O rosto é o nosso principal cartão de visita e, por isso, existe sempre uma preocupação constante em cuidar dele da melhor forma possível de forma a evitar – ou atenuar – o aparecimento de manchas, bolsas de gordura, flacidez, rugas, entre outros. No entanto, o tempo é implacável e mesmo com toda prevenção e tendo a possibilidade de se utilizar de diversos tratamentos, todos vão ter que lidar com as consequências do passar dos anos. E, por isso, a cirurgia plástica entra como um importante aliado, que possibilita aos pacientes recorrer a diversos procedimentos estéticos, desde aplicação de ácido hialurônico até operações. A Blefaroplastia, por exemplo, foi a cirurgia plástica mais realizada na região facial no ano de 2016, o que corresponde a cerca de 137 mil pacientes de acordo com o censo feito pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Por isso, em sua coluna desta semana no site HT, o Dr. Alessandro Martins contou para a gente tudo sobre esta remoção da pele que recobre os olhos.
Olhar cansado em noites mal dormidas.
Não importa se a pessoa mantém uma rotina saudável de sono, o excesso de pele e gordura na região palpebral acaba criando um aspecto de olhar cansado. Esta dificuldade de se expressar com olhar é uma das principais queixas dos pacientes que recorrem à blefaroplastia. “Muitas vezes, o paciente possui este excesso acompanhado das bolsinhas de gordura o que acaba aumentando este olhar caído”, explicou. Além deste problema, o peso das pálpebras, a sensação de ter a pele atrapalhando o campo visual e a dificuldade para se maquiar, no caso das mulheres, também é uma crítica bastante recorrente, de acordo com o Dr. Alessandro, um dos nomes mais importantes da cirurgia plástica carioca. Sendo assim, o procedimento vai muito além da estética e a operação representa a melhora da qualidade de vida das pessoas.
Um problema que afeta a todas as idades.
Esta alteração das pálpebras é comum entre homens e mulheres, sendo uma das cirurgias mais requisitadas por eles. Além disso, não existe diferença entre os sexos no sentido de um ter mais propensão a ter este excesso do que outro. Na verdade, as pessoas que possuem estas bolsas costumam ter casos parecidos na família. “Esta extensão da pele costuma aparecer com a idade devido a fatores genéticos associados. Geralmente, os pacientes que chegam ao consultório falam que os pais ou avós também operaram as pálpebras”, comentou.
A Blefaroplastia não é uma operação exclusiva de indivíduos mais velhos. Na verdade, também é comum em jovens. No entanto, o procedimento é um pouco diferente. “Nestes casos, os pacientes apresentam somente as bolsas com pouco ou nenhum excesso de pele. Sendo assim, a cirurgia acaba removendo somente a gordura”, explicou o doutor.
Acesso à cirurgia.
No setor público, as pessoas que quiserem se submeter a esta operação terão dificuldade de encontrar hospitais que as realizam pelo SUS. De acordo com o dr. Alessandro, a Blefaroplastia pode ser feita pelo Sistema Único de Saúde, SUS, em hospitais onde há residência médica de cirurgia plástica. “No caso dos planos de saúde, só existe cobertura se esta queda das pálpebras superiores estiver comprometendo muito a visão”, mediante um exame complementar de campimetria visual, salientou o dr. Alessandro Martins.
As cicatrizes são quase imperceptíveis.
Depois de realizado este procedimento, os pacientes enfrentam um pós-operatório muito tranquilo. “É possível que a região apresente inchaço e manchas roxas na primeira semana devido à cirurgia. Caso isto aconteça, é necessário colocar compressas de gelo no olho para melhorar este aspecto”, informou. A recuperação é rápida, sendo assim os pontos são retirados, em média, após quatro dias e o retorno às atividades normais de sete a dez dias. As cicatrizes deixadas após esta operação são quase imperceptíveis. “Elas ficam escondidas próximo aos cílios, no caso das pálpebras inferiores, e à região aonde termina a convexidade do olho, no caso superior”, explicou.
Opções para quem quer postergar a cirurgia.
Apesar das cicatrizes serem discretas, existem procedimentos não cirúrgicos que podem resolver, em parte, as queixas das pessoas. “O preenchimento com ácido hialurônico, associado ou não ao laser de CO2, pode camuflar as bolsas e resolver casos mais discretos. No entanto, dependendo do quadro do paciente, somente um tratamento cirúrgico será eficaz”, salientou o médico, que é coordenador do curso integrado dos serviços de cirurgia plástica no Rio de Janeiro.
Contato: dr. Alessandro Martins
Facebook: clique aqui
Instagram: @dr.alessandromartins
Artigos relacionados