Coluna da Véia: Zé Pedro mistura Cauã e Canivello, junta gordura, João Bosco e Carlinhos Brown, e finaliza com uma porção de humor e uma pitada de acidez


Na receita da semana, nosso colunista faz uma Festa de Babette com um banquete para olhos, ouvidos e coração. Vem ler e se lambuzar!

*Por Zé Pedro

Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós!

Finalmente teve sexo gay na tv aberta! A bundinha do português eu não conhecia, mas o corpinho do Caio Blat já tive o prazer de verificar frente e verso no filme “Cama de Gato”, com o qual ele ganhou o prêmio de maior…..deixa pra lá. Agora a véia quer saber: por que toda vez que tem homossexualidade na Globo toca sinfonia de Mahler? Alô, alô diretor, sugiro pelos menos um Antony Hegarty, porque eu sou viado mas não choro só com a trilha de “Morte em Veneza”!

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Pra não falar besteira consultei meu oráculo da moda, o stylist Paulo Martinez que confirmou comigo: o desfile da Maison Margiela Outono- Inverno 2016 foi de arrasar quarteirão. John Galliano, que está no comando da criação desde 2014, pode ser uma bicha maluca bipolar e ter se metido em encrencas e polêmicas inacreditáveis (vai dizer que não sabe?) mas só me resta dizer: é o maior! Só o primeiro look já me deu vontade de passar o cartão de crédito ( e já ouço a voz da vendedora: “declined”)

Tudo certo, o Cauã Reymond é lindo, o Cauã Reymond é ótimo ator mas.. verdade seja dita: por trás, pela frente, pelos lados desse grande homem existe um nome: Mario Fernando Canivello. Acostumado a cuidar bem de perto da mídia de gente poderosa como Chico Buarque e Marisa Monte, Mario resolveu se aventurar pelo campo do empresariamento e, mais uma vez, mostrou por que é o preferido das estrelas. Só esse mês ele e seu pupilo quase quebraram a internet, com Cauã encarnando uma transexual no clipe de Barbara Ohana e agora torna seu artista insuperável ao colocá-lo na campanha da Givenchy Jeans ao lado de….Gisele Bündchen! A bossa nova é foda, disse Caetano. Eu digo, Canivello também.

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Paulo Miklos saiu do Titãs. Mas cá entre nós, isso é assunto para capa de jornal? Esses caras sempre foram gênios em suas individualidades, sempre criaram de forma independente, qual é a surpresa? Talvez a entrada de Beto Lee, filho de Rita, que um dia foi expulsa dos Mutantes kkkkkk. Ou seja, Arnaldo amava Charles que amava Frommer que amava Nando que amava Sergio que amava Bellotto que amava Branco que amava toda a quadrilha!

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E o AB Crack? Agora só se fala no tal “vão” que surge no meio do abdômen ultradefinido. Se toda essa busca rimasse com saúde perfeita até me empolgava mas como não me convence, fico por aqui no.. AB Fat, a tal gordura que surge no meio do meu barrigão. Salve a pizza de domingo!

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São Paulo essa semana foi palco da estreia de um dos espetáculos mais lindos da temporada: “Antonio Carlos Brown, Um Popular Brasileiro”. Dirigido por Paulo Borges, que anda surpreendendo nessa área após os sucessos das encenações de Alice Caymmi (“Rainha dos Raios”) e Fafá de Belém (“Do Tamanho Certo Para o Meu Sorriso”), Brown fez um inventário emocionante do seu cancioneiro onde as baladas conviveram harmoniosamente com os axés eletrônicos. Agora você já sabe: chegando na sua cidade, não perca. As fotos são de minha autoria porque a Véia, agora também é fotógrafo. Te cuida, Mick Rock!

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Hector Babenco partiu. Aqui em casa, deixa três clássicos: “O Rei da Noite”, “Lucio Flávio, O Passageiro da Agonia” e “Pixote: A Lei do Mais Fraco”. Depois, na minha humilde opinião, foi muito barulho pra pouca resultado. Polêmico com rasgos de genialidade, Babenco deixa uma filmografia extensa e diversa. Procure e verás.

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Comemora-se nessa semana os 70 anos do mineirinho mais amado do Brasil: João Bosco. Com uma obra extremamente política que enfrentou a ferro e fogo os anos de chumbo desse país, João na década de 80 partiu para os boleros amorosos sem nunca deixar o samba, sua casa real, de lado. Os meus álbuns de cabeceira do grande mestre são esses:

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Eu sei que está cada vez mais difícil ser original nesse mundo de tantas glórias já cumpridas mas não dá para dupla eletrônica francesa Justice colocar o nome de seu novo single que acaba de vazar na rede de “Safe and Sound” sendo que, apesar de já ter três anos, ainda estamos dançando e cantando outra “Safe and Sound” a do Capital Cities. Será que por aqui o Jota Quest vai lançar uma inédita chamada… “Tá Tranquilo, Tá Favorável”? Me ajuda aí!

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“Me faça uma pergunta que eu nunca ouvi
Que eu te dou uma resposta que eu não sei”
(Alvin L)

Zé Pedro é um artista dedicado à Música Popular Brasileira. Apesar de ser conhecido com um DJ que toca vários estilos musicais, é considerado uma enciclopédia da MPB. Nessa área, ele atua em qualquer esfera de produção de remixes, a publicação de um livro e a inauguração do selo Jóia Moderna, em 2011, que já conta com mais de 20 discos lançados até agora, resgatando o trabalho de cantoras de outras gerações, criando tributos a grandes compositores e lançando novos talentos do pop brasileiro. Mais recentemente criou o Canal da Véia (como ele se refere a todo mundo e a si mesmo) no YouTube, que já é um sucesso.