Dr. Alessandro Martins tira dúvidas sobre cirurgia indicada para a flacidez do braço (braquioplastia)


Em sua coluna quinzenal no Site HT, o cirurgião plástico fala sobre braquioplastia e afirma: ‘A flacidez pode chegar a ser uma lipodistrofia (acúmulo de gordura) braquial severa, com grandes quantidades de pele, podendo, inclusive, levar a dificuldades de higiene e no uso de vestimentas. Atualmente, esse tipo de distrofia é muito comum entre pacientes submetidas a cirurgias bariátricas com grande perda ponderal (ou seja, perda de peso). O tratamento vai depender, obviamente, do tamanho da flacidez no braço’

*Por Dr. Alessandro Martins

A cirurgia indicada para o tratamento da flacidez dos braços se chama braquioplastia. O primeiro grau de flacidez é o leve, característico de pacientes com mais idade, que perderam massa muscular ou que não realizaram atividade física ao longo da sua vida. O resultado é comumente conhecido como “sinal do tchauzinho”.

Em outros estágios, a flacidez pode chegar a ser uma lipodistrofia (acúmulo de gordura) braquial severa, com grandes quantidades de pele, podendo, inclusive, levar a dificuldades de higiene e no uso de vestimentas. Atualmente, esse tipo de distrofia é muito comum entre pacientes submetidos a cirurgias bariátricas com grande perda ponderal (ou seja, perda de peso). O tratamento vai depender, obviamente, do tamanho da flacidez no braço.

Às pacientes que não tiveram grande perda ponderal e que têm uma pequena flacidez no braço, recomendamos o uso de bioestimuladores, ativos que estimulam a produção do colágeno e promovem um efeito rejuvenescedor, com resultado natural e progressivo (entre eles, o ácido polilático, através de injeções justatérmicas) associados a tecnologias como radiofrequência e ultrassom microfocado corporal. Essa associação pode melhorar uma flacidez discreta na região do braço. O ganho de massa muscular pode auxiliar. No entanto, para corrigir a flacidez, o ganho de massa precisa ser muito grande, algo que não é característico do perfil feminino, ocorrendo muito mais entre os homens.

Dr. Alessandro Martins (Foto: Fábio Calvi)

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No entanto, a associação de atividade física, bioestimuladores e tecnologias como radiofrequência e ultrassom microfocado em lipodistrofias maiores não obtém resultados, especialmente em pacientes pós-bariátricas. O tratamento desses pacientes deve ser cirúrgico, com a ressecção da pele e do excedente de gordura associado a ela. As cicatrizações são variáveis, mas normalmente se estendem da região da axila até o cotovelo. Cicatrizes restritas à área da axila têm resultados muito pobres e, na verdade, são indicadas a pacientes que talvez não tivessem sequer indicação de tratamento cirúrgico.

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Em pacientes com lipodistrofia braquial verdadeira, as incisões devem ser grandes para que toda a pele em excesso seja tratada e, com isso, não haja complicações como “orelhas de pele”, enrugamentos na tentativa de compensar uma pele numa cicatriz menor do que a necessária.

Outro mito que precisa ser esclarecido é a indicação da lipoaspiração para o tratamento da flacidez dos braços. Se ele tem pele sobrando e for lipoaspirado ficará ainda pior. Dessa forma, uma região que poderia ser tratada com técnicas alternativas pode se tornar cirúrgica. A lipoaspiração num braço que já tem flacidez precisa ser muito cuidadosa. A retração de pele esperada é pequena e podemos, com isso, aumentar a flacidez. A lipoaspiração é indicada em pacientes com braços gordinhos, que têm uma quantidade de gordura relativa, e em pacientes jovens que não possuem flacidez. Essa associação de flacidez com gordura e lipoaspiração pode ter um resultado estético desagradável e não atingir a expectativa da paciente.

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