*Com informações de Lucas Rezende
Cléo Pires vive uma relação de amor e ódio com o Brasil. “Depende da fase, eu realmente amo o Brasil, acho que ele tem tudo pra ser o melhor lugar do mundo, tem potencial. Mas, às vezes, fico descrente. O nosso pais é jovem, somos independentes há pouco tempo, fomos uma colônia de exploração, então tem muitos fatos contraditórios no nosso crescimento e existência. Temos sempre que levar isso em consideração e tentar melhorar nossa essência, que é linda, de mistura, evolução, transformação, aceitação. O foco tem que ser esse, não ficar chafurdando na lama. Sempre tem acontecimentos ruins, mas temos que focar no bom”, disse em conversa exclusiva com HT no backstage de Lenny Niemeyer.
Gravando “Haja coração”, espécie de remake de “Sassaricando” que ocupará a faixa das 19h da Rede Globo assinada por Daniel Ortiz, Cléo contou que está animada com sua personagem, que não existia na primeira versão. “Acho interessante esse remake, o Daniel escreve lindamente. Eu vejo algumas cenas e fico fascinada. Estamos com um diretor e uma equipe incríveis. É gostoso pegar algo que já existia e colocar a nossa energia ali”, afirmou ela, adiantando que sua personagem, Tamara, é intensa. “É difícil descrever, mas ela tem algumas características essenciais. É uma mulher de muita energia, pouca inteligência emocional, uma necessidade enorme de movimento e muita angústia”, analisou. Suceder “Totalmente demais”, que alcançou níveis altíssimos de audiência, não amedronta a atriz. “Têm coisas que a gente faz porque quer agradar o público e outras que fazemos para expressar nossa arte e encontrar alguém que se identifique exatamente com o que queremos mostrar – e não queremos mostrar mentiras. Eu entrego e cada espectador que coloque na balança”, explicou.
Falando em entregar, Cléo, que acabou de gravar “Supermax” em novembro, adiantou que a personagem no seriado global é cheia de nuances. “Dizem que estreia em outubro, mas já mudaram algumas vezes, então não sei. A minha personagem é guerrilheira, participa de um reality show e é uma mulher focada, vencedora, que só pensa em ganhar. De repente ela se encontra em uma situação muito apavorante e a obsessão dela por vencer a blinda de ver o que realmente está acontecendo”, contou. Envolvida em duas obras – uma fechada e outra aberta – qual formato será que Cléo prefere? “Fechada, que já fica pronta. Não sei dizer porquê. Acho que funciona melhor para a minha personalidade”, disse. Então tá, né.
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