Exclusivo! Após sucesso em dueto com Tulipa Ruiz, Zé Pi lança primeiro single e disco solo: “São as minhas canções, do meu coração, sem filtros”


Cantor fala com HT e mostra “Fique à Vontade”, primeira música do álbum “Rizar”, que chega ainda em abril às lojas do país

Você conhece Zé Pi?  Em 2012, seu dueto com Tulipa Ruiz, batizada “Só sei dançar com você”, entrou para a trilha da novela “Cheias de Charme” e, rapidamente, se tornou sucesso entre o público, sendo até regravada por Tiê. Pois é. O cara tem talento e muito e HT ressalta que, agora, todos os holofotes devem ser novamente direcionados para ele. O rapaz que toca piano desde os cinco anos se prepara para seu primeiro disco solo, “Rizar”, que será lançado ainda este mês pela YB Music.

Tulipa Ruiz – “Só sei dançar com você” (Part. Esp. Zé Pi)

O primeiro single, “Fique à Vontade”, traz produção de Gustavo Ruiz e Zé nos vocais, violão e guitarra. A voz suave do rapaz vai nos revelando um relacionamento que chega ao fim em um ritmo que oscila ora entre o melancólico e ora entre o eufórico. É uma pequena amostra que traz um som diferente do que se encontra sendo replicado nas rádios, totalmente brasileiro (e, por isso, fruto de uma mistura de referências) e uma palinha promissora do disco. HT gostou tanto que foi conhecer o músico um pouquinho melhor.

Zé Pi se prepara para o seu primeiro disco como artista solo, "Rizar" (Foto: Jonas Tucci | Divulgação)

Zé Pi se prepara para o seu primeiro disco como artista solo, “Rizar” (Foto: Jonas Tucci | Divulgação)

Nascido em Campinas, José Ulpiano de Castro Del Piccha tem 32 anos e começou a ouvir música através do pai quando ainda era criança. Ele diz que a arte corre na veia da família: seu bisavô foi um dos modernistas que participaram da histórica Semana de 1922. Ainda na adolescência, ele formou com os amigos de São Paulo a banda Druques, com um som bem mais pesado do que o de trabalhos posteriores do artista. “Foi uma evolução natural. O leque de hoje é muito maior, porque você vai crescendo, apurando e descobrindo coisas novas. Agora, tenho mais controle sobre o que estou fazendo. Banda precisa sempre entrar em um consenso”, comentou o músico, em conversa exclusiva com o site.

Druques – “Não Assim”

“Conheci a Tulipa através de amigos em comum. Ela estudou na mesma faculdade que eu, mas entrei depois. O sucesso foi muito legal. Eu já botava bastante fé no disco, mas não esperávamos todo esse impacto”, comenta o músico, afirmando que a amiga ainda está presente em seu novo disco, assim como Léo Cavalcanti. “Eu não me prendo a nenhuma estética. Não tenho receio, faço o que quero. Em “Rizar”, são as minhas canções, do meu coração, sem filtros. O trabalho já está finalizado e, em seguida, começam os shows. Não tenho muitas referências de nomes específicos, mas ele conversa muito com a música brasileira, de uma forma universal”, explica, emendando que ouviu muitas canções de João Gilberto, Tom Jobim e de grandes nomes da música negra americana.

Zé Pi – “Fique à vontade” 

“Fique à Vontade” traz um pouco dessa mistura, em meio a alguns versos bem deprimidos, enquanto fala sobre a ruína de um relacionamento. Sobre a inspiração para a música, Zé Pi comenta: “Ela fala sobre a complexidade das relações humanas. Alguém que ama, mas quer se afastar, um pouco de nostalgia… Aquele eterno vai-e-vem. Eu não raciocino muito na hora de compor, não tive a intenção de passar tristeza. Acho que à época eu tinha acabado de sair de um relacionamento, escrevi tudo em dez minutos. A música não trata só das minhas relações, mas das que eu observo também, de como as pessoas se entregam”.