Dr. Alessandro Martins fala sobre cirurgias de mamas em jovens mulheres


É mais comum do que se pensa a queixa de jovens em relação ao formato de seus seios, que podem, mesmo ainda tão novas, apresentar características vistas como indesejadas, como a mama tuberosa e o aspecto caído

*Por Dr. Alessandro Martins

O órgão corporal que mais expõe a feminilidade é a mama. A valorização do colo e a ideia de proporção dos seios em relação ao restante do corpo são desejos de inúmeras mulheres. E a característica do corpo das brasileiras não favorece esta proporcionalidade, por conta dos quadris largos, da cintura fina e do pouco volume das mamas. E, inclusive, de jovens que, na fase mais complexa da vida, onde as inseguranças vêm junto da descoberta do corpo e do sexo, podem sofrer com estas características.

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O órgão corporal que mais expõe a feminilidade é a mama (Foto: Reprodução)

Indicacão

A partir dos 16 anos, as mulheres já podem optar por uma cirurgia de implante mamário, claro que, antes dos 18 anos, com autorização dos pais. É mais comum do que se pensa a queixa de jovens em relação ao formato de seus seios, que podem, mesmo ainda tão novas, apresentar características vistas como indesejadas, como a mama tuberosa, na qual o tecido que cobre a glândula mamária apresenta uma rigidez excessiva e não se expande com o crescimento, se projetando por via menos resistente, que é a pele fina do complexo aréolo-mamilar. Outra reclamação comum em mulheres jovens é o descontentamento com o aspecto caído dos seios.

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Dr. Alessandro Martins é médico cirurgião plástico com subespecialização em reconstrução de mamas pós-mastectomia (Foto: Sergio Baia)

Resultados

Nos dois casos – e em muitos outros relacionados à insatisfação com o aspecto das mamas em mulheres a partir dos 16 anos – a solução passa pela cirurgia plástica. Sempre, como insisto em dizer em todas as minhas colunas, em ambiente hospitalar, com anestesia e realizada por um médico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. A operação pode aumentar e dar um formato mais harmonioso e mais bonito, a partir do implante de uma prótese, realizada por meio de incisão periareolares, ou nos sulcos mamarios e até na axila, com cicatrizes, portanto, bem discretas. O resultado destes implantes modernos é bem natural, proporcionando um aumento da autoestima destas mulheres. Posso dizer, aliás, que a cirurgia de mama é a que mais proporciona um incremento na satisfação estética e na autoestima das pacientes.

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Recuperação

A recuperação é bem simples, com a necessidade de uso de sutiã específico durante 30 dias, e, entre 15 e 21 dias, já está apta a retomar as atividades normais. Com exceção da ginástica, que só estará liberada 30 dias após a cirurgia. É importante, também, o acompanhamento de um ginecologista, pois, apesar de o implante, quando bem efetuado, não atrapalhar uma boa amamentação ou camuflar doenças na região, é preciso um cuidado especial.

Uma reclamação comum em mulheres jovens é o descontentamento com o aspecto caído dos seios (Foto: Reprodução)

Cobertura

Nem o SUS nem os planos de saúde cobrem os custos de uma cirurgia estética na mama, pois o aumento do seio ou a correção de uma mama caída não entram no escopo de perda de função da mama, condição para que seja incluída na cobertura do SUS e dos planos de saúde. Para jovens a partir de 16 anos que não tem condição de arcar com os custos, a única opção são os hospitais universitários, nos quais residentes podem efetuar implantes mamários com regras bem estabelecidas, acompanhados de cirurgiões já formados e com experiência, dentro de trabalhos científicos. Entendendo, sempre, que, nestes casos, trata-se de uma cirurgia essencialmente estética, não prioritária perante outras modalidades, como reconstrução por conta de queimaduras, câncer e outras deformidades. Assim, a paciente vai entrar em uma fila de cadastro, que geralmente são muito longas, atrás de outras prioritárias.

Se vocês tiverem alguma dúvida, escrevam, pois terei o maior prazer em responder!

Até a próxima!

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