Luana Piovani curtiu a festa de abertura do Rio Moda Rio para valer na noite dessa terça-feira, 14. Mas, apesar disso, tem motivos para reclamar: “Olha, eu vou colocar a boca no trombone, se prepara! Os cariocas têm que parar de reclamar que o Rio de Janeiro não tem noite boa, porque ontem teve a melhor da vida e não estava ninguém. Todo mundo ficou lá fora fazendo social e eu falando: ‘esse povo realmente não sabe o que é curtir a vida’. Sério. Um lugar desses, com aquele telão de LED, iluminação psicodélica que dava todo o ar da festa, baloes incríveis, bebida regada, João Brasil tocando e ninguém na festa. Então, amor, é isso mesmo: vamos lutar pelos direitos de cidadão e esquecer o resto. Se conseguir só os direitos já está bom. Não dá nem para querer festa boa, porque ontem teve e ninguém estava. Só eu. Botei uma roupa linda, vim animadíssima e tinha umas 30 pessoas naquele salão. Eu ficava imaginando esse lugar cheio… De qualquer forma: eu me diverti muito, fechei uma turminha de oito amigos e saímos daqui de manhã”, contou.
Na fila A do desfile da Martu, Luana emendou um bate-papo animado com Glória Maria em que falavam de filhos e estilo de vida. “Eu moro em um condomínio que é quase um sítio. Levo meus filhos de bicicleta para a escola, coisa que eu só achei que existisse em filme. O Dom tem aulas de inglês todos os dias e daqui a pouco a gente se muda daqui se Deus quiser – o inglês já está garantido”, disse à apresentadora. Quando chegamos perto, Luana explicou: “Quem não pensa em sair do Brasil? Tínhamos pensado na Califórnia, mas já estamos com Portugal na cabeça. Os Estados Unidos fabricam muito psicopata. A Europa é menos”, analisou. Seria um ano sabático, Luana? “Nada. É medo mesmo. Da crise econômica, da falta de oportunidades, da violência. Meus filhos não podem pegar metrô, usar um tênis legal, ter um boné da moda. No Brasil a gente não pode nada”, criticou, sempre cheia de opinião: “Se é que é possível, fiquei ainda mais segura do que já era depois de ter filhos. Dá para dizer que tudo mudou. A minha vida melhorou infinitamente”, declarou.
Luana, que está pré-produzindo um espetáculo musical, contou que as críticas aos benefícios da lei Rouanet, na maioria, são infundadas. “As pessoas não sabem o que dizem, acham que a lei significa que o artista recebeu a liberação para captar e já está na conta dele, no bolso do produtor. Só que, da liberação até ter, efetivamente, o dinheiro, é um processo enorme. Além disso, sempre capta menos do que o que é liberado. Esse dinheiro é usado para montar o espetáculo e sobreviver, porque plateia não paga custos”, explicou ela, que só estará em cartaz daqui há “um ou dois anos”. Há um movimento maior dos artistas em se produzir, Luana? “Olha, nós vivemos em uma crise terrível, né… então as pessoas estão desesperadas para trabalhar. Mas nada funciona”, afirmou.
Apesar disso, ela já tem outros projetos encaminhados: “Vou fazer dois longas no segundo semestre, um é ‘O homem perfeito’ do Marcus Baldini e o outro é ‘A mulher invisível 2’, ainda sem diretor”, adiantou ela, que chamava atenção no evento à bordo de um Valentino. “Já que eu quase não saio de casa, quando saio me organizo, né? (risos) Eu monto meu look sozinha, inclusive ganhar para montar look é maneiro, posso fazer um bico disso. Às vezes acerto outras erro. Acerto mais que erro”, disse. E qual a dica para se vestir bem durante a crise econômica? “É o milagre da multiplicação: jeans azul, suéter, bota, trench, acessórios.. amo brechós também, é mais barato”, ensinou. Já a beleza tem dicas ainda mais simples: “Protetor labial, hidratante e água”. E o que você mais gosta na moda, Luana? “A liberdade”. Bem a cara dela, não?
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