Horas antes de estrear na São Paulo Fashion Week à frente da À La Garçonne – marca de seu companheiro, Fabio Souza, voltada para antiquário de móveis e objetos de decoração -, Alexandre Herchcovitch conversou com exclusividade com HT. Com todos os detalhes do desfile prontos desde domingo e calmíssimo, bom citar, Alexandre disse que é “sempre um grande desafio trabalhar para outras marcas” e que necessita “dessa troca”. “Meu olhar sobre À La Garçonne está sendo impresso em roupas masculinas, femininas e infantis, além de uma grande variedade de acessórios. Toda minha experiência de mais de 25 anos fazendo roupa aparecerá nas coleções”, garantiu.
Paralelamente, Herchcovitch, lançou, há menos de um mês, uma coleção para a fast fashion C&A. O destaque ficou por conta de um vestido de noiva, com a etiqueta premiada do sobrenome de Alexandre, que está sendo vendido por…R$ 300. Seria o caminho das pedras para o fim da elitização da moda? “Sempre acreditei que o design e assinatura poderiam chegar a todos. Foi por isso que direcionei minha carreira e ideias para todos os públicos. Fazer um vestido de noiva e de festa por menos de R$ 300,00 é um trabalho árduo. Tivemos que achar o melhor fornecedor, o melhor tecido para que chegasse a este valor, grande mérito desta parceria”.
E mais: Alexandre ainda desfilou modelos “reais”, com diversas alturas e pesos, corroborando com aquela ideia de moda democrática, indo na contramão da maioria dos desfiles de moda que ainda apresentam aquela uniformidade de modelos altas, magérrimas e homens sarados. Questionado se está remando contra a maré, Herchcovitch discordou. “Não é questão de remar contra a maré e sim uma questão de como mostrar as roupas. As marcas normalmente fazem roupas de todos os tamanhos e decidem mostrar em corpos tamanho 38. Quem procura acha. Há roupas para todos os corpos por aí”.
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