Mais confiantes para os encontros de fim de ano, as famílias aprenderam a se adaptar ao cenário pandêmico, mas não querem se acostumar à falta de quem se ama. E como as reuniões nunca foram tão valorizadas, é prudente pensarmos em sermos mais pacientes uns com os outros, e também em evitar os conflitos ou as chamadas ‘tretas em família’. Não é só porque o Natal chegou que as pessoas vão conseguir administrar seus ‘ranços familiares’. Vamos pegar o exemplo de gente famosa, que teve suas relações íntimas expostas este ano, para entendermos o nível de estresse que pode rolar quando algumas situações não estão superadas ainda: você imagina hoje, chamar para a mesma reunião familiar Yasmin Brunet e a sogra, Simone Medina? Ou Thiago e Bruno Gagliasso? Cid Moreira e os filhos, cujo caso foi até parar na Justiça? Britney Spears que conseguiu o fim da tutela do pai, Jamie Spears, 69, sobre ela durante os últimos 13 anos? É por aí. E por mais que a gente torça para que tudo fique em paz, nem sempre é tão simples assim. É preciso estar atento e ter dose extra de boa vontade.
Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 as famílias planejam o tão esperado encontro para o Natal deste ano. Pensar em celebrar a data, é lembrar das doses da vacina em dia e que a máscara deve ser mantida como hábito. Especialistas também orientam que quando ela estiver fora do rosto, o distanciamento seja mantido, bem como a higienização das mãos. Afinal, o panorama mudou de 2020 para cá, mas a pandemia ainda não acabou, não é mesmo?
“Quase toda família tem um ou outro problema de convívio. Na família ampliada, a entrada de noras e genros muitas vezes mexe com o equilíbrio da composição original. Contudo, em épocas como as festas de final de ano, o convívio, que pôde ser evitado em outros tempos, torna-se quase que obrigatório. Minha principal dica é agir como na fábula dos porcos-espinhos de Schopenhauer, que mais tarde foi indicada pelo próprio Sigmund Freud como sendo a boa maneira de conviver em família: numa noite de inverno, um grupo de porcos-espinhos sentia frio na neve. Juntou-se para se aquecer. Quando ficaram juntos demais, se feriram com os espinhos uns dos outros. Quando se afastaram, sentiram frio novamente. Depois, entenderam que podiam ficar próximos, mas de maneira a não se cutucarem. Podemos ficar aquecidos pelo convívio familiar, mas não precisamos estar tão próximos de forma a nos ferirmos”, orienta a psicóloga Maria Rafart.
Se pensarmos que 2022 é ano de eleições e que vivemos uma crise generalizada no país, a política pode ser novamente um fator de atrito em uma noite que todos só desejam que seja feliz. “Sugiro que se evitem os embates com temas sensíveis, aqueles que você já sabe de antemão que serão polêmicos. Focar na festa, na alegria e em assuntos leves pode ser a forma de passar um Natal tranquilo em família. Outra dica é compreender que é, basicamente, ‘mais do mesmo’: as pessoas são as mesmas, você já conhece quem vai te cutucar ou quem ficará na defensiva. Estas situações de saia justa podem ser encaradas com mais leveza. Natal não é a época mais propícia para responder ofensas. Podemos, sim, nos controlar, em prol de um ambiente mais saudável”.
Artigos relacionados