“Acredito que sou bem mais inteligente do que sou retratada [pela mídia]”. Foi assim que Kim Kardashian, a mãe, modelo, rainha da internet e peça principal do mais comentado clã do mundo, deu tom a uma entrevista que abordou sua vida de A a Z para a edição americana da Rolling Stone. A priori, a declaração é meio controversa a uma capa que preza por um decote farto, mas começa a fazer sentido quando Kim fala de rebeldia, da transformação do padrasto, de feminismo e até mesmo do irmão. É papo tipo cabeça, com muita cuca no lance, mostrando que não é só de curvas sinuosas, games e selfies que se vive uma Kardashian.
Na entrevista, Kim aceitou falar sobre a transformação de seu padrasto Bruce Jenner em Caitlyn Jenner. Ela foi a primeira do clã a saber do – até então – segredo do ex-atleta olímpico, quando, ainda adolescente, o viu vestido de mulher na garagem da mansão. “Eu fiquei tremendo. Eu não sabia que tinha acabado de descobrir o mais profundo e escuro segredo dele”, disse, lembrando que cerca de 30 minutos depois recebeu uma ligação do padrasto. “Um dia eu vou falar com você sobre isso”, disse Bruce, que só oito anos depois resolveu abrir o jogo para a enteada. “Ele ficou com medo do que o Oriente pudesse pensar sobre ele, mas o Ocidente acalmou as preocupações. Ele vive a vida do jeito que quer. E é uma vida realmente autêntica. Do que adianta ser autêntico se você não pode viver sua vida?”, questionou Kim.
E como polêmicas não faltam a uma Kardashian, ela também tocou no assunto do vazamento de vídeo íntimo com o rapper Ray J. Kim confessou que sabe quem vazou a fita, mas não pode falar sobre isso por questões de sigilo judicial. Depois do incidente, ela nunca mais bebeu nem usou drogas. Salvo uma exceção: “tomo cinco doses de vodka em Las Vegas a cada três anos”. Se o episódio a deixa paranoica com um possível novo flagrante? “Eu realmente não penso sobre isso. Eu pensei por um logo tempo, mas eu superei”.
Na longa entrevista, Kim também falou de feminismo. “Eu não gosto de empurrar meu ponto de vista. Se eu acho alguma coisa, sou eu quem acho. Não falo: ‘eu me sinto assim, então você também deve se sentir assim’. Não que eu ache que tenha algo errado com isso, mas…eu acho que eu sou. Eu acho que você pode me chamar sim de feminista”, confessou com um sorriso ao repórter americano. A rainha da selfie também aproveitou a ocasião para esclarecer o porquê de seu irmão Rob Kardashian ser averso aos holofotes e não ter participado do reality show da família. “Não é nada tão misterioso assim. O Rob ganhou peso e se sentiu desconfortável em aparecer no ‘Keeping up with the Kardashians’. Agora se eu acho que ele passa o dia fumando erva, bebendo cerveja e jogando com os amigos? Sim, eu acho”. Acho que podemos parar por aqui, né?
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