A marca da pantera: como no filme de Nastassja Kinski, Cartier seduz com olhos felinos no badalo da Panthère Collection, no Rio


Nem tudo que reluz é ouro! Na luxuosa festa que comemorou os 100 da linha, realizada na casa do colecionador Guilherme Magalhães Pinto, mulheres assumem versões premium de Mulher Gato, Cheetara e Sheena, a Rainha da Selva, em composições para lá de selvagens!

Fundada em 1847, a Maison Cartier é símbolo do design clássico sofisticado, mas atemporal, desde quando seu fundador, Louis-François Cartier, herdou do seu mestre joalheiro Adolphe Picard o ateliê da Rue Montergueilem Paris. Além do logo que engloba o losango com suas iniciais, a Panthère Collection, com joias que tinham como inspiração o felino, se tornou ícone do grande luxo há exatos 100 anos, motivo que leva agora a grife a promover uma festa que foi realizada nesta noite de quarta-feira (29/10) no Rio, na casa do empresário e colecionador de arte Guilherme Magalhães Pinto, na Gávea. Para celebrar a nova fornada de peças da coleção e comemorar data tão emblemática, o badalo contou com Christophe Massoni, presidente para América Latina e Caribe, e Maxime Tarneaud, gerente geral da Cartier no Brasil, que, além do agito, ainda apresentaram a expo que conta a história desses preciosos objetos do desejo.

Gisele das selvas: uma das inúmeras campanhas da Cartier em que a pantera é top absoluta (Foto: Divulgação)

Padrão Gisele: uma das inúmeras campanhas da Cartier em que a pantera é top absoluta (Foto: Divulgação)

O evento teve assinatura da Pazetto Events, de Carlos Pazetto, que – multi disciplinar como um Woody Allen – foi responsável pela direção, cenografia e produção do evento, só faltando subir no palco e cantar. Bom, HT até brinca com a versatilidade do rapaz, mas a verdade é que ele é dá mesmo conta de múltiplas funções.

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Fotos (Divulgação)

Entre tantas fofuras na comemoração, foi servida uma edição especial de Johnnie Walker Blue Label Bossa in Blue -, que traz o Rio no rótulo e que tem lançamento marcado para a segunda semana de novembro.

A história da maison e das joias de bichos é digna de um filme. Aliás, Hollywood adora animais capazes de hipnotizar mulheres, como em “A marca da pantera” (Cat People, de Paul Schraeder, Universal Pictures, 1982), filme que ajudou a consolidar a carreira de uma pantera de primeira grandeza, Nastassja Kinski, hoje sumida. Obcecado por esses felinos, Louis Cartier desenhou o primeiro item do tema em 1914, quando encomendou o desenho de uma senhora usando joias ao lado de uma pantera negra ao artista francês George Barbier. A partir daí, a coisa decolou, com a primeira peça sendo um relógio de pulso em que as manchas da pele eram ônix e o fundo branco de diamantes, ainda na década de 1910. Mas, para o joalheiro, a primeira mulher pantera foi Jeanne Touissant, cujo apelido era La Panthère e que acabou se tornando diretora criativa da grife.

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Em 1948, Jeanne cria um broche do animal  encomendado pelo Duque de Windsor para a sua esposa, a chiquerésima americana Wallis Simpson. No ano seguinte, a maison começa a produzir uma coleção inteira para a marca com joias que passam a ser cobiçadas pelas mulheres. De lá para cá, todo mundo sabe no que deu a genial parceria entre Cartier e a designer de joias.

Bons tempos: o famoso broche de pantera arrematando a laçada do vestido, símbolo pré- crise do petróleo, quando extravagâncias desse tipo eram mais comuns(Foto: Reprodução)

Bons tempos: o famoso broche de pantera arrematando a laçada do vestido, símbolo pré- crise do petróleo, quando extravagâncias desse tipo eram mais comuns (Foto: Reprodução)

Agora, a nova coleção vem mais selvagem do que nunca, capaz de fazer “roarrrrr” e seduzir não só as mulheres, como também aqueles homens que sabem conquistar sua cara metade com savoir vivre. Na linha, comparecem aneis, colares e braceletes, totalizando 14 peças difícílimas de serem identificadas como a mais bonita. Mas, como HT ama de paixão a Mulher Gato, a escolha recai pelo anel que apresenta inédita técnica de metal vazado, com cortes geométricos, esculpindo a cabeça da fera, com olhos em esmeralda e focinho ônix. Vale lembrar que a versão em ouro branco é toda cravejada de diamantes. Luxo nada cool.

O anel que HT elege como sonho de consumo digno de loucuras (Foto: Divulgação)

O anel que HT elege como sonho de consumo digno de loucuras (Foto: Divulgação)

E, considerando que a brand atendeu, ao longo de sua história,  mulheres felinas como Barbara Hutton, a Princesa Nina Aga Khan, a Duquesa de Windsor,  Daisy Fellowes e até a diva maior do cinema latino na Era do Ouro de Hollywood, Maria Félix – uma espécie de Cristina Franco da época batizada como a pantera mexicana – imagina-se que as peças, apesar dos preços, vão voar rápido para os braços, dedos e colos das felizardas bem-nascidas. Ou das bem-casadas, óbvio. Afinal, quem seria o louco de trocar uma black panther genuína por  jaguatirica do brejo, não é, meu bem? As peças já estão à venda nas boutiques da grife nos shoppings Cidade Jardim, SP, e Village Mall, Rio.

A over diva mexicana Maria Félix, em foto de 1975: a estrela abusou das joias inspiradas por bichos da Maison, usando toda a Arca de Noé, inclusive o famoso colar "Crocodilo" (Foto: Reprodução)

A over diva mexicana Maria Félix, em foto de 1975: a estrela abusou das joias inspiradas por bichos da Maison, usando toda a Arca de Noé, inclusive o famoso colar “Crocodilo” (Foto: Reprodução)

Confira as fotos de quem passou no badalo, com vip list de Patricia Brandão:

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Fotos: Bruno Ryfer / Trezze Imagem (Divulgação)