Dr. Alessandro Martins esclarece o tipo de anestesia ideal para cada cirurgia


Existem três tipos de modalidades anestésicas que são utilizadas não só para cirurgia plástica como também para a maioria dos procedimentos cirúrgicos. Entre eles: anestesia geral; local, e com sedação. Vem entender!

*Por Dr. Alessandro Martins

Muitos pacientes têm receio quando se fala em anestesia em cirurgia plástica. O ato anestésico ainda é cercado de mitos pela população em relação a riscos.

Existem três tipos de modalidades anestésicas que são utilizadas não só para cirurgia plástica como também para a maioria dos procedimentos cirúrgicos. Entre eles: anestesia geral; local, simplesmente, e com sedação.

A anestesia geral é indicada para a maioria dos grandes procedimentos em cirurgia plástica. Sendo eles, cirurgias combinadas como mamoplastia com abdominoplastia; nariz com face; lipo com abdominoplastia. Portanto, mais de uma cirurgia feita em um (uma) paciente e com duração de horas bem maior, a anestesia geral é uma das mais seguras e duradouras. E a maior segurança da anestesia geral, na verdade, é o fato de a respiração, a via aérea da (do) paciente, estar sendo controlada pelo anestesista. Representa um grande fator de segurança.

Dr. Alessandro Martins (Foto: Márcio Farias)

Dr. Alessandro Martins (Foto: Márcio Farias)

É um verdadeiro mito o que muitos leigos questionavam sobre a possibilidade de a (o) paciente ser entubada (o) e ao se usar o respirador pudesse representar um grande fator de risco. Muitos provocavam até indagações se a (o) paciente poderia não voltar a respirar sozinha (o). Ao contrário. Esta é uma das formas mais seguras de se operar a (o) paciente. Porque qualquer problema ou complicação alérgica que a (o) paciente possa eventualmente vir a ter, a primeira ação é fazê-la (o) respirar – colocá-la (o) em um respirador. E, na anestesia geral, ela (ele) já está nesse respirador. Há, portanto, uma prevenção total.

Em procedimentos menores podem ser utilizadas anestesias locais ou com sedação. A primeira é muito utilizada para pequena lesões, retirada de sinais, tumores, normalmente em face, tronco ou membros. Mas, são cirurgias unitárias. Uma lesão pequena, única, em que é utilizado o anestésico local dentro da lesão, o médico consegue cortar, retirar a lesão e dar os pontos sem que a (o) paciente sinta dor.

Em procedimentos intermediários, ou seja, múltiplos sinais, lesões, ou então cirurgia da pálpebra (blefaroplastia), do nariz (rinoplastia), de rejuvenescimento facial (face lifiting), os médicos consideram de médio porte. E podem ser feitos com anestesia local + sedação.

A sedação não tem o objetivo de tirar a dor, mas de fazer a (o) paciente dormir durante o procedimento cirúrgico. Dessa forma, há mais conforto para a (o) paciente, que não precisa ficar acordada (o) acompanhando a cirurgia. E também ao dormir a (o) paciente tem uma percepção menor da dor. E,associado a esta sedação, o que vai tirar a dor será a anestesia local. Por isso que chamamos de um tipo de anestésico combinado.

Tanto na sedação da anestesia geral como na local, a (o) paciente dorme. Na anestesia geral, a (o) paciente está respirando conectada (o) a um aparelho: o respirador. E, na local, a (o) paciente está dormindo, mas respirando sozinha (o).

Hoje em dia, a anestesia é uma técnica médica muito segura e evoluiu muito no decorrer dos anos. Muitas técnicas novas foram desenvolvidas, os respiradores são infinitamente melhores do que no passado. Há o controle de pressão, de fluxo de ar, de saída de gases e ajuda a monitorar a (o) paciente tanto não só controlando a respiração como se há boa circulação.

Vale frisar novamente que o médico adequa a técnica anestésica ao tamanho da cirurgia. E é muito importante a interação e confiança na equipe tanto da (o) paciente como o médico com o seu anestesista para que tenhamos uma cirurgia segura. Certamente influenciará beneficamente o pós-operatória da (o) paciente.

 

Contato: Dr. Alessandro Martins

Facebook: clique aqui 
Instagram: @dr.alessandromartins