Os mais badalados arquitetos e decoradores prestigiaram o lançamento da Pop-se + Art Book Decornautas, na Artefacto, no CasaShopping


O lindo Art Book Decornautas (com dois volumes) e a revista Pop-se, com Vera Fischer na capa são projetos que vieram para dar um gás extra em nosso combalido mercado editorial. À frente dos projetos, estão os jornalistas Allex Colontonio e André Rodrigues

O lançamento da Pop-se + Art Book Decornautas, na Artefacto, no CasaShopping

Curte arquitetura, decoração e lifestyle? Agora pense no Art Book mais incrível dos últimos tempos lançado no Brasil! Sim, é o Art Book Decornautas. E a nata da arquitetura e decoração esteve semana passada no showroom da Artefacto, no CasaShopping,  para prestigiar o lançamento no Rio do lindo Art Book Decornautas (com dois volumes) e da revista Pop-se, com Vera Fischer na capa e que o site HT contou aqui todos os detalhes para você. Os projetos que vieram para dar um gás extra em nosso combalido mercado editorial são conduzidos bem de perto, e com olhos de lince, pelos meus queridos amigos, Allex Colontonio + André Rodrigues.

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Além de atuarem como diretores criativos da Artefacto – uma das principais grifes de móveis de design do Brasil -, os jornalistas paulistas figuram entre as mentes pensantes mais incensadas quando se trata de confabular conteúdo original de rigoroso apuro estético em design, arquitetura, décor, arte e lifestyle.

Allex, que em 2017, atuou como gestor na área cultural do Memorial da América Latina e desenhou o espetáculo de reabertura de seu legendário auditório considerado obra-prima de Oscar Niemeyer (o concerto Jazz & Divas) também responde pelo sucesso de livros de grifes aclamadas da arquitetura, que vão de Guilherme Torres a Sig Bergamin, após colaborar com veículos como Vogue. André Rodrigues participou da criação de um dos mais expressivos sites de moda do país, o FFW. Também é co-idealizador da revista mag! e editou as revistas Joyce Pascowitch, Modo de Vida e L’Officiel. No design, dirigiu KAZA, o jornal-artsy da Micasa, o Manipresto, além de colaborar com publicações customizadas de marcas como Melissa. O duo também responde por uma das contas de Instagram mais qualificadas do segmento no País, com drops diários sobre o morar contemporâneo: o pioneiro @decornautas

Conferi in loco a palestra de Allex e André sobre a importância de ainda se investir plenamente no papel a partir do momento que haja inovação, qualidade editorial e uma chancela de mentes pensantes no projeto. E por acreditar intensamente no projeto da dupla, eu tive o prazer de me juntar a um time poderoso na revista Pop-se e escrever um artigo com o título Mulher do Milênio – uma ode à colossal Beatriz Segall (1926-2018), atriz ícone da nossa dramaturgia, figura-chave em muitas conquistas da classe e persona que flanou como poucas na quintessência das artes plásticas brasileiras, como sugere o sobrenome que carregou – e cravou para a posteridade. O artigo é ilustrado com um portrait da atriz pelas lentes de Márcio Scavone, em 2001, para seu livro “Luz Íntima”.

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Insiro aqui para vocês, o texto que publicamos em primeira mão sobre o lançamento da Pop-se com um bate-papo do site HT com Allex Colontonio e André Rodrigues:

“Para revolucionar os veículos impressos no Brasil, nasce a ousada POP-SE, revista com cara, atitude e conteúdo de livro, idealizada pelos jornalistas Allex Colontonio e André Rodrigues, já conhecidos no mundo das revistas de moda e design. No manifesto que abre a publicação, eles eternizaram uma frase do integrante da Academia Brasileira de Letras Ignácio de Loyola Brandão: “Papel pode ser fetiche: você compra pelo cheiro, e há papéis que, misturados às tintas, são fascinantes, chegam a ser sensuais”. Na primeira edição, Vera Fischer estrela a capa que já promete ser de cair o queixo. Com 67 anos, nenhum retoque e abrindo o coração sobre sua vida. No ritmo de valorizar a relação orgânica com o papel e com a leitura de uma nova forma, a equipe que compõe a POP-SE lança a publicação trimestral colecionável sobre arte, arquitetura, design, moda, lifestyle e cultura.

“Eu e André juntamos todos os saberes que temos desses anos de experiência, como uma grande amálgama, para fazer um produto com aspecto um pouco mais pop, não no sentido de popularesco, e sim mais próximo do sentido da abrangência. Então, basicamente é uma revista de arte, com polêmica, bastidores de show business, sempre com uma celebridade na capa, com um ensaio dirigido por um grande fotógrafo e um time de styling incrível. Reunimos ensaios mais cerebrