*por João Ker
Controlar as emoções e absorver o público através do ritmo das cores. São esses os objetivos e efeitos do trabalho da artista contemporânea Taisa Nasser, que acaba de lançar seu livro “Alchemie der Farben – The Alchemie of Colors” no mercado editorial carioca, exclusivamente nas lojas da Livraria da Travessa. Elmar Zorn, antigo responsável pelo departamento de arte de Munique, assina a autoria do livro, enquanto traça um paralelo entre o processo criativo de Nasser e o de um alquimista.
Taisa Nasser tem sido celebrada por críticos de arte e pelo público do mundo inteiro. Assim como aconteceu com o espanhol Pablo Picasso no início de sua carreira, a obra da artista brasileira vem sido apreciada com entusiasmo pela Alemanha, e sua popularidade já se expandiu para outros cantos da Europa, como França e Polônia. Ela, que também é arquiteta, vê na construção do espaços uma forma de absorver o público e infligir emoções violentas ao mesmo. Para isso, a artista usa telas gigantes que engolem o espectador através de formas e texturas que indicam movimento. É essa “guia do olhar” que provoca no organismo humano sensações catárticas ou repudiadoras. Esses efeitos são analisados no livro pelo curador Jochen Boberg e pelo professor-doutor de história da arte Dieter Ronte.
Outra forma que a artista usa para se expressar são vídeos-arte e instalações que servem como uma plano de fundo ruidoso para a experiência que seus quadros propiciam. Esse viés menos impactante de seu trabalho será repetido também em Alchemie der Farben 2, onde o novo foco de estudo para Taisa Nasser será o conceito de ritmo através da lucidez humana. Mas por enquanto, contente-se apenas com o primeiro volume que chegou há pouco no Rio, porque o segundo só sai no final do ano.
Fotos: Divulgação | Site Oficial Taisa Nasser
Performance do livro “Alchmey of Colors” em Berlim
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