*Por Kika Gama Lobo
Você acha que fazer balé, depois dos 50 anos, ciente que nunca bailou nos Municipais da vida, não é para você? Nananinanão. Eu estou há mais de um ano fazendo aulas de ballet fit no STUDIO NIQUÊ do competente e gato professor de ginástica e coach de atletas de alta perfomance, Christian Quintão. Minhas colegas de balé têm idades diferentes. Nenhuma delas é expert na modalidade e temos corpos, pesos, fôlegos diferentes, mas juntas somos um time e tanto. Tem curadora de arte; jornalista; consultora de mercado de luxo; secretária profissional; artista… na unidade do Leblon as aulas também tem sua “ família” e quem entra no balé na maturidade não abandona jamais.
A postura muda; as pernas e braços enrijecem; você perde peso e ganha graça. A minha professora de balé, Fernanda Duarte, é bailarina profissional e coreógrafa. Além de linda, ótima líder ela também sacou nossas necessidades e foca em ajudar na contração do períneo, dá muita repetição de braço e abdômen; nos ajuda a conhecermos melhor nosso corpo e a usá-lo em momentos de crise como quedas; orienta sobre danos no labirinto e dores lombares e na cervical. Pelo que se vê, ela entende muito da máquina da mulher madura.
Em dias alternados temos valsa, modinhas e toadas. A trilha sonora é clássica, mas, de repente, um Despacito. Usamos peso, bolas, fitas, barra, chão. Para as mais aplicadas tem alguns aulões aos sábados e apresentação de fim de ano com coreografia e figurino próprios. Fernanda, ao final de cada aula nos presenteia com um texto, que lê em voz alta, sempre durante nossa meditação. São trechos de mensagens de auto-ajuda; de mergulho interior; de chamamento para a vida. Desde que eu comecei a dançar, sou mais feliz. Tá esperando o que para mudar de vida? Vem bailar comigo!
STUDIO NIQUÊ
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