Roberto Carlos teve uma noite meio Tim Maia nessa terça-feira (27), no Salão Azul do Copacabana Palace, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O motivo? No hotel para apresentar um pocket show super intimista (cerca de 100 convidados, exceto a imprensa, puderam entrar) para lançar o álbum “Primeira Fila”, o rei, assim como era recorrente com o amigo Tim, não ficou muito feliz com os problemas técnicos no palco e não fez questão de disfarçar: interrompeu a primeira música dos setlist, “Eu Te Amo, Te amo, Te Amo”, para reclamar, em alto e bom som, do retorno em seu ouvido. Não atendido, arrancou, irritadíssimo, o aparelho. E não só. Das apenas quatro canções previstas para serem entoadas, Roberto interrompeu a apresentação antes da hora, deixando a última para quem sabe um dia, babies.
No backstage, Roberto explicou o motivo da decisão. “Ia cantar quatro, mas deixei de lado uma delas. Fiquei preocupado porque a última era ‘And I Love Her’, muito delicada. Eu teria que ter um som muito claro no meu retorno por conta dos arranjos, dos agudos”, explicou ele, que admitiu ter ficado “bravo” e “nervoso” com os erros no palco. “O som do coro estava muito alto, me incomodou muito o ouvido. Acho que não me entenderam. Quando a gente está no palco, fica muito sensível, suscetível a reações assim. A gente está à mostra, é muito complicado. Aquilo estava me doendo”.
O tal novo álbum, gravado no Abbey Road Studios, em Londres, famoso estúdio onde The Beatles formatou seus famosos discos, traz canções como “Arrasta Una Silla, “Propuesta”, “Amigo”, “Amada Amanda”, “Lady Laura” e “Jesus Cristo”, todas em espanhol. “É um projeto muito importante para a minha carreira lá fora, não só pelas canções em espanhol. É um disco no qual gravei com arranjos completamente diferentes. ‘Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo’, por exemplo, virou reggae. São arranjos que me emocionam tanto quanto os originais, alguns até mais”, disse ele, que cantará “Hoje”, hit de Ludmilla, em seu tradicional especial de fim de ano. O que acha da funkeira? “As letras dela são interessantes”.
Roberto Carlos também aproveitou os minutinhos na zona mista com a imprensa para lembrar de quando foi fotografado conversando com uma vizinha do bairro da Urca, no Rio de Janeiro, identificada como Viviane, a bordo da sua Lamborghini. Desde então, o noticiário ventilou que Roberto estaria apaixonado por ela, e teria, inclusive, enviando flores e a convidado para morar em Miami (EUA). “Isso foi uma grande surpresa e não existiu. Quando passo pelo bar Belmonte, as meninas falam comigo, vêm na janela do meu carro, existe uma camaradagem muito grande com a galera. Conversam comigo com carinho. E não sei o motivo de inventaram isso. Estou solteiro, sem nenhuma paquera. Vi tudo que falaram e fiquei surpreso, porque tudo não passa de uma grande mentira. Imagina se eu ia sair pela Urca procurando alguém. Telefone existe pra isso”, rebateu.
Roberto Carlos, aliás, deu fim às amenidades falando de um assunto muito sério: a crise política por qual passa o mandato da presidenta Dilma Rousseff (PT). Ele até tentou dar uma esquivada, dizendo que não se mete “muito em negócio de política”, mas acabou desabafando. “Pode ter certeza de que estou sofrendo tanto quanto todo mundo. Sinto também essa insatisfação, esse aborrecimento com coisas absurdas e inadmissíveis que estão acontecendo. Não entendo de política o suficiente para saber se impeachment é solução, mas tem que resolver de alguma forma”. A ocasião, aliás, ainda serviu para Roberto receber, no palco, um quadro-homenagem de uma gravadora. Estava escrito: “Mais de 20 milhões de cópias cantando em espanhol”. Rei, né, amores?
Em tempo: na plateia VIP de Roberto, estavam a atriz Luíza Brunet, bem no gargarejo, fazendo selfies mil e cantando tudo em coro; e o ator global Daniel Boaventura, que também segue carreira paralela como cantor.
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