HT apresenta ARO, a filha de Ozzy Osbourne que fugiu dos holofotes mas que, agora, virou o centro das atenções por sua música


Aimée Rachel Osbourne bem que tentou se esconder à época do seriado “The Osbournes”, mas agora começou a ser descoberta com uma música melancólica, sofrida, mas que, não por isso, deixa de agradar

*Com Lucas Rezende

Ser filho de celebridade, automaticamente, já te alça aos holofotes, mesmo que sem querer. E se você é filho de Ozzy Osbourne, que já gosta de aparecer, a coisa piora. Prova disso é que o cantor chegou a ter um seriado com um quê de reality show, o “The Osbournes”, onde mostrava sua vida cotidiana não muito convencional. No produto, seus filhos Kelly e Jack Osbourne foram apresentados ao resto do mundo com status de estrela e hoje seguem pelo caminho. Kelly é atriz, cantora e apresentadora e ainda trabalha no universo fashionista, enquanto seu irmão é produtor e luta contra a escleroso múltipla.

O que poucos sabem é que Ozzy tem uma trinca de herdeiros. Nessa jogo, ainda faltava a peça principal, e agora, a mais promissora: Aimée Rachel Osbourne, que HT hoje apresenta como ARO, nome artístico escolhido pela própria. Aversa a toda essa exposição-karma da família, ARO se escondeu à época do reality, e corria de um pit de fotógrafos ou de um repórter como o diabo foge de cruz. Mas essa fase “anônima” está com os dias contados, já que ela resolveu mostrar seu talento vocal, lançou um clipe há trinta dias e começou a cair no gosto do povo que curte o lado B da música.

ARO em uma das poucas aparições em público. Aversa à fama, ela recusou participar do seriado da família. (Foto: Reprodução)

ARO em uma das poucas aparições em público. Aversa à fama, ela recusou participar do seriado da família. (Foto: Reprodução)

“Raining Gold” é o nome da canção-start de ARO, que mostra a rota que ela pretende trilhar: um som mais melancólico, deprê, uma sofrência cool. Algo não muito distante das já bombadas Lana Del Rey e Lorde. Aliás, bombar nesse nível da fama deve ser o grande problema de ARO, que, mesmo lançando o clipe, ainda não suporta a ideia de ser o centro das atenções. É o que garante o pai: “acho que vai ser meio sofrido pra ela, porque ela não gosta de ser objeto de atenção, não gosta de ficar na frente das câmeras. Aimée sempre quis cuidar de sua vida de forma privada”. Ao menos, Ozzy confirma o que é notório: seu estilo de música dá eco ao seu modo de viver. Coerente, a moça.

O clipe, que mostra um acidente de carro, bastante sangue, e um clipa de suspense, foi dirigido por Spencer Susser , o mesmo responsável por “Summertime Sadness”, de Del Rey. Só que as influências de ARO vêm de uma galera não muito semelhante: Kate Bush, total performática, e Portishead, que toca um eletrônico experimental com batidas mais desaceleradas. A cantora não tem previsão de apresentações ao vivo, mas trabalha em um EP.

Segundo ela, em entrevista – uma das poucas – à revista “Rolling Stone” dos Estados Unidos, a mensagem que quer passar com “Raining Gold” é que não devemos assumir nada sobre alguém ou uma situação só porque é o que parece ser. ARO também falou que o clipe a fez pensar sobre dominação de algumas pessoas sobre outras: “acabei chegando à conclusão de que é uma escolha permitirmos que alguém ou alguma coisa nos controle. Eu experimentei muito isso, de ambos os lados. É uma das coisas mais solitárias do mundo para sentir”, filosofou sobre o primeiro trabalho.