*Por Malu Porto
Para os solteiros da pandemia, o cardápio de opções fica entre migrar para os aplicativos online ou reativar paixões antigas e contatinhos, como conta a atriz Fernanda Paes Leme, que está fazendo bastante sucesso com sua websérie Fake Live no Instagram. Quando perguntada sobre como está lidando com o psicológico durante esse período de “seca”, Fernanda confessa: “Já passei, sem dúvida mais tempo do que esse da pandemia sem transar. Até mais do que quatro meses. Mas essa coisa da proibição, de não sair de casa, parece que a vontade ficar mais latente. Mas como eu aproveitei bastante o carnaval (risos) e eu também sou adepta de ‘brinquedinhos’, vibrador e etc., não estou sofrendo muito não, nem perto disso. Estou em um momento de me conhecer mesmo”.
Oi, sumida.
Por ser uma pessoa pública, Fernanda comenta que está conseguindo tocar a vida amorosa fora dos aplicativos de paquera online e que acabou resgatando antigos “contatinhos” em encontros virtuais: “O clássico ‘Oi, sumida’ aconteceu comigo e levei da melhor forma possível. Obviamente rolou de dar uma recapitulada em alguns ‘candidatos’ do passado, tive até alguns dates por vídeo, mas não evoluiu pra mais nada”.
A atriz Cleo Pires também também já revelou que possui vários “contatinhos” e ser adepta dos encontros virtuais para aguentar a solidão do confinamento: “Vocês que têm um @ nesta quarentena, trate de ficar com eles, porque, manas é cada gatilho…”, brincou em sua conta oficial de Twitter.
O cuidado com as desilusões
Para o ator e apresentador do programa Catfish da MTV, Ciro Sales, que analisa esse mundo de relacionamentos virtuais, desmascarando pessoas que criam perfis falsos para se relacionar, diz que certamente a época do confinamento vai gerar muito conteúdo para a nova temporada do programa, ainda sem data para estrear: “Ao contrário do que sempre pensei, entrei em contato com muitos relacionamentos virtuais que substituíram completamente o presencial. Conheci pessoas vivendo relações exclusivamente online sem nunca terem se encontrado”.
No entanto, Ciro alerta: a migração da paquera para o ambiente digital pode gerar muitas ilusões e decepções, e aconselha: “Você está conversando com alguém bacana, criou um mínimo de intimidade, liga logo a câmera. Pede para fazer o date por vídeo. Pode até jogar durante a conversa um ‘’Vamos nos ver? Vamos nos conhecer?’, pois isso já diminui o risco das decepções e conduzir a paquera para o campo da honestidade”.
Sexo virtual e primeiro date em casa
Para a advogada Paula Gomes, 34 anos, a carência da quarentena a impulsionou a tentar coisas novas e revelou que, semana passada, teve a primeira experiência de sexo virtual: “Sempre tive muito medo de tentar o sexo virtual pela exposição. Imagina se a pessoa faz um print seu pelada, fazendo poses. Mas resolvi arriscar e foi muito bom! É claro que não substitui o toque, mas acaba indo para o campo do fetiche. Dá para botar uma máscara, usar a criatividade para evitar algum constrangimento do depois”, brinca.
Já no caso da carioca Amanda (nome fictício), 27 anos, o tesão acumulado falou mais alto e ela conta que também arriscou-se ao topar ir na casa de uma paquera virtual durante a quarentena: “Ele me jurou que estava há meses sem ver ninguém. Como eu também estava, aí resolvi arriscar. Nunca tinha ido num primeiro date direto para a casa de alguém, sempre marcava um chope ou um jantar, mas como não tenho coragem ainda de frequentar bares e restaurantes, decidi passar por cima de certas regras. Foi interessante, mas rolou uma leve culpa depois por ter quebrado o confinamento”.
Ainda é cedo para concluir se os relacionamentos virtuais vieram para mesmo para ficar e certamente não substituirão completamente o “olho no olho”. No entanto, o cenário que vem emergindo num Brasil pandemia é certo: muitos amores ainda irão se revelar por detrás das telas.
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