*Por Brunna Condini
Prestes a completar 57 anos, em 27 de março, Xuxa Meneghel procura manter o espírito lúdico e a curiosidade de uma criança no seu dia a dia. E foi nessa vibe, que embarcou na descoberta da filha Sasha, que tem feito roteiros como missionária em Angola, na África. Guiada pela filha, Xuxa fala da experiência, em entrevista exclusiva ao site Heloisa Tolipan. E também sobre seus hábitos, amadurecimento e beleza.
Como foi essa vivência através da Sasha? “Ela já foi três vezes. Não visitamos só um projeto, foram dois: um em Luanda, chamado “Baluarte“, que existe há dois anos, e outro em Bié, o “Aldeia Nissi”, que está lá há 12″. Foi tudo mágico…é difícil até de explicar. Fiquei quatro dias em Bié, mais quatro em Luanda e dois dias viajando. Ao todo foram 10 dias de viagem”, lembra.
Vai fazer algum trabalho periódico por lá? “Pretendo ajudar no que for possível, mas sei que minha filha não deixará de voltar e quer conhecer também outras ONGS: tem a “Fraternidade sem Fronteiras”, em Moçambique, que ela quer ir. Quem sabe vamos juntas? Ela também quer ir no Congo. Bem, acho que a Sasha encontrou seu caminho”, diz, com evidente admiração.
Recentemente, Xuxa rebateu críticas que a filha sofreu, pela iniciativa não ter sido no Brasil: “Eu cuidei 28 anos da minha fundação, ajudando 350 famílias. Sasha esteve presente ajudando com brinquedos, roupas, ensinando o que sabia, pintando muro, me apoiando. Não vou admitir ler críticas de um ato cheio de amor”, postou, encerrando a questão.
Xuxa compartilhou os momentos vividos com Sasha e as crianças locais e agradeceu a experiência que fez seu ano começar com as vibrações renovadas: “Receber amor e boa energia é sempre o melhor presente”.O que mais te impressionou?
“A cultura deles que é bem diferente. Eles aceitam que as crianças apanhem dos mais velhos, sejam professores, irmãos ou mesmo de estranhos na rua. Costumam ser muito educados, agradecendo por tudo, tudo mesmo”, conta. “Em Bié, eles fizeram uma fila enorme trazendo e ofertando algo para mim, algo que acredito que não tinham nem para eles, mas culturalmente oferecem as visitas. Não sabiam meu nome e me tratavam como mãe da Sasha, tia ou visita. É muito emocionante ver um povo com tanta dificuldade, mas tão aberto a ajudar, se doar. Me impressionou também a pobreza. Apesar das necessidades enormes eles estão sempre cantando ou dançando”.
E confessa: “Fui pensando em dar algo e só recebi. Eles sonham que seu país se transforme no Brasil, mesmo com todas as nossas dificuldades. Eles não têm grandes sonhos, mas tem um coração enorme”.
Fã declarada da independência e das atitudes de Sasha, a apresentadora comenta a vocação humanitária que a jovem vem desenvolvendo nos últimos tempos. “Admiro tudo na Sasha: seu coração, caráter, amor pelos outros, a beleza que todos veem, e a beleza que poucos veem e sua personalidade. Ela é meu orgulho!”
A loura está feliz e fala sobre o momento profissional na Record. “No primeiro semestre, farei a segunda temporada do “The Four”, agora aos domingos”, revela. E na vida pessoal, também vai tudo bem, obrigada. Vivendo ao lado do cantor Junno Andrade há sete anos, ela recentemente declarou sua felicidade publicamente no Instagram. Considera ele sua alma gêmea? “Não sei bem se ele é minha alma gêmea, pois somos parecidos e também diferentes”.
Considera esta, a melhor relação que já teve em sua vida? “É a relação mais forte que tive até hoje: nunca namorei como o namoro, nunca vivi com alguém como vivo com ele porque não quero só viver ao lado dele, quero morrer ao seu lado, mas antes, quero aproveitar tudo que esta vida tem para um casal”, declara-se.Depois de estar com tantas crianças em Angola, pintou a vontade de adotar uma? “Pintou de adotar algumas. Não penso nisso como uma meta, mas se tiver que ser, será”, responde, deixando a possibilidade no ar.
Ícone de beleza, Xuxa divide alguns hábitos e crenças que cultiva para viver melhor. “Na verdade, ando meio sem tempo para cuidar de mim. Estou há alguns anos sem fazer ginástica e sem tempo de ir na minha dermato, mas continuo não bebendo nada alcóolico, não me drogando, sendo vegana, não colocando a energia da morte dentro do meu corpo e creio que isso ajuda muito. Precisamos de mais amor, mais respeito, assim o povo não se mata, não mata os bichos e respeita a natureza”, diz. “Também cuido do meu interior acreditando em Deus”.
Faria algo diferente na sua carreira? “Me orgulho de tudo. Mas acho que acreditaria menos nas pessoas”Como se vê hoje? “Madura, amada, desejada, feliz, mãe, orgulhosa e vitoriosa!”
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