Depois da derrota sofrida pela Seleção Brasileira que entrará para os anais da Copa do Mundo, com 7 gols metidos pela Alemanha, o sentimento inicial foi uma mistura de choque com descrença. E agora? Não demorou muito – os mais “espertos” já começaram com as acusações durante os seis minutos fatídicos do primeiro tempo – para os dedos se levantarem e apontarem para Luíz Felipe Scolari, que assumiu totalmente a culpa para si. Aparte do clássico drama que brasileiro faz em cima de futebol, a Copa ganhada em casa era realmente um sonho nacional que se foi de maneira rápida e abrupta. Mas seria esse o fim?
Nas areias de Copacabana, durante o show de Fernanda Abreu no Fifa Fan Fest, minutos antes da partida entre Argentina e Holanda, HT perguntou a gringos e brasileiros quais eram as medidas a serem tomadas daqui para frente. Como encarar o restinho de Copa que ainda resta no país, a chance do bronze, curtir os 40 graus do Rio de Janeiro depois da derrota e o mais importante: Felipão morreu?
Vestida com shortinho revelador, a carioca Andressa Ribeiro é daquelas que não desistem nunca e seu nome é otimismo: “Fica difícil aproveitar, mas brasileiro é um povo que gosta de festa e não se abate. Agora é bola pra frente!”.
Para Alessandro Fernandes, outro novinho de 17 anos, vingança é um prato que se come frio. “O jeito é esperar a Argentina na disputa pelo terceiro lugar e fazer o 7 a 0 contra ele”. Hum, o garoto é daqueles que arma bonito e não tem dó de ninguém…
Espécie de mash up de Carmen Miranda com Lola Batalhão, Rosemary Bohrel dá uma das respostas mais conformadas e eloquentes da enquete: “Olha, ontem o Brasil não jogou bem enquanto a Alemanha fez um jogo gracioso e honrado. Não deu, não deu, né, vai fazer o quê? Depois do jogo eu estava aqui na Fan Fest e continuei sambando na chuva do mesmo jeito”, revela, toda saidinha.
Amante do kuduro e com o coração tão rígido como um granito, Assif Ismaie, que veio direto do Moçambique para a Copa, não viu nenhuma surpresa no resultado: A seleção estava dependendo muito do Neymar. A derrota já era prevista. Claro que não de 7 a 1, mas eu já esperava que o Brasil não passasse”, afirma o africano, enquanto jura de pés juntos (ou melhor, sentado na areia) que estava torcendo para Seleção Canarinho.
Ao contrário de Assif, a sueca Mimi Friman brinca de Lana Del Rey com guirlanda na cabeça e, toda terna, já é um pouco mais doce que o moçambicano: “Os brasileiros estão tristes, é claro, mas ainda assim eles permanecem muito legais e felizes na medida do possível”, afirma, toda fofa.
Entusiasta do famoso profeta de rua carioca e entrando no lema de “gentileza gera gentileza” da melhor maneira possível, a holandesa Marice Noordzij fez uma promessa: “Pode deixar que nós vamos para a final e vencemos a Alemanha para vocês”, firma com uma certeza convicta na vitória.
O caroca Eduardo Melo também é adepto das vibrações positivas e do espírito de superação: “Nessas horas o jeito é tentar ser esportivo e entender a importância geral da Copa para o país. O foco agora é em curtir o futebol e, claro, secar a Argentina até o final”, brinca, pouco disposto a encarar um alfajor.
Manuela Ricão, com apenas 14 aninhos, ainda guarda aqueles traços de inocência na atitude: “Agora tem que curtir como puder, de preferência indo para a praia”. Okay, starlet!
O paulista Douglas Henrique, que veio para o Rio especialmente para a Copa, ainda consegue ver o lado positivo das coisas: “É difícil aproveitar, cara, mas a gente se esforça bastante e tenta pegar o máximo possível de gringas até o final-de-semana, né?”. Womanizer, woman-womanizer…
Para Thayla Galvão, do Rio de Janeiro, o melhor jeito de superar a derrota é fazer exatamente como ela: “Vem para a Fifa Fan Fest e não deixa o pique cair”. Hum, ou você entra no pique de Thayla ou na @%&!@* da Alemanha!
O adolescente carioquíssimo José de Almeida faz parte da galera conformada que, aparentemente, fica feliz com o que chega: “O melhor jeito é ouvir música, ir para a praia e relembrar que nós ainda somos penta, pelo menos”.
A hermaníssima argentina Patrícia Sanchez não quer nem saber dessa rivalidade histórica do Brasil com a Argentina e leva tudo na esportiva: “Eu queria os dois países na final e ainda acho que o Brasil merecia ganhar”. Mesmo contra a Argentina? “Sim, em nome do grande futebol que o país sempre apresentou”.
Direto dos outbacks e amigos de coalas e cangurús, o australiano de pais brasileiros Guilherme Coelho acha que a tal rivalidade ainda é latente: “Agora é torcer pra Argentina perder”.
Mistura de Freida Pinto com Laura Neiva, mas com língua afiada de Pinhead, a adolescente carioca Mariane Gomila já até virou a página da derrota: “O que aconteceu, passou e o Brasil continua sendo o melhor. Brasileiro de verdade não se deixa abater”.
O paulista bombado, tatuado e avantajado Augusto Souza prefere nem pensar no assunto: “Sinceramente, tenta apagar da memória o que aconteceu ontem. Se for pensar em todos os problemas do Brasil, a vida não segue, porque são muitos, viu”.
Sábia como um sabiá, a carioca Amanda Dias encerra a discussão na positividade: “Brasileiro é um povo festivo e, mesmo com a derrota, manda a bola pra frente e luta pelo terceiro lugar”.
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