Ele já pediu ao próprio Big Boss para entrar no BBB22, que começa no próximo dia 17. David Brazil disse que não seria desta vez que entraria na casa mais vigiada do Brasil. Mas a pergunta que não quer calar: Boninho respondeu, disse que não rolaria? “O Boninho não me respondeu até agora, fez a ‘egípcia’. Também, estava de férias em Nova York, né, meu bem?”. Além da campanha dos seguidores nas redes sociais – só no Instagram, David tem 8,2 milhões de seguidores – pintou um desejo real de ir para o reality, é um sonho? “Acho que não iria, me tornei dependente do celular. Acho que ia enlouquecer. A não ser que tivesse uns boys muito gostosos, para entreter minha cabeça”, diverte-se. “Tem outro ponto: não sou de polêmica, não sou de ‘fogo no parquinho’. Às vezes me criticam porque vejo brigas na internet e tento contemporizar. Não sou da pá virada mesmo. O povo quer polêmica e eu ia ser uma bicha planta. O que tenho de melhor é o meu bom humor e estou sempre de bem com a vida”.
E revela: “Para A Fazenda me convidaram umas três vezes e eu disse não. Esse negócio de acordar as 6h para me atracar em peito de vaca, não dá (risos). Lá também é frio pra burro. Já o BBB é do lado da minha casa, confortável. Dá até para pensar”.
David Brazil garante que o fato de ser muito amigo de famosos como Anitta, Neymar Jr. e Ivete Sangalo não seria um impeditivo em sua escolha para o elenco do reality. “Tem gente que diz que só com a torcida destes três eu ganharia. Mas não é bem assim. É o público que decide se vai levar alguém adiante ou não, por várias razões. Depois, eu nunca pediria que falassem com seu público para torcer por mim. Conservo essas amizades, porque não sou um mala (risos)”, brinca. “O próprio Boninho me conhece há anos, foi ele que me pôs na Globo, com o Paulo Ubiratan (1947- 1998), fiz minha estreia na minissérie ‘O Fim do Mundo’(1996). Depois fiz com ele também a novelinha ‘Caça Talentos‘ (1996)”.
Fã do BBB, ele arrisca um palpite sobre um dos participantes. “Acho que a Ellen Rocche, que é minha amiguinha, vai estar. O Boninho deu umas dicas para decifrar, que têm tudo a ver com ela: firme como uma rocha, adora um visual diferente, só tem carinha de santa, e podia estar na Broadway. Só pode ser a Ellen. Ia gostar de ver ela por lá”, aposta.
Sobre ser ‘bem relacionado’ no mundo dos famosos, David escancara a ‘cara de pau’ de alguns conhecidos seus. “Tem gente que não falo há tempos e fica me ligando para pedir ingresso para show da Anitta, por exemplo. Ou para festas grandes. Mas o auge foi neste Réveillon na casa do Neymar ter gente mandando mensagem sem parar me pedindo para fazer chamada de vídeo para falar com ele. Pessoas que ele nunca viu na vida. Claro que não fiz, povo sem noção”.
Conquistando e fazendo o bem
Ele conta que desde que ainda era caixa em uma churrascaria no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, frequentada por famosos nos anos 80 e 90, para cá, não poderia imaginar tudo que conquistaria. “Vim de uma família muito pobre, de não ter o que comer. Moro há 20 anos no meu apartamento, em um condomínio de luxo. Lembro que quando a corretora me levou para ver esse apartamento, eu disse pra ela que não era pra mim. Quando entrei, pensei: é um sonho. Lembro que fui jantar com o Romário e comentei com ele. Ele me aconselhou a comprar. Disse que era um incentivo para trabalhar mais. Seria um compromisso meu, com a vida. Comprei em 10 anos financiado. Em três anos e meio já estava pago. Mas trabalhei duro. Nunca tive medo de trabalho, conta David, que acaba de realizar outro grande sonho: construiu uma casa linda em um terreno de 7 mil m² na região da Costa Verde, no Rio de Janeiro.
“Também comprei três apartamentos para minha família, para minhas duas irmãs e suas famílias, e meu irmão, com tudo novo, maravilhoso. Adoro obra, adoro casa. Do pano de chão ao Wi-Fi, penso em tudo. Tem gente que acha que é só botar as pessoas no apartamento, mas ainda os ajudo, sei que a vida está difícil. Todos os dias da minha vida agradeço a Deus. Me sinto abençoado, escolhido. Sou de família crente, mas me considero ecumênico, acredito em Deus, mas vou na macumba, na igreja com pastor, no Budismo”.
Aos 52 anos, David Brazil afirma que sempre teve empatia pelo outro e que nunca esquece suas origens. Tanto, que na pandemia se envolveu como pôde para ajudar quem precisava. “Sempre me vi no lugar das pessoas que não podiam ficar em casa na pandemia, porque precisavam trabalhar. Fiz campanha, comprei centenas de cestas e doei também. Além disso, nas minhas redes sociais fizeram muitos pedidos, alguns foram até golpe e eu cai. Eu fazia o Pix. Depois, quando ia ver a pessoa estava no bar bebendo. Paciência. Mas tem gente que precisava e até hoje ajudo todo mês. Um pedreiro em Aracaju, o seu Antônio, que tem quatro ou cinco filhos. Tem semana que tem trabalho, outras não. Ajudo ele todo mês. E uma família no interior da Bahia também”. E conclui: “Não importa como o mundo está ou vai ficar. Sou o que sou, igual nas redes, na vida. Minha personalidade não muda. E gosto de ser como sou, ainda mais em um mundo, principalmente na internet, cheio de gente hipócrita, que posta uma coisa e faz outra. Não sou assim, sou de verdade”.
Artigos relacionados