Pelo bem: Comunidade indígena Pataxó, em vulnerabilidade pelas chuvas na Bahia, recebe colchões doados pela Ortobom


Os temporais, que colocaram 151 cidades da Bahia em situação de emergência, atingiram também diversas aldeias indígenas no extremo Sul do estado e, de acordo com lideranças, os locais foram alagados, estradas destruídas, impedindo o acesso às comunidades, como a dos povos Pataxó, que perderam moradia e plantações. A Ortobom – maior franquia de colchões do mundo e maior fabricante da América Latina, que sempre apoiou iniciativas sustentáveis que possam reduzir os impactos ambientais na natureza e em conexão com a responsabilidade social para um mundo melhor – foi convidada pelo apresentador Luciano Huck a aderir a uma grande ação solidária para as vítimas das enchentes e disponibilizou a doação de 500 colchões para a comunidade Pataxó, levando esperança

Solidariedade é o substantivo feminino que indica a qualidade de solidário e um sentimento de identificação e sensibilidade em relação ao outro. E é o que tem mobilizado o país para minimizar a dor da população da Bahia afetada pelas fortes chuvas que atingem o estado desde novembro. Com base em informações recebidas das prefeituras, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) atualizou os números da tragédia. São 151 cidades sob decreto de situação de emergência. Até agora já são mais de 815 mil pessoas atingidas pelas enchentes; 520 ficaram feridas e 26 morreram. A Sudec contabiliza 110.067 pessoas desabrigadas ou desalojadas.

Municípios da Bahia completamente inundados pelas águas (Foto: Divulgação)

Os povos indígenas também têm sofrido com a chuvas na Bahia. Os Pataxó, por exemplo, vivem em diversas aldeias no extremo Sul do estado e, de acordo com lideranças, os locais foram alagados, estradas destruídas, impedindo o acesso às comunidades, que perderam as plantações de alimentos para subsistência. Mas, os esforços por fazer o bem têm sido grandes. O apresentador Luciano Huck esteva no Sul da Bahia e mostrou em suas redes sociais a situação de calamidade e viu se formar uma corrente do bem. A Ortobom – maior franquia de colchões do mundo e maior fabricante da América Latina, que sempre apoiou iniciativas sustentáveis que possam reduzir os impactos ambientais na natureza e em conexão com a responsabilidade social para um mundo melhor – se solidarizou e doou 500 colchões para a comunidade Pataxó em total situação de vulnerabilidade.​

Este slideshow necessita de JavaScript.

​O apresentador, que também fez uma doação particular para as vítimas das enchentes na Bahia, através da Ação da Cidadania, mostrou como foi  viabilizada as logísticas para as diversas doações-esperança chegarem a cada família. A empatia e o auxílio são extremamente necessários. No caso da Ortobom, por exemplo, Luciano, no seu vídeo, ressaltou o depoimento do motorista de caminhão Ailton, que levou a doação dos colchões até o Sul de Bahia e falou frases lindas: “Essa ação está promovendo felicidade para os necessitados. Nós todos somos elos. Um elo só é fraquinho, mas, no conjunto, nos tornamos fortes”.

Os Pataxó, registrados nos stories do apresentador Luciano Huck, acompanhando a chegada dos colchões

Mobilização, doações e afeto viram esperança em dias melhores

Já contei aqui no site para você, leitor, que, no verão do ano passado, uma grande tragédia aconteceu no Acre: chuvas torrenciais, surto de dengue, crise migratória, além da Covid-19. E o Brasil ouviu o pedido de socorro. Foram 10 as cidades afetadas pelas fortes chuvas, que provocaram o transbordamento de 10 rios atingindo as casa de milhares de pessoas que ficaram desabrigadas. A campanha “SOS Acre” ganhou repercussão nacional diante das cenas de desespero da população e foi capitaneada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJ-AC). Em parceria com o apresentador Luciano Huck, a Ortobom doou colchões para a campanha e distribuídos para diversos municípios.

Um ano antes, foi a vez de Minas Gerais. As chuvas torrenciais do verão inundaram municípios de Minas Gerais, contabilizando mais de 58 mortos, 65 feridos e 53 mil pessoas desabrigadas. Cidades em situação de emergência. Vicente Carvalho – criador do inspirador site Razões Para Acreditar, que há oito anos divulga e faz pontes entre demandas, ações e doações para causas sociais – se mobilizou assim que teve conhecimento da situação em Minas Gerais, mais especificamente do município de Raposos. Publique aqui no site que Vicente foi às redes sociais fazer um apelo ao apresentador Luciano Huck, que imediatamente contou com a solidariedade da Ortobom. Em dois dias, uma frota de caminhões com 500 colchões doados chegou à cidade atravessando estradas repletas de lama.

“Acompanhamos a entrega dos colchões, conversamos com as famílias. O colchão, o lugar onde dormir, representa o afeto e o abrigo. E a água na casa da maioria das pessoas passou o teto. A população perdeu tudo. Então, com o gesto ficaram muito agradecidas”, nos disse Vicente Carvalho, que acompanhou a entrega dos colchões feitas através do cadastro da Casa de Gentil.

Mas por que chove sem cessar na Bahia?

Depois de atingir o Sul e Extremo-Sul da Bahia, as chuvas agora seguem para a região Oeste do estado, alarmando a população e poder público. Segundo especialistas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), alguns fatores podem explicar as fortes chuvas no estado. Um deles, é a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) – uma extensa faixa de nuvens carregadas -, que podem manter chuvas com intensidade fraca, moderada e forte na região.

Mais dois fatores podem explicar as tempestades: a convergência de umidade, que é uma faixa que vai desde o Oeste do Amazonas até o Mato Grosso, Goiás, de boa parte da região Sudeste e pega uma parcela do extremo-sul da Bahia. Outro ponto, é a ocorrência do La Niña, um sistema oceânico-atmosférico que promove um resfriamento na costa do Peru, influenciando na circulação global dos ventos.

Os temporais deixaram um ambiente de desolação na vida muitas famílias no final de 2021 e começo de 2022. E olhar para o outro, tentar se colocar em seu lugar e fazer o que tiver ao seu alcance para ajudá-lo, faz toda a diferença. A solidariedade é um valor humano universal, presente em todas as culturas, e não é um sentimento vago de compaixão pelo sofrimento alheio, e sim uma espécie de comprometimento interno pelo bem comum. É se importar. E tudo pode começar por abraçar uma causa, como a das enchentes na Bahia.

Bahia – Distrito de Nova Alegria, em Itamaraju, próximo às aldeias do povo Pataxó (Foto: Divulgação)

Quem recebe o auxílio é beneficiado, mas quando deixamos um pouco nossa vida de lado e direcionamos nossa atenção por um tempo para quem precisa de ajuda, também nos beneficiamos. Essa troca sempre foi importante na humanidade, nos fortalece. Afinal, como nos ensinou o poeta inglês John Donne (1572-1631), “Nenhum homem é uma ilha”, não é mesmo? Ser resiliente é pessoal, mas ser solidário é do coletivo, do amor e o que ajuda na superação de quem sente alguma dor ou enfrenta alguma necessidade. Então, por que não enchemos nossos corações de empatia, doamos o que for possível individualmente e recebemos de volta a satisfação de saber que fizemos a diferença na vida de alguém em um mundo ainda tão caótico? Vai aquecer, nos abastecer e ao outro, com doses extras de esperança por dias melhores, que virão.

Este slideshow necessita de JavaScript.