Depois de uma São Paulo Fashion Week cheia de mudanças – a começar pelo nome, já que, batizada de SPFW N41, adianta a preparação em se aproximar do varejo e do conceito “see now, buy now”, que adotará em 2017, e diversas marcas brilhando no line-up -, nós, de HT, fomos atrás de fashionistas para saber: “Se Paulo Borges – idealizador e diretor criativo do evento – te convidasse para integrar o line-up da maior semana de moda da América Latina, que tipo de coleção você criaria?”. As respostas foram das ousadas às engraçadas, passando, claro, por inspirações de desfiles que foram sucesso e apostas ousadas. Pega na nossa mão e vem!
A empresária, jornalista e consultora fashion Gloria Kalil, autora dos livros “Chic”, “Chic Homem – Manual de Moda e Estilo”, “Alô, Chics!” e “Chic[érrimo]”, contou que seguiria a mesma linha do jovem estilista baiano Vitorino Campos – que também chamou nossa atenção / leia a entrevista aqui –, com uma vibe minimal. “Faria algo com o estilo dele, jamais seria, nem sequer de longe, uma coleção parecida com a do próprio Vitorino, por que ele é muito talentoso. Mas ele é dessa geração que tem pegada minimalista, mas que tem um aporte bem novo. Usa poucos tecidos, mas bons. Eu iria por alguma coisa nessa linha, que gosto muito”, contou.
Lilian Pacce, apresentadora do “GNT Fashion” (GNT), também optou pelo minimalismo: “Eu traria algo mais para Helmut Lang do que para Prada, por exemplo. Faria algo mais discreto”, contou ela, que estudou moda no London College of Fashione na Saint Martin’s School of Fashion, em Londres, e já assinou livros como “Pelo Mundo da Moda – Criadores, Grifes e Modelos”, “Ecobags – Moda e Meio Ambiente”, “Herchcovitch, Alexandre” e outros.
A top Ari Westphal – leia nossa entrevista exclusiva com ela aqui -, revelação da semana de moda paulistana na última temporada e que cruzou a passarela mais de 20 vezes nessa edição, contou que faria algo pensando no seu gosto pessoal – e adicionaria muitas pitadas do estilo agender, que está vivendo seu auge fashion. “Eu acho que criaria uma coleção com pegada mais grunge, rock, alternativo. É difícil, porque penso no que eu uso, mas o que vão gostar é diferente. Acho que traria algo alternativo, uma coleção feminina com elementos homenzinho, sabe?”. Sabemos bem.
Isabella Fiorentino, que brilhou nas passarelas mundo afora nos anos 90 e, atualmente, apresenta o “Esquadrão da moda” (SBT) e marca presença nos principais desfiles – leia nossa entrevista completa com ela aqui -, contou que incluiria uma peça que tomou seu guarda-roupa desde que teve trigêmeos e que, a partir dela, faria uma coleção cheia de bossa. “Faria tudo com tênis, que eu estou mega fã. Acho que ele dá uma desconstruída em qualquer look e fica incrível. Mas não usaria os de corrida. Gosto dos de couro, branquinhos. Ou então apresentaria algo tipo Paula Raia, que achei lindo demais”, declarou.
Rafa Brites, apresentadora do “Superstar” e repórter do “Mais você”, usava um short de alfaiataria quando conversou conosco – leia tudo aqui – e foi justamente esse elemento que ela elegeu como ponto inicial de uma coleção fashion. “Acho que tudo seria com muitos recortes, adoro peça de alfaiataria com recortes. Amo peças que são simples, têm cores básicas, mas têm algo estruturado, ousado, com fenda, decotes. Eu investiria nos shapes estruturados e exóticos e cores neutras”, revelou. Alguém não usaria?
Fernanda Keulla, que atualmente é apresentadora da Rede Globo em Minas, pensou por um tempo e… deixaria os corpos de fora! “Nossa… se o Paulo Borges me chamasse seria uma responsabilidade enorme. Acho que faria moda praia, porque eu amo. O Brasil é um ligar quente independente da estação, porque o calor é humano, os corpos são maravilhosos, então acho que tem que colocar os homens lindos de sunga, sim, as mulheres com biquínis recortados e de decotes maravilhosos, sim. Com certeza seria beachwear”, elegeu. Cheia de personalidade.
Isabella Ridolfi, a top que é nova queridinha de Miuccia Prada e que cruzou diversas passarelas na São Paulo Fashion Week, contou que ficaria na dúvida entre dois opostos: “Eu gosto demais do estilo rocker, então incluiria bastante preto. Mas também sou apaixonada pela alta-costura e pelos vestidos longos e cheios de glamour. Iria por algum dos dois caminhos”, disse. Achamos que qualquer um deles seria sucesso.
A beauty artist Cris Biato, que assinou a beleza cheia de sardinhas do desfile de Wagner Kallieno, optou por algo bem democrático. “Com certeza traria uma coleção plus-size, porque não tem. Eu já fui gorda e sentia muita falta de poder me vestir bem. Não tem roupas bonitas de tamanhos maiores”, apontou.
Já Consuelo Blocker, que nasceu respirando moda – a fashionista é filha do ícone Costanza Pascolato – e tem seu próprio site onde fala tudo sobre o meio fashion, contou que apresentaria uma coleção de básicos. “Traria basics espetaculares para diferentes tipos de corpos, com peças que todo mundo busca: uma camiseta perfeita, uma calça, uma saia, um sapato baixo e outro alto, e uma jaqueta jeans e uma de couro. Abusaria dos tons nas pashminas de todas as cores, estampas, degradês e tie-dyes. Então seriam tons neutros como preto, marinho e branco nas peças básicas e muita cor nos acessórios”, bateu o martelo. Palavra de quem sabe o que diz.
Arlindo Grund, que apresenta o “Esquadrão da moda” ao lado de Isabella Fiorentino, também é consultor de moda e editor do site AGrund e contou que desfilaria… seu armário. É porque, segundo ele, as peças são super ecléticas e favorecem o corpo. “Eu acho que colocaria meu guarda roupa na passarela (risos). É um estilo que mistura alfaiataria com esportes, que contrasta texturas leves com pesadas, estampas com padronagens, metalizado e fosco… enfim, meu guarda-roupa pessoal é uma mistura de estilos mas consciente de que, dentro de cada um deles, tem peças que valorizam meu corpo”, contou.
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