Dia das Mães: Camilla Camargo revela que, pós-pandemia, pretende ter outro filho


Neste dia atípico, e o primeiro com o filho Joaquim nos braços, a atriz fala ainda da quarentena em família, do amor imenso pelo pequeno, das dificuldades do período, dos planos adiados e divide suas reflexões com a pandemia da Covid-19: “Esse momento traz a necessidade de pensarmos no senso de coletivo, porque não basta tudo dar certo só para nós, temos que pensar como sociedade, e momentos como esse trazem de forma clara essa noção, de que para seguir em frente e firmes, precisamos de uns ajudando os outros”

*Por Brunna Condini

O primeiro Dia das Mães de Camilla Camargo foi com o pequeno Joaquim, de 9 meses, na barriga ainda. Este, que seria comemorado com as famílias dela e do marido, Leonardo Lessa, reunidas, será celebrado apenas pelos três, em casa, como tem que ser. Camilla está há quase dois meses cumprindo o isolamento social e vivendo a maternidade integralmente. “Não saio de casa há um mês. Só quem sai aqui é meu marido para fazer mercado. Na volta, higienizamos tudo. Cuido do Joaquim e da casa, o que já me ocupa uma grande parte do dia”, conta. “Também tenho colocado em dia minhas questões de trabalho, e ando tentando ter alguns momentos de descanso para ler um livro, ver uma série, além dos conteúdos super legais que vem sendo disponibilizados por cantores, mas também de espetáculos da Broadway, no Youtube. A propósito, quem estiver buscando algo legal para assistir, se puder, veja o longa “Travessia”, no canal Now, da Net nele atuei com Chico Diaz, Caio Castro e Cyria Coentro”, divulga.

O pequeno Joaquim, de 9 meses, Camilla, e o marido Leonardo Lessa (Reprodução Instagram)

Neste domingo, Camilla vai ganhar um presente especial do seu pai, Zezé Di Camargo. Aliás, não só ela, como todas as mães do Brasil. Zezé e Luciano farão a primeira live show, que poderá ser acompanhada no canal da dupla no YouTube, a partir de 19h. “Assistindo aproveito para matar um pouco a saudade. Desde que a recomendação de isolamento não vejo meu pai, quase dois meses”, diz. “Olha, sobre esse dia, acho que quem pode estar com sua mãe nesse momento, deve aproveitar muito. Não perca a oportunidade de mostrar o quanto ela é amada e a sua gratidão. Para quem não vai ter a mãe ao lado, vamos orar por elas, pedir proteção, agradecer a Deus a graça de ter ou ter tido uma mãe. Às mães, todo meu carinho nesse dia tão especial, mas lembrando sempre que mãe não tem dia, para demostrar amor todos os dias valem”.

É o amor

Quando fala da mãe, Zilu Godoy, que viajou há dois meses para os Estados Unidos, Camilla se emociona. “Minha mãe é uma guerreira, forte, protetora, amorosa. Ela sempre foi uma mãe zelosa, que ensina com atitudes, que nunca perdeu as origens e isso que pretendo passar para o Joaquim, essa humildade e o respeito a todos sempre”, declara-se. “Minha mãe também é a avó mais babona, cuida, faz de tudo pelos netos, mima, dá amor, é a avó perfeita. Hoje, gostaria de olhar nos olhos dela e dizer o quanto a amo, o quanto sou grata por tudo que ela faz por mim e pelos meus irmãos, e agora pelos netos. Ela é meu exemplo e inspiração, e eu oro todo dia a Deus agradecendo pela sua vida e pela oportunidade de tê-la como mãe”.

“Minha mãe é uma guerreira, forte, protetora, amorosa. Ela sempre foi uma mãe zelosa, que ensina com atitudes, que nunca perdeu as origens e isso que quero passar para o Joaquim” (Arquivo)

A declaração para Zilu, mais de pertinho, vai ter que esperar ainda. Assim como outros aspectos da vida que ficaram em “suspenso”. Antes da pandemia, a atriz se preparava para gravar um piloto para um projeto de TV. “Quando começou a quarentena, estava prestes a voltar a trabalhar, estava saindo do puerpério, fazendo testes, com esse projeto encaminhado, mas como tudo ainda seria gravado, foi corretamente adiado por hora”, conta. “Tenho um filme para estrear ainda este ano, o “Intervenção”, com Marcos Palmeira e Bianca Comparato. Esse, por enquanto, está com lançamento em 3 de setembro mantido. E também estava lendo um texto para teatro, mas é um projeto que está andando apenas em matéria de ideias e antecipação de burocracias, já que não temos previsão concreta de quando poderemos voltar a nos apresentar”.

