#SaiaDaCaixa de Helen Pomposelli apresenta Amanda Palma, a jovem que concilia sua vida em meio ao cinema e vertente holística e curandeira


“Sou produtora de audiovisual, sou diretora de documentário e sempre fui muito focada no trabalho e, de pouco tempo pra cá, comecei a ver que não era o suficiente” conta Amanda, em papo com Helen, que, atualmente, se encontrou na medicina ayurvédica e na yoga.

*Por Helen Pomposelli

Amanda Palma por Miguel Moraes

Mais um “Saia da Caixa” inspirador e cheio de dicas de como pensar, agir e realizar coisas que você gostaria de fazer, mas não tem coragem de começar.  Conversei com Amanda Palma, 29 anos, libriana, nascida no Rio e criada no Sul, diretora dos documentários como  “As Mulheres e a Copa” (2014), “Contra-Cultura do Estupro“ (2016) e “Virada de Jogo” realizados pela ONG – Casa da Mulher Trabalhadora do Rio de Janeiro e ONU Mulheres. A jovem já dirigiu  junto de Vinícius Guerra o documentário “Bateria da Mangueira – Escola Campeã”, licenciado pelo Canal Brasil e exibido na programação especial de carnaval do canal. Além disso, Amanda faz parte do coletivo audiovisual Mulheres de Pedra, que existe desde 2015 e já está no seu quarto filme, produzido de forma independente e colaborativa, com equipe 100% feminina e formada majoritariamente por mulheres negras. “Nosso primeiro filme, Elekô, foi premiado no Festival 72 horas e exibido em diversas mostras no Brasil e países da América Latina, África e Europa”, explica Amanda, que tem um lado curandeiro e holístico, que surgiu da meditação e da sua prática de yoga e por isso está produzindo seu primeiro retiro chamado “Viver com Yoga e Ayurveda”, que acontece no final de junho em Araras.

Amanda Palma por Miguel Moraes

“Meio complicado eu responder quem sou eu, mas estou procurando melhorar quem eu sou (risos). Tudo que eu faço e gosto, tento fazer de uma maneira melhor. Sou produtora de audiovisual, sou diretora de documentário e sempre fui muito focada no trabalho e, de pouco tempo pra cá, comecei a ver que não era o suficiente. Ou seja, ser bem sucedida ou vencer na vida. Comecei a ver que nunca era o suficiente para ser feliz. Ai comecei a ver o porquê isso”, explica Amanda, que depois disso, percebeu que não tinha parado para olhar para ela, o que ela gostava e o que ela achava que seria uma vida melhor para levar. Desde então, Amanda começou a mudar e se preocupar mais com seu corpo, consigo mesma e adquirir novos hábitos, principalmente com questões espirituais, como silenciar, um tempo para se escutar, ficar em silêncio, dançar, fazer yoga. 

Amanda Palma por Miguel Moraes

Segundo Amanda, o que mais faz sentido na vida espiritualmente é meditar e cuidar do corpo. “Eu gosto de pensar em ser curandeira, porque parei de tomar remédios e aprender a me curar de outras formas. Em 2015 eu fui para o Amazonas, onde conheci um médico que era indígena e na consulta eu peguei algumas plantas e aprendi formas de me curar de problemas ligados à saúde da mulher. Esse foi meu primeiro contato com esse mundo”, conta. Amanda, que é formada em Publicidade, porque a família já tinha histórico de empresa de publicidade, diz que foi um caminho natural, mas que sempre gostou muito de histórias. “Desde pequena sou muito curiosa em relação às pessoas. Eu via um artista de rua e tinha vontade de conversar com ele, via um morador de rua e queria saber tudo. Quando entrei em contato com filme, me encantei, porque vi que era uma maneira de contar histórias, fiz um curso na PUC de cinema para me aprimorar e fui para o mercado. Quando era adolescente, fazia muita coisa, pegava câmera de fita da família, fazia cenário e fazia filme com meus cachorros, dublava e fazia a voz deles. Fazia até programa de rádio”, lembra.

Amanda Palma por Miguel Moraes

Conselho “ Saia da caixa” de Amanda: “Eu sou meio suspeita para falar, porque eu aconselho a fazer yoga e a estudar a medicina ayurvedica, que foi onde eu consegui enxergar tudo que eu sempre tive. Quero passar influenciais positivas com propósito para as pessoas, sou uma micro-influenciadora de vida saudável”.

Amanda Palma por Miguel Moraes