito.

“Comecei a ficar com ataque de pânico, doente, muito estressada e cheguei momento de limite. Ou eu mudava radicalmente a vida ou ficaria grave. Meu atual marido na época, pediu transferência para o Brasil e cheguei aqui realmente para me encontrar. Porque eu estava perdida!”, conta Guna, que, ao pisar no Brasil, se “internou” no Nirvana, espaço de yoga e meditação que existia na época na Gávea, pare se dedicar exclusivamente ao yoga e sem trabalhar. Um ano depois, Gunatiita se iniciou na Ananda Marga, filosofia de yoga e meditação fundada em 1955 na India, que tem uma sede em Copacabana, e começou a levar uma vida dedicada à prática de meditar, acordar às cinco da manhã, mudou para uma alimentação sutil. “ Depois de sete anos no Brasil e estudando com pessoas especiais, chegou um dia que decidi que queria ensinar tudo que tinha acontecido comigo. Nesse processo eu me separei porque me dei conta que meu casamento não funcionava e decidi ser independente e fazer minhas próprias escolhas. Comecei a minha vida larguei tudo, profissão, marido e até amigos”, lembra.

(Foto: Miguel Moraes)

Gunatiita começou num apartamento pequeno, onde podia trabalhar e dar aulas. “No início dava aula na casa das pessoas, e desde a primeira aula que eu dei, foi aumentando meus seguidores. Meditação dá bem com tudo é como sal”, enfatiza. Durante sua infância, a professora conta que sua família sempre comentou que ela era muito introspectiva e, desde pequena, adorava ficar no seu mundo interno, observando e convivendo consigo mesmo. “Eu gostava muito e, além disso, falavam que eu sempre tinha uma visão de perspectiva, eu olhava com distância, como se eu não entrasse no drama. Minha vida podia ser tomada por emoções e eu sempre ficava tranqüila”, recorda.

“Hoje, eu dou aulas de meditação e de yoga. Consegui sintetizar uma maneira de ensinar e criar uma estrutura para poder ensinar e a partir disso, num retiro de silêncio nasceu a Una, que veio na meditação numa clareza profunda. Em quatro meses já estava a Una no ar. Uma clareza total do que eu queria”, reafirma. Una é uma organização que ensina meditação de maneira particular, nas empresas organizações e está dedicada a workshops, retiros, como o que vai acontecer dia 31 de agosto, em Itaipava, que se chama “Aprenda a meditar’, um retiro e curso com aula de auto-conhecimento e aprender a meditar. ([email protected])

(Foto: Miguel Moraes)

Maior desafio? “Seria encontrar uma maneira de levar a Una para o maior número de pessoas possível”. Conselho saia da caixa? “Primeiro passo é reconhecer o que você mesmo quer na sua vida e ser coerente. Depois que reconhecer isso, começar o movimento de busca e nesse movimento o universo conspira o seu favor, vão aparecer as coisas e aí você pensa: como eu segurei aquilo por tanto tempo, não quero voltar nunca mais. E nessa transformação, você tem a certeza que não tem mais dúvida em mostrar isso”

Obrigada, querida!