Desde a última sexta-feira que o mundo vem encontrando maneiras de se solidarizar com a tragédia ocorrida em Paris. Enquanto muitos procuram uma forma de prestar respeito aos 129 mortos no atentado que tomou de surpresa a Cidade Luz, a classe artística tem se pronunciado através das redes sociais e, em alguns casos, dividindo suas opiniões e mensagens com o público ou até tomando precauções contra futuros ataques.
Madonna, por exemplo, não conteve a emoção durante a apresentação de sua “Rebel Heart Tour”, em Estocolmo, um dia após o ocorrido. Com os olhos marejados, a Rainha do Pop pediu um minuto de silêncio em respeito às vítimas de Paris e ainda comentou: “Tem sido muito difícil continuar com este show e esquecer o que aconteceu ontem à noite. Então, eu preciso de um tempo para falar sobre esta tragédia. As trágicas mortes, assassinatos e o fim sem sentido de vidas preciosas que ocorreram em Paris. De diversas formas, me sinto arrasada. Por que estou aqui dançando e me divertindo quando há pessoas chorando a perda de seus entes queridos? Mas é isso que eles querem, querem nos silenciar. Não vamos deixar isso acontecer, jamais”, disse, antes de cantar “Like a prayer“.
Quem também prestou homenagem às vítimas do atentado foi Chris Martin e o pessoal do Coldplay. A banda teve que cancelar a apresentação em Paris com as músicas do novo álbum, “A head full of dreams”, e decidiu fazer um show com hits antigos em versão acústica. Na setlist, o grupo ainda incluiu um cover de “Imagine”, do John Lennon, dedicado à França. Veja abaixo:
Por falar no campo musical, um dos ataques em Paris aconteceu exatamente durante a apresentação da banda britânica Eagles of Death Metal, no Theatre Bataclan, resultando em mais de 100 mortos, de acordo com a polícia francesa. Após se retirarem da França, os integrantes da banda cancelaram todas as apresentações restantes na Europa e, agora, são alvos de um ato de apoio online: um grupo no Facebook está se reunindo para que a canção “Say a prayer”, do Eagles, chegue ao #1 dos charts britânicos, para mostrar “solidariedade contra o terrorismo e apoio à paz”.
A banda californiana não foi a única a cancelar suas passagens para a Europa. Ao longo do fim de semana, os integrantes do U2 também declararam que não iriam fazer o show programado para o dia seguinte ao do atentado e, em um comunicado oficial, disseram: “Assistimos incrédulos e chocados aos eventos que se desenrolaram em Paris e mandamos nossos sentimentos às vítimas e às suas famílias em toda a cidade. Estamos arrasados com as vidas perdidas durante o show do Eagles of Death Metal e estamos rezando pela banda e por seus fãs. Esperamos e oramos para que todos os nossos fãs em Paris estejam a salvo”.
A atitude do U2 foi replicada pelos colega do Coldplay, da Deftones e do Foo Fighters, todos com shows agendados na capital francesa, que preferiram adiar as datas de suas apresentações. “Tendo em vista a violência sem sentido, o fechamento de fronteiras e o luto internacional, nós não podemos continuar agora. Não há outra forma de dizer isso. Isso é louco e horrível. Nossos pensamentos e orações estão com todos aqueles que se machucaram ou perderam alguém amado”, publicou a banda de Dave Grohl no Facebook.
Os efeitos colaterais se estenderam também para o audiovisual. As distribuidoras Mars e Twentieth Century Fox, responsáveis pelas press junkets dos filmes “Jane got a gun” e “Ponte dos espiões”, cancelaram qualquer forma de promoção dos títulos no país, incluindo visitas e aparições de Natalie Portman, Tom Hanks, Steven Spielberg e Amy Ryan.
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