“Eu nunca acreditei muito nessa ideia de coworking, mas desde quando eu cheguei, já peguei dois casos para defender”. “Agora que eu entendi aquela história que diziam que trabalhar com o que ama não é trabalho”. “Tem lugar oferecendo sala de graça para não perder mais empresa que está vindo para cá”. Estas frases resumem um pouco do clima da festa de inauguração da primeira WeWork do Rio. Ontem, no prédio carioca, no centro da cidade, empresários e profissionais das mais diversas áreas se reuniram para comemorar a chegada da empresa que está presente em 19 países e é unanimidade entre seus membros. Agora, o Rio possui um endereço onde o prazer e o trabalho andam lado a lado e a ideia de coworking ultrapassa qualquer conceito limitado.
O endereço é o antigo prédio da Petrobras na Avenida Almirante Barroso, no centro do Rio. A vista vai da Ponte Rio-Niterói ao Pão de Açúcar passando pelo Aeroporto Santos Dummont. E, o recheio disso tudo, a WeWork, que agora também está presente no Rio de Janeiro. “Eu sou de Belo Horizonte, então, a visão que eu tinha do Rio era só de turismo. Porém, desde o dia que anunciamos que abriríamos a WeWork aqui, mesmo em um momento ruim para os cariocas, percebemos que a sociedade civil do Rio está abraçando a cidade. A WeWork, nossos membros e outras empresas por aqui estão trazendo conceitos novos para ajudar a mudar o Rio de patamar”, disse o diretor geral da WeWork no Brasil, Lucas Mendes.
Nos últimos dois andares do edifício – por enquanto, já que os outros quatro ainda estão em obra e deverão começar a funcionar em fevereiro –, cerca de 500 membros já estão instalados na WeWork Carioca há uma semana, desde a inauguração no começo de dezembro. Por lá, a diversidade é um dos pilares desta ideia de comunidade. Ou seja, com representantes do Direito, dos Games, tecnológicos ou de criação, a melhor definição é “tem de tudo”. “Aqui não tem essa que é só para start-up ou empresa grande. Nossas salas recebem desde um advogado sozinho a um grupo super poderoso. E essa diversidade é muito interessante e enriquecedora porque elas acabam se misturando e fazendo negócios entre elas. Fora que, mais que o financeiro, criam e ajudam entre si”, comentou Lucas que destacou que no Brasil e, principalmente no Rio, isso foi questão de minutos. “O conceito principal da WeWork é a ideia de comunidade como um local em que as pessoas trocam ideias e criam juntas. Em alguns países, isso demora um pouco e as relações não são tão espontâneas. Mas, no Brasil, foi super rápido e no Rio ainda mais. Aqui a ideia de dividir, compartilhar e trabalhar com astral já faz parte da rotina do carioca”, completou.
E está sendo neste clima que a WeWork vem fazendo o seu début na cidade. No Rio, como dissemos, a empresa internacional ocupa um antigo prédio da Petrobras que fora desocupado por causa dos recentes casos na petroleira. E esta não é uma oportunidade exclusiva do Rio. “Nós temos uma brincadeira interna que é dizer que a WeWork está ocupando um vácuo de empresas que tiveram que se reestruturar. No Rio, nós nos instalamos em um prédio que era da Petrobras e estava vazio e, em São Paulo, em um da Oderbrecht, que também perdeu espaço. Ou seja, o mundo mudou e o mais legal disso é que estamos trazendo para o prédio várias empresas e ideias legais que fazem parte da WeWork”, disse Lucas Mendes que apontou o resultado de um estudo interno da WeWork que comprova que os prédios ocupados pela empresa ao redor do mundo ficam mais valorizados depois.
Não é para menos. Na Avenida Almirante Barroso, número 81, a WeWork está em um dos pontos mais privilegiados do centro do Rio. “Eu acho que várias pessoas que estavam pensando em sair dessa região, vão voltar a olhar o centro do Rio com carinho. Aqui é muito especial. Além da infraestrutura que temos, a vista é linda e estamos a poucos minutos do aeroporto Santos Dummont”, destacou o diretor geral no Brasil que já tem comprovado essa opinião com a rápida aceitação no primeiro prédio da WeWork na cidade. “A gente abriu com uma capacidade inicial para 500 pessoas e já estava lotado. E isso foi curioso porque ninguém acreditava que seria esse sucesso. Mas é um produto que faz sentido econômico e agrega muitos outros valores”, comentou Lucas que afirmou que o futuro é de crescimento no Brasil. “Aqui no Rio nós começamos com 500 pessoas e acreditamos que até o final de 2018 teremos uma média de cinco mil. E a gente não vai parar com esses três prédios. São apenas os primeiros do Rio, mas, em Botafogo, por exemplo, a procura está sendo absurda e já estamos pensando em novas soluções. Além disso, estamos olhando outras regiões da cidade”, contou.
Afinal, esta é mais uma das vantagens de ser um membership da WeWork. Presente em 19 países pelo mundo com dezenas de prédios nas principais cidades, a empresa oferece a comodidade de circulação livre de seus membros. “A gente quer ser uma solução para os membros trabalharem de diversos lugares. Quando inaugurar os prédios de Ipanema e Botafogo, as pessoas vão poder circular entre eles, assim como podem ir para São Paulo ou Nova York”, comentou o executivo.
E não é a única. Por tudo isso, a WeWork vem como estímulo para quem acredita que o trabalho pode – e deve! – ser algo prazeroso. “Não tem mais aquela visão antiga de que trabalho é a parte chata do dia e o lazer a legal. A nossa ideia é que os membros se divirtam e gostem de compartilhar no Instagram fotos da vista, do chopinho e dos ambientes. É para ser um lugar agradável para chamar os pais e os amigos e, de fato, tornar a obrigação um prazer”, afirmou Lucas que tem recebido uma média de 30 convidados por dia para apresentar as instalações da WeWork e conversar sobre os futuros espaços na cidade – com direito a água, café e até chope na copa do prédio. “É legal”, completou o diretor geral da WeWork no Brasil, Lucas Mendes.
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