“Solteiro, graças a Deus”. Essa frase poderia ter perfeitamente saído da boca de uma fã de Klebber Toledo, mas quem disse foi o próprio. Com rosto e jeito de príncipe de contos de fadas, é até difícil de acreditar, mas ele tem a explicação perfeita: “É porque eu sou muito dedicado, faço essa brincadeira, porque quando me apaixono, mergulho completamente nesse sentimento e estou em um momento de me dedicar a outras coisas. Acho bom para eu mesmo não me cobrar, já que já me cobro tanto. Sou geminiano com virgem, perfeccionista e quero fazer várias coisas ao mesmo tempo”, contou. Entendemos, mas nem uma paquerinha? “O dia que eu tiver um amor eu te conto”, brincou.
Seu novo personagem em “Êta mundo bom” tem nome de história romântica, mas é um “Romeu às avessas”. “Ele é safado, mal caráter, adora dar golpes. Faz por prazer, além de necessidade, claro. Ele precisa. É um rapaz que cresceu dependendo da malandragem. É o melhor amigo do Ernesto (Eriberto Leão) e provavelmente aprendeu muito disso com ele. Cada golpe que dá, Romeu se diverte pela forma como engana as pessoas. É quase a criação de um personagem para ele, que chora, ri, é comunicativo, vende bilhetes premiados”, adiantou. Porém, ainda assim, seu Romeu não é de todo mau. “É um personagem que por mais safado também tem uma coisa pura, ele não pensa que o outro vai se dar mal, faz pra se dar bem e ponto. Não pensa em prejudicar, mas em se divertir e conseguir o dinheiro dele”, analisou.
Só que, no meio do caminho de Romeu, terá uma Mafalda… E a personagem interpretada por Camila Queiroz conquistará o cafajeste. “Eles se apaixonam à primeira vista. Por conta de viver dentro dessa malandragem, quando ele conhece essa personagem carismática, fofa, bonita, ele vê nela pureza, ingenuidade e isso causa uma estranheza. É uma menina linda, incrível, um anjo”, explicou. E na opinião de Klebber, será que o amor tem mesmo esse poder de mudar uma pessoa? “Com certeza! Se existe algo que muda qualquer ser humano é o amor, então acredito que ele amando ela de verdade, sem dúvida é capaz de qualquer coisa. É um encantamento imediato, um deslumbre. Ele pergunta ‘você é assim mesmo?’. A ingenuidade dele é cativante demais”, contou.
Em seu terceiro encontro com o autor Walcyr Carrasco (ele já fez “Caras e bocas” e “Morde e assopra”), Klebber garantiu: o resultado vai dar o que falar. “Fazemos o trabalho com amor, carinho e dedicação. Esse grupo acredita demais no projeto. É fácil demais se encantar por essa novela”, disse ele, que já teve experiência em novelas de época quando interpretou Umberto em “Lado a lado”. “É uma delícia fazer outros tempos. A única coisa que pega mais é prosódia e postura”, contou. Mas “Lado a lado” foi uma senhora escola e ainda venceu um Emmy internacional, assim como “Império”, outra novela que ator fez parte. Pé de coelho, Klebber? “Imagina? Tomara! Mas os prêmios são consequência, o que conta é o processo. O que vivi já vivi, o que aprendi já aprendi. Os troféus vem depois, como constatação do trabalho bem feito”, afirmou.
E 2016 vai ser cheio para Klebber. Além da novela, no segundo semestre ele vai assumir como assistente de direção da peça “Isaurinha Garcia”, de sua própria produtora, a “13th produções”. Mas esse não é o primeiro mergulho na direção. “O diretor é o Fred Mayrink e eu serei assistente. Até hoje já dirigi curtas e peças em faculdade, mas nunca nessa proporção”, disse ele, que ainda não tem data de estreia. “Ainda não pensei, é para o próximo semestre e vai ser no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Mas agora estou focado na novela”, explicou. E tem algo que possa adiantar? “Sim, tenho certeza que a Rosamaria Murtinho fará parte do elenco, ela já fez a Isaurinha e é uma atriz incrível”, afirmou.
Qual a sensação de dirigir uma veterana? “Difícil. Me preocupo com isso também. Mas sei o produto que estou apresentando para os meus atores e sei bem como dar suporte pra eles dentro desse projeto. A primeira coisa é humildade de ambas as partes. Eu vou ajudar uma atriz talentosa e com tanto tempo de estrada a não cair em nenhuma faceta que ela poderia ter, vou ser simplesmente o braço direito dos meus atores e do diretor. Não importa quanto tempo passe de carreira, sempre há troca. Os grandes atores também são generosos e humildes. Sei da minha capacidade de auxiliar ela”, garantiu. Nós não temos dúvidas.
Artigos relacionados