Falemos de números durante o carnaval 2016 de Pablo Falcão e sua label party Chá da Alice: 100 mil pessoas em Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, curtindo o som de Alinne Rosa, Lexa e The kids on the bloco. Corta para Salvador, Bahia. Por lá, cerca de 5 mil dentro da corda e outras tantas milhares na pipoca. Quer mais? Fora do período momesco, 15 mil pessoas lotando o RioCentro, no Rio de Janeiro, para ouvir Ivete Sangalo. Essa é parte do currículo do Chá da Alice, festa comandada por Pablo Falcão, que debutou com bloco próprio na folia soteropolitana este ano com direito a convite para voltar em 2017. “Ano que vem a gente tem proposta, dos próprios empresários de Salvador que levaram a gente, para fazer mais dias. Um, pelo menos, já está garantido. Vamos analisar se realmente vale a pena”, contou Pablo. E, enquanto a decisão é tomada, planos vão sendo feitos e contados exclusivamente para HT: em março, na Fundição Progresso, vai acontecer o Chá da Ludmilla. E, esse ano, em meados de julho, o Chá da Veveta vai ganhar outra edição.
O gás para esse ano que se inicia, garante Pablo, é proveniente do que aconteceu na última semana durante a 1ª edição do bloco do Chá da Alice – a festa, propriamente dita, começou em 2009 – em Salvador. “Foi incrível, maravilhoso o que cconteceu no Circuito Barra-Ondina Além disso começamos a inovar o carnaval de Salvador. Ao invés de vender uma abadá, vendemos uma fantasia (coelho, fraque, coelho e rabo) e a gente, em parceria com a Unidos da Tijuca, confeccionou dois mini carros alegóricos (um cogumelo gigante e um relógio de cuco com letreiro do Chá da Alice). Decoramos com a essência lúdica do país da maravilhas, para brincar com esse universo em Salvador. A gente tem alma de artista, gênio sonhador e romântico”, filosofou ele que, em sete anos de festa, carrega um sonho: “Sempre quis fazer um Chá da Xuxa. Quando ela era da Globo, já entramos em contato umas três, quatro vezes, mas depois disso nada”.
O Chá, por mais que tenha um forte e grande público gay, não é tratada por Pablo como uma festa segmentada. No máximo, alternativa. “O Chá surgiu por conta do meu aniversário. Juntei amigos meus que são atores famosos, os atores que estavam nas escolas de teatro que já tinham passado e misturei gente de todo tipo: do meu motorista de táxi que me levava para os cantos à galera que eu dava aula no Morro Dona Marta. Porque a festa é assim: uma mistura de tribos. Esse é o lance que a gente pretende continuar fazendo. Queremos pessoas que saibam conviver em paz, com as diferenças – sejam elas raciais ou sexuais. Os gays são muito bem-vindos, como os héteros, trangêneros, travestir e qualquer tipo de denominação. O Chá é uma porta aberta para quem quer ser feliz”, explicou. E tenho dito.
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