Dr. Alessandro Martins fala sobre padrões de beleza impostos no passado e a questão da autoestima


Em sua coluna quinzenal no site HT, o cirurgião plástico afirma: “No Brasil, temos uma grande miscigenação, vários tipos de belezas em diversas etnias. E o belo, na verdade, é o que combina com cada biotipo, ou seja: com a genética e estrutura física. Diferente dessa questão, nós verificamos problemas que realmente necessitam de cirurgia e que fazem com que as pacientes tenham a autoestima deteriorada. Não por um padrão de beleza, mas por possuírem indicações cirúrgicas”

*Por Dr. Alessandro Martins

Durante muito tempo, a sociedade criou padrões de beleza do que seria o belo com relação às estéticas corporais e faciais. Entretanto, nem todas as mulheres e homens se encaixavam dentro desses ditos “padrões” e regras. Isso sempre fez com que pacientes tentassem se moldar ao status quo. Não só com dieta e atividades físicas, mas também com cirurgias plásticas buscando algo que, às vezes, não era compatível com o biotipo tanto físico quanto facial.

Isso sempre ocasionou em mulheres e homens de qualquer idade problemas de autoestima e buscas incessantes por cirurgias estéticas, muitas vezes desnecessárias. Não por que as pacientes precisassem, mas, sim, pela vontade de se encaixar no tal modelo. No entanto, problemas de autoestima, comportamentais e psicológicos até hoje são detectados por esse culto exacerbado ao modelo de beleza ditado pela sociedade.

No Brasil, temos uma grande miscigenação, vários tipos de belezas de diversas etnias. E o belo, na verdade, é o que combina com cada biotipo, ou seja: com a genética e estrutura física. Diferente dessa questão, nós verificamos problemas que realmente necessitam de cirurgia e que fazem com que as pacientes tenham a autoestima deteriorada. Não por um padrão de beleza, mas por, possuírem realmente indicações cirúrgicas.

“No Brasil, temos uma grande miscigenação, vários tipos de belezas de diversas etnias. E o belo, na verdade, é o que combina com cada biotipo” (Foto: Leonardo Pequiar)

Nesse grupo de paciente, temos questões de deformidades congênitas, como, por exemplo, orelha de abano, problemas em membros de parede torácica, respiratórios com o septo nasal com giba óssea proeminente, mamas muito volumosas, abdome em avental após grande perda de peso. Esses pacientes têm a autoestima deteriorada, mas, realmente, possuem indicações cirúrgicas e não apenas para se encaixar em um padrão.

Muitas pessoas têm a autoestima massacrada desde a infância por bullying, levando a alterações psiquiátricas e comportamentais. Então, a cirurgia plástica se torna terapêutica, pois, quando o cirurgião consegue corrigir uma orelha de abano de uma criança evita que ela seja considerada “diferente” ou sofra problemas de relacionamento na escola.

Dr. Alessandro Martins (Foto: Vinicius Mochizuki)

Quando uma mama muito volumosa é operada em uma paciente que começa a ter problemas com a postura e com a coluna por conta do peso dos seios ou quando você opera o abdome em avental que por conta da pele tem até problemas de higiene, a cirurgia plástica está atuando não só na parte psicológica reintegrando essa pessoa na sociedade como realmente está resolvendo uma questão de saúde, que poderia causar danos a longo prazo. E, com isso, a cirurgia plástica proporciona a esse paciente a volta de uma autoestima que abalava até relacionamentos e atuação no meio do trabalho. Portanto, a cirurgia plástica está sendo terapêutica não só do ponto de vista corporal e estético, mas ajudando o paciente a superar um problema psicológico ou autoestima baixa que ele teve durante muitos anos de sua vida.

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