Você conhece Zé Pi? Em 2012, seu dueto com Tulipa Ruiz, batizada “Só sei dançar com você”, entrou para a trilha da novela “Cheias de Charme” e, rapidamente, se tornou sucesso entre o público, sendo até regravada por Tiê. Pois é. O cara tem talento e muito e HT ressalta que, agora, todos os holofotes devem ser novamente direcionados para ele. O rapaz que toca piano desde os cinco anos se prepara para seu primeiro disco solo, “Rizar”, que será lançado ainda este mês pela YB Music.
Tulipa Ruiz – “Só sei dançar com você” (Part. Esp. Zé Pi)
O primeiro single, “Fique à Vontade”, traz produção de Gustavo Ruiz e Zé nos vocais, violão e guitarra. A voz suave do rapaz vai nos revelando um relacionamento que chega ao fim em um ritmo que oscila ora entre o melancólico e ora entre o eufórico. É uma pequena amostra que traz um som diferente do que se encontra sendo replicado nas rádios, totalmente brasileiro (e, por isso, fruto de uma mistura de referências) e uma palinha promissora do disco. HT gostou tanto que foi conhecer o músico um pouquinho melhor.
Nascido em Campinas, José Ulpiano de Castro Del Piccha tem 32 anos e começou a ouvir música através do pai quando ainda era criança. Ele diz que a arte corre na veia da família: seu bisavô foi um dos modernistas que participaram da histórica Semana de 1922. Ainda na adolescência, ele formou com os amigos de São Paulo a banda Druques, com um som bem mais pesado do que o de trabalhos posteriores do artista. “Foi uma evolução natural. O leque de hoje é muito maior, porque você vai crescendo, apurando e descobrindo coisas novas. Agora, tenho mais controle sobre o que estou fazendo. Banda precisa sempre entrar em um consenso”, comentou o músico, em conversa exclusiva com o site.
Druques – “Não Assim”
“Conheci a Tulipa através de amigos em comum. Ela estudou na mesma faculdade que eu, mas entrei depois. O sucesso foi muito legal. Eu já botava bastante fé no disco, mas não esperávamos todo esse impacto”, comenta o músico, afirmando que a amiga ainda está presente em seu novo disco, assim como Léo Cavalcanti. “Eu não me prendo a nenhuma estética. Não tenho receio, faço o que quero. Em “Rizar”, são as minhas canções, do meu coração, sem filtros. O trabalho já está finalizado e, em seguida, começam os shows. Não tenho muitas referências de nomes específicos, mas ele conversa muito com a música brasileira, de uma forma universal”, explica, emendando que ouviu muitas canções de João Gilberto, Tom Jobim e de grandes nomes da música negra americana.
Zé Pi – “Fique à vontade”
“Fique à Vontade” traz um pouco dessa mistura, em meio a alguns versos bem deprimidos, enquanto fala sobre a ruína de um relacionamento. Sobre a inspiração para a música, Zé Pi comenta: “Ela fala sobre a complexidade das relações humanas. Alguém que ama, mas quer se afastar, um pouco de nostalgia… Aquele eterno vai-e-vem. Eu não raciocino muito na hora de compor, não tive a intenção de passar tristeza. Acho que à época eu tinha acabado de sair de um relacionamento, escrevi tudo em dez minutos. A música não trata só das minhas relações, mas das que eu observo também, de como as pessoas se entregam”.
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