Aos 20 anos, Larissa Busch comenta os trabalhos de modelo, o sonho do cinema e a carreira de DJ: “Quero ver fazer música com verdade, que toma o corpo todo”


A relação com a música vem desde cedo, mas a nova paixão de Larissa foi descoberta recentemente, após convite para “Sophie, Charlotte e os Quase-Adultos”

larissa busch

Para dançar: “É papel do DJ fazer esse exercício de leitura e interpretação da pista” | Foto: reprodução Facebook

A relação com a música começou cedo, nas aulas de música da escola. Cantando Caetano Veloso, João Gilberto, Tom Jobim e Gilberto Gil, a paixão pela música brasileira aflorou na sala de aula, enquanto o rock foi influência dos discos do pai e da irmã mais velha. “Me lembro de ter colocado Elis Regina, Rita Lee, Pink Floyd e muita coisa dos Beatles. Me lembro do dia em que chorei porque descobri que o John Lennon estava morto. Chorei como se ele tivesse morrido ali, em 2005”, diz Larissa Busch, que do alto de seus 20 anos já possui no currículo trabalhos como modelo, DJ e atriz.

As lições de DJ vieram de um ex-namorado, aos 16 anos, com quem também teve muita troca musical. “Eu amo buscar coisas novas, me surpreender, encontrar sons que me despertem uma emoção diferente. Hoje em dia a gente vê tanta coisa indie, hipster, superfaturada, vendida, fazendo show por aí sem emoção nenhuma. Chega ao vivo e faz feio! Quero ver fazer música com verdade, com sentimento, que toma o corpo todo”, comenta ela, que é fã de Caetano à Nina Simone, de Disclosure à Beyoncé.

Mas essa amplitude musical se estreita nos eventos em que toca: “Amo música brasileira, jazz, soul, mas praticamente nunca tenho a oportunidade e espaço para tocar isso. Uma frase que escutei na primeira festa em que toquei na vida foi ‘lembre-se que você está comandando uma pista de dança, não o som do seu quarto’, e guardei esse conselho comigo!”. E complementa: “Acho que é papel do DJ fazer esse exercício de leitura e interpretação da pista de dança. Quem são essas pessoas? O que elas estão fazendo? Que som é a cara dessa marca? Faz toda diferença! Cada set é único, específico e pensado”.

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A DJ não usa maquiagem, preferindo cuidar da beleza com boa alimentação e bastante água | Foto: reprodução Facebook

Sobre trabalhar como modelo ou como DJ, Larissa não tem dúvidas: “Prefiro trabalhar como DJ, me sinto mais em contato com a arte do que modelando. Modelar é muito vazio. Você chega em casa cansada e tudo que você fez foi vestir roupa e fazer poses, para marcas faturarem vendendo produtos. Quando toco tenho o poder de despertar sorrisos, danças, memórias… Além de ser muito mais recompensador”.  A DJ contou também que não usa maquiagem, e prefere cuidar da pele se alimentando melhor e ingerindo bastante água. “É uma questão de saúde. Grande parte dos produtos possuem substâncias tóxicas que detonam e viciam a nossa pele. As mulheres acabam usando cada vez mais maquiagem para corrigir os defeitos causados por esses mesmos produtos. Por que ao invés de tentar esconder, não buscam tornar a sua pele realmente bonita?”, questiona.

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Sophie, Charlotte e os Quase-Adultos: “O que é ser adulto? Para aonde vai a magia de ser criança quando crescemos?”

E embora ame tocar, a estudante de publicidade da UFRJ não pensa em seguir a carreira, nem ingressar no mundo corporativo. A nova paixão foi descoberta após ser convidada pela amiga Rafaella Buzzi para participar de “Sophie, Charlotte e os Quase-Adultos”, um curta de ficção que acabou de arrecadar o valor necessário para ser gravado. Com direção de Rafaella, o filme é sobre a passagem para a vida adulta e sobre como muitas vezes perdemos a conexão com quem somos em essência. Larissa e a pequena Georgia Franco vivem Sophie, a irmã de Charlotte (Fernanda Pieroni) que cresce de uma hora para a outra.

 “O que mais amo é atuar e pretendo, um dia, trabalhar somente como atriz. Agora estou sem tempo para me dedicar a estudar o que amo, mas em breve tenho planos de focar minhas energias nessa área”, finaliza. Menina prodígio!