Depois de ter feito história como uma das pioneiras em arte contemporânea no Brasil a aderir ao uso do “Non-fungible Token”, o NFT, que permite autenticar uma obra digital, Paula Klien tem duas super novidades para esse mês de setembro. Seus recentes trabalhos, a série “Mother Flower” e a peça “Batismo”, serão apresentados, através do ambiente phygital, ou seja, formatos físico e digital, em duas importantíssimas mostras: a ArtRio 2021 e a Hamptons Fine Art Fair 2021.
Vale lembrar que um comprador de um NFT adquire o registro de propriedade de uma obra única. Os NFTs têm chamado a atenção após somas milionárias terem sido usadas para comprar esse tipo de ativo na internet. Agenciada pela Metaverse Agency, ela lançou sua chancela na principal plataforma de negociação de NFT no mundo, a MakersPlace, com o primeiro drop em collab com o canadense Jeff Lemay.
As obras “Mother Flower” e “Mother Flower II” serão exibidas na ArtRio 2021, uma das principais exposições da América Latina, entre os dias 8 e 12 de setembro, na Marina da Glória, e você pode acompanhar também pelo site ArtRio.com. A série estará no espaço da Metaverse Agency, galeria brasileira focada no segmento de arte digital.
“Mother Flower” é uma série de digigrafias, uma simbiose entre pinturas feitas com nanquim, uma tradicional tinta chinesa, e fotografias fluídas tiradas dentro de um aquário. Esta coleção contou com a colaboração do artista visual Sol Galvão e do designer de som Pedro Conforti. Paula nos propõem um olhar para o fluxo de nossas vidas.
Criando telas de grandes dimensões nas águas doces de rios brasileiros, a artista plástica submerge flores para “Mother Flower“. Depois, as flores são espelhadas e a magia da infância é eternizada pela autofagia da obra original. Possui seus ângulos fracionados, fragmentados, estilhaçados e multiplicados. Mas, ao mesmo tempo, somos seduzidos por um caleidoscópio de fluidez ambígua, representada pela divergência e convergência, contração e expansão, o famoso: Yin Yang.
Paula Klien, que certa vez nos disse “Eu sou arte, como arte e respiro arte”, fala sobre o trabalho desafiador, cujo ativo digital da obra de arte que se torna um NFT ao ser registrado pela tecnologia blockchain, ganha uma sequência única de dígitos. Assim, qualquer pessoa pode verificar sua autenticidade e propriedade, tornando a falsificação desse ativo impossível. “É especialmente desafiador inserir um trabalho que fala de tradições, no território futurista do NFT. Preservando a essência das obras, tenho buscado a forma mais simples possível de digitalização”.
Diversos de trabalhos de Paula foram expostos no Brasil e no exterior e ela tem visto sua arte ganhar o mundo nesses tempos de pandemia através do ambiente híbrido. Só para vocês terem uma ideia, nos últimos meses, ela apresentou sua obra em nanquim sobre tela, batizada “Pranto e Baba”, na coletiva “Arte da lembrança”, promovida na Bianca Boeckel Galeria, que Bianca pediu aos artistas que fizessem uma imersão em suas memórias afetivas neste tempo tão difícil que estamos atravessando com a pandemia do coronavírus; na SP-Arte Viewing Room, versão inovadora e virtual da SP-Arte – Festival Internacional de Arte de São Paulo, um dos mais importantes eventos do mercado no mundo e na 10ª edição da ArtRio, que reforçou seu propósito em desenvolver um trabalho focado na valorização da arte brasileira e latino-americana. Ao entrarem no site www.sp-arte.com, repleto de projetos de galerias de arte e design, os amantes da arte puderam ver o ambiente assinado por Bianca Boeckel Galeria, no qual estavam obras de autoria de Paula Klien, tais como as das séries “Correnteza”, “Fluvius” e “Calmaria”.
E vamos falar agora sobre a obra de arte “Batismo”, que segue em versão digital para a Hamptons Fine Art Fair 2021, entre os dias 5 e 7 de setembro, no Southampton Arts Center, em Southampton (Nova York).Foi realizada partir de um trabalho de nanquim sobre papel e será exibida de maneira digital em Non-fungible Token, o NFT. A peça teve a colaboração do sound designer Antonio Simonetti.
Nova York, Buenos Aires, Berlim, Londres e Itália. Além de ter cruzado diversos países, Paula Klien também atravessou o mundo das artes nas suas mais diversas vertentes: trabalhou com música, dança, fotografia e pintura. Ela conta que seu interesse nesse meio começou desde cedo e surpreendia a família pela acuidade. Quem conhece Paula sabe dos seus intensos processos criativos na vida e na arte. Influenciada pela filosofia oriental milenar, pela fluidez e aceitação das imperfeições, o uso de nanquim e água para pintar papéis e telas de grandes dimensões são sua marca registrada. Ela conta que essas inspirações vêm da China, do Japão e da Alemanha. Além da pintura, a digigrafia e a fotografia, também fazem parte de sua jornada.
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