*Por João Ker
Não há para onde ir nos últimos meses, sem ver ou ouvir algo relacionado a Chay Suede. O ator e cantor parece ter conquistado o país inteiro com seu jeito caladão e ar misterioso desde que apareceu como a versão mais jovem do Comendador Zé Alfredo, no início da novela Império, de Aguinaldo Silva. Agora, as fãs histéricas e os admiradores do rapaz podem conferir sua verve cômica com a estreia de Lascados, nos cinemas a partir desta quinta (18).
Em seu primeiro longa-metragem, Chay aparece ao lado de Paloma Bernardi, José Trassi, Paulo Vilela e João Côrtes, enquanto o grupo se diverte a bordo de uma Kombi pelo litoral do Nordeste. Se a comédia parece inicial para o atual status do rapaz – que discretamente vem distanciando seu nome de produções como “Ídolos”, “Rebeldes” e “Milagres de Jesus”, das quais participou no início da carreira -, pelo menos já serve como prova de que o cara é um desses talentos que raramente surgem no Brasil, onde o artista combina versatilidade com carinho do público.
É quase impossível pensar em Chay e não compará-lo com Fiuk. Os dois atuam e cantam, têm suas músicas autorais, papeis em novelas (apesar de Suede ter se saído bem melhor nesse quesito – e nos outros), já passaram pela MTV e, coincidentemente, também já se relacionaram com Sophia Abrahão.
“A Hora do Chay”
A questão é que Chay sempre teve um lado simpático e, ao mesmo tempo, sempre soube manter um pouco do ar misterioso que tanto encanta as mulheres e fez com que o próprio se autodenominasse “o James Dean tupiniquim”. Após sua participação em Império, o ator vem sendo convidado para desfiles, aberturas de lojas, editoriais de moda e campanhas publicitárias, se tornando o novo “it boy” do país, se é que esse termo existe, se inserindo no imaginário do público.
Chay participando do Top 10 do “Ídolos” – 2010
Para aqueles que, por algum motivo, ainda acham que o rapaz tem muito a provar, talvez seu próximo trabalho encarregue-se disso. Chay emendará duas novela das 21h e foi escalado para participar de “Babilônia”, trama de Gilberto Braga que substituirá Império em fevereiro do próximo ano. E não é qualquer papel que o ator desempenhará: ele será o filho de Fernanda Montenegro e Natália Timberg, um casal de lésbicas que promete tanto cativar o público quanto levantar discussões produtivas a respeito de homofobia e aceitação, temas que parecem ter entrado permanentemente nas cartilhas da teledramaturgia. Isso somado à carreira de músico que o capixaba não pretende largar tão cedo, lhe garante mais alguns anos para consolidar de vez seu nome como um astro de peso.
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