Zilu e o neto Joaquim: “Minha mãe também é a avó mais babona, cuida, faz de tudo pelos netos, mima, dá amor, é a avó perfeita” (Reprodução)

Camilla revela ainda, que entre os projetos pós pandemia, pode estar um novo filho: “Pretendo ter mais um, e não quero esperar muito”. Além disso, ela não vê a hora de tudo passar, e revela o desejo de trabalhar se envolvendo em projetos significativos. “Outro dia mesmo, fiz uma live em um canal focado na questão da maternidade porque vejo com uma forma de trocarmos experiências, mostrarmos mais uma vez que estamos todos no mesmo barco. Claro que tenho consciência que uns ainda têm muito mais dificuldades do que outros. Eu, por exemplo, reconheço minha posição de privilégio de poder ficar em casa, e por aí vai. Nós trabalhamos com arte, entretenimento e informação, e nesse momento as pessoas têm precisado de arte e outros conteúdos mais do que nunca. Então, nós atores, além de contribuirmos com as novelas, séries e filmes que fizemos, podemos também contribuir com nossa voz levando informações importantes, disseminando palavras de otimismo e carinho, e muito mais. Acho que o papel do ator vai além de atuar”.

“Nós atores, podemos também contribuir com nossa voz levando informações importantes, disseminando palavras de otimismo e carinho, e muito mais” (Foto: R+R)

A atriz tem vivido dias intensos nesta quarentena, e apesar do cansaço, da privação do sono em muitas noites ao lado do pequeno, ela experimenta na maternidade o melhor papel de todos os seus 34 anos. “Não trocaria por nada no mundo!”. Camilla, como tantas mães, compartilha suas apreensões com o cenário atual e teme que a pandemia da Covid-19 atinja sua família. “Meu maior medo é que por algum motivo, alguém aqui em casa se contamine e precise ficar isolado dos outros. Acho a união tão importante, me sinto privilegiada de poder estar saudável e em casa com meu marido e meu filho. Mas tenho medo, mesmo com todos os cuidados, de por algum motivo, não poder ficar perto, principalmente do meu filho. Tento lidar com a ansiedade me mantendo ocupada, tanto fisicamente, o que não é difícil (risos), como mentalmente, para não ficar pensando muito nisso”.

“Meu maior medo é que por algum motivo, alguém aqui em casa se contamine e precise ficar isolado dos outros” (Reprodução Instagram)

Ela salienta, que não está romantizando o período, mas acredita que os ganhos e aprendizados estão embutidos no pacote. “Acho que esse momento vem nos ensinar algumas coisas, e acho que uma delas, é que temos a obrigação de respeitar a natureza. A outra, é aprendermos a nos importar com o que é primordial. Precisamos dar valor a um abraço, que agora não podemos dar por aí, por exemplo. E também, valorizarmos a nossa saúde e das pessoas que amamos”, observa. “Esse momento traz a necessidade de pensarmos no senso de coletivo, porque não basta tudo dar certo só para nós, temos que pensar como sociedade, e momentos como esse trazem de forma clara essa noção, de que para seguir em frente e firmes, precisamos de uns ajudando os outros. Quem pode, deve ficar em casa, por nós, por quem amamos, e também por todos aqueles que estão diariamente se arriscando na linha de frente ao enfrentamento do Coronavírus. Quem tem condição de ficar em isolamento, o mínimo que pode fazer é cooperar. Como não pensar nos profissionais de saúde? Desde o médico ao pessoal da limpeza, que estão lutando para que menos vidas sejam perdidas. Temos que pensar, que caso ocorra um colapso no sistema de saúde, pode acontecer um caos maior do que o que eles já vivem. Quero agradecer também a todos os profissionais que estão fazendo serviços essenciais. Além disso, espero que quando tudo isso passar, a gente dê o devido valor ao investimento em ciência, pois são os cientistas que podem descobrir uma vacina, a cura”.

“Esse momento traz a necessidade de pensarmos no senso de coletivo, porque não basta tudo dar certo só para nós, temos que pensar como sociedade” (Foto: R+R)