Saia da Caixa de Helen Pomposelli com Tatiana Menezes, economista que dedica seus dias à dança e ao bem-estar no Espaço Vibre


“O maior desafio é desenvolver um trabalho de muita qualidade e sobreviver depois de investir muito dinheiro. Ou seja, ter alunos suficientes, pagar a obra…”, contou a empresária que inaugurou o empreendimento em novo endereço há três meses

Tatiana Menezes é a responsável pelo Espaço Vibre, em Ipanema (Foto: Miguel Moraes)

*Por Helen Pomposelli

O Carnaval acabou e o “Saia da Caixa” entra no ritmo do “bem viver” e apresenta uma maneira cheia de boas vibrações para você começar agora o ano. Conversei com a empresária Tatiana Menezes Carneiro da Cunha, 40 anos, economista e mãe, que voltou a trabalhar com muito prazer e realizada. O dia-a-dia da Tatiana é se dividir entre o papel de mãe e o de ser empresária, sócia de Luiza Contentino, na direção executiva do espaço de dança Vibre, que fica em Ipanema. A empresária se sente sortuda de ter podido ficar nos primeiros anos com os filhos, mas agora, com eles mais independentes, pode ter dedicação a si e tem o prazer de trabalhar. “A Vibre é quase como um terceiro filho”, diz Tatiana.

Para quem não conhece, o Espaço Vibre é a junção de vida, bem-estar e relaxamento, que tem muito a ver com o exercício e, no final, o total bem-estar que se sente no pós-exercício. “Depois de um exercício, você toma um banho relaxante e se sente bem. Vibre traz palavras que você gosta como propósito daquilo que você está criando que é vibração, energia e sentimentos muito bacanas”, explica.

Tatiana é economista e, à frente do seu negócio, se dedica ao bem-estar dos alunos (Foto: Miguel Moraes)

Tatiana nunca pensou em ter um espaço de dança, apesar de sempre saber que queria ter algo. “Há seis anos me mudei para os EUA. Fiquei um ano e meio na Califórnia e lá voltei a dançar informalmente, por prazer, totalmente sem técnica. Quando eu voltei para o Brasil, no final de 2013, fiquei procurando onde fazer aula de dança. Tive uma idéia com uma professora de yoga amiga minha de abrir um espaço de dança. Aí, fui atrás de alguém que tivesse esse olhar mais da dança, e conversando com algumas pessoas, me falaram da Luiza, que trabalhou com a Deborah Colker. Conversei e ela se apaixonou com toda a história. Em menos de um ano, em outubro 2014, inaugurei o espaço na rua Garcia D´Ávila e agora tem um mês que nos mudamos para um novo endereço em Ipanema” , contou.

Mas a vida da empresária não era assim. Segundo Tatiana, quando fez economia, foi trabalhar no mercado financeiro e depois completou dez anos na TV Globo, onde trabalhava na parte financeira. “Foi quando meu segundo filho nasceu. Ele nasceu com uma febre constante que virou um problema e acabei abandonando o trabalho por sete anos para me dedicar a ele. Depois que ficou tudo bem, já não queria mais trabalhar nesse mercado”, disse.

Tatiana Menezes (Foto: Miguel Moraes)

“Desde pequena eu brincava com a minha mãe que eu gostava de vender “treco”. O maior desafio é desenvolver um trabalho de muita qualidade e sobreviver depois de investir muito dinheiro. Ou seja, ter alunos suficientes, pagar a obra… Eu sou uma pessoa que não me cobro tanto, mas eu acho que existe uma versão natural de uma responsabilidade de tudo dar certo na vida. Ter consciência!”

Para a empresária, a dica para alguém que queira ser empresário é ter coragem. Não só, mas também entender muito sobre o seu mercado, onde você está atuando. E não é fácil se cercar de pessoas boas, equipes boas. “Tenham essa visão aqui dentro. No meu negócio, por exemplo, procuro unir a qualidade de ficar com corpo bonito e da mente, prazer de fazer uma coisa que está fazendo bem para sua cabeça, cura doença e parte biológica”. Conselho  “saia da caixa” ? “Como economista penso que primeiro é ter certeza de que vai fazer bem para os outros. Buscar uma coisa que seja diferente na vida dela, faça muito bem para o outro. Tem que ser mais que mais uma coisa. Isso vale para uma loja, restaurante ou, no meu caso, com saúde e bem-estar. Mudar a vida de alguém é muito legal”.

(Foto: Miguel Moraes)

Bacana, Tati. Boa sorte!