Afastada das novelas desde 2011 quando participou de “Cordel Encantado”, Alinne Moraes é a nova protagonista de “Além do Tempo”, trama das 18h que estreia no dia 13 e traz mais uma parceria de Elizabeth Jhin com o diretor Rogério Gomes, ambos responsáveis por outros títulos como “Escrito nas estrelas” e “Amor Eterno Amor”. No folhetim, Alinne viverá Lívia, a mocinha da história, que é mandada pela mãe (Ana Beatriz Nogueira) para um convento para ficar longe da família Castellini, personificada pela figura da vilã Condessa Vitória (Irene Ravache).
A novela, que trata sobre amores de outras vidas e reencarnações, trará Lívia em uma das pontas do triângulo amoroso formado por ela, Felipe Castellini (Rafael Cardoso) e Melissa (Paolla Oliveira), em um clássico caso de amor à primeira vista (pelo menos nessa vida). Durante a festa de lançamento de “Além do Tempo”, HT foi para um cantinho da Villa Riso falar a sós com Alinne Moraes que, além de deslumbrante em um vestido Gucci decotado, estava bem acompanhada do marido, o diretor Mauro Lima.
No bate-papo abaixo, Alinne conta o que tem de semelhante com sua personagem, como a maternidade influencia no seu trabalho como atriz, o desafio de fazer uma mocinha tradicional e sua relação com a espiritualidade que a novela aborda. Vem com a gente:
HT: A novela fala muito sobre carma e reencarnação. Qual a sua relação com esses temas?
AM: Acredito que devemos ser coerentes e fazer tudo da melhor maneira possível hoje, focando no presente. Eu não tenho uma religião específica. Por exemplo, se você for católica, você não pode ser espírita, mesmo. Não dá para ser um pouquinho de uma e um pouquinho de outra, porque senão você só tem a sua religião própria e isso é muito particular. É por aí que eu estou: eu tenho fé, mas não posso dizer do que é feita essa mistura de espiritualidade. Eu não tenho medo de não saber, mas tenho muita fé.
HT: Nas últimas novelas, o público tem se interessado mais pelas vilãs, que acabam caindo no gosto popular. Como você se sente fazendo uma mocinha tradicional com esse panorama?
AM: Ela é minha primeira Julieta, aquela que morreria por amor. Essa questão do público é um pouco delicada, mas eu não me preocupo muito com isso. É algo que acontece, porque os vilões, realmente, são mais engraçados. Eles têm esse leque de possibilidade muito maior, que permite juntar vários ingredientes à interpretação. A mocinha tem muito mais um caminho a seguir e uma história a contar, é um personagem mais sério e romântico. A gente gosta muito de visualizar coisas impossíveis, então a vilã é realmente mais saborosa do que uma mocinha. Mas isso não me incomoda, eu me preocupo em encantar em uma boa história.
HT: Quais as semelhanças que você vê entre a Lívia e a Alinne?
AM: Eu tenho muita coisa que já vivi para emprestar para essa mocinha. Hoje, eu sou mãe, uma mulher em um momento completamente diferente, mas emprestei essas coisas que eu já tive como uma ingenuidade, uma certa leveza. Ela é uma personagem que foi criada pela mãe e eu também fui, porque tive a ausência do meu pai durante meu crescimento. Acho que consigo traçar esses paralelos.
HT: Você está com um filho, o Pedro, de um ano. Como você acha que sua sensibilidade como atriz mudou depois da maternidade?
AM: Me deixa um pouco mais serena e tranquila para exercer meu trabalho. Eu tirei um pouco daquela tensão de focar a minha vida no trabalho e acho que agora estou mais relaxada.
HT: Você acredita que existem segundas chances em outras vidas?
AM: Na própria vida nós temos muitas segundas chances, todos os dias, várias vezes. A qualquer hora e qualquer momento você pode mudar. A gente só “está” desse jeito, mas amanhã eu posso mudar e ser alguém completamente diferente e acreditar em outra coisa. Por que não? Nós somos influenciados por vários acontecimentos em vários momentos.
HT: Se você pudesse reencarnar como alguém que já existiu, quem você gostaria de ser?
AM: Nossa, que pergunta difícil! Eu não sei,talvez ter a voz da Elis Regina, pode ser?
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