Dia das Boas Ações: ação global chegou ao Brasil e reuniu ONGs e voluntários para realização de atividades e iniciativas socioambientais


O movimento de boas ações acontecerá no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília neste fim de semana, 09 e 10 de abril

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“Good Deeds Day”: Ação global chega ao Brasil | Foto: reprodução

“Fazer o bem sem olhar a quem”. É assim que foi o “Dia das Boas Ações“, ação global que, pela primeira vez, aterrissou no Brasil neste fim de semana (09 e 10/04) com ações no Rio de Janeiro, São Paulo e em Brasília. O “Good Deeds Day” nasceu em 2007, em Israel, e se tornou o maior projeto de mobilização para engajamento social no mundo. Já são 70 países envolvidos, entre eles: Estados Unidos, Uganda, Canadá, Turquia, Suíça e Alemanha, que convocam voluntários, ONGs e empresas a se engajarem em “pequenos grandes gestos” em prol de melhorias socioambientais.

A plataforma Atados, que conecta ONGs a voluntários e empresas, é a organizadora e idealizadora da ação no Brasil. No Rio, mais de 100 ONGs, 300 voluntários e empresas fazem parte do movimento que foi dividido em três áreas: Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Bem-Estar – cada uma com diversas ações sobre o assunto. “Pesquisas indicam que a solução para problemas sociais e ambientais do planeta está ligada à promoção do bem estar da população, à educação sobre práticas de consumo mais sustentáveis e trocas mais humanas entre as pessoas. É por isso que decidimos promover um evento que envolvesse esses 3 temas. É de extrema importância que a população conheça meios de reagir de forma eficaz à crise vigente. Muitos reclamam do governo e não partem para a ação por não saberem por onde começar ou o que fazer”, diz Ana Luiza Ramos, do Atados.

Ana Luiza comenta a influência das ações a longo prazo: “Acreditamos que quando pessoas vêem uma massa de gente fazendo algo, elas se tornam curiosas para saber o que está acontecendo e se elas se sensibilizam, entram no movimento. Faz parte da constituição humana o despertar da empatia ao olhar alguém fazendo o bem. Nós não esperamos que o engajamento aconteça de forma imediata (no dia do evento, por exemplo) mas que haja um despertar. Acreditamos no poder do coletivo que acaba arrastando pessoas perdidas em desilusões causadas pelo momento sócio político do país”.

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A jornalista Gabriela Mendes, de 23 anos, está ajudando o Atados com textos, fotos e na comunicação com voluntários. “Para mim, além de ser incrível ter um evento com tantos voluntários, é ainda mais gratificante promover o engajamento dessas pessoas. Eu vejo que o Atados não quer apenas fazer um dia para boas ações, eles querem que esse dia seja uma porta de entrada para o trabalho voluntário, para um primeiro engajamento, o que é ainda mais especial. As pessoas vão poder entrar em contato com as ONGs e conhecer o trabalho delas”, diz.

“Nós estamos vivendo um momento de muito conflito, tanto no nosso país, quanto no mundo. Por conta disso, as pessoas estão refletindo mais sobre as estruturas sociais, político e econômicas. Tem tanta gente fazendo coisas incríveis e elas merecem ser vistas! Quando a gente conhece essas iniciativas, dá muita vontade de ajudar, de fazer parte e ser voluntário… e o Dia das Boas Ações está aí para isso”, comenta Gabriela, que participou do “Arrastão Florido”, ação para distribuir flores na orla.

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Entre as ações, a Biblioteca Solidária, Futebol Educativo, Mutirão da Cruz Vermelha, Coleta 2016 da ONG TETO, Pintura do Favela Brass, Palhaços Amadores, Intervenção Circense, Bonecas de Propósito, Atividade Convidativa, Arte por Toda Parte, Sustentabilidade da Coluna, além de diversas oficinas, apresentações culturais, palestras, feiras e aulas.

No domingo (10/04) o Instituto-E realizou, em parceria com as ONGs Sea Sheperd e SurfRider Foundation, um mutirão de limpeza na praia do Arpoador liderada pelo Arpoador Surf Club. Na ação, o objetivo é catar o que é considerado microlixo (guimbas de cigarro, pequenos pedaços de embalagens plásticas, lacres e tampas de bebidas, etc) que, por causa do tamanho, acaba no estômago de diversos animais marinhos. Após a coleta, os resíduos serão transformados em uma instalação artística no local para promover a conscientização. “Esperamos que seja um ponto de partida para que os frequentadores do Arpoador tomem consciência das consequências ocasionadas pela prática de deixar para trás esse microlixo”, comenta Guilherme Aguiar, presidente do ASC – Arpoador Surf Club.

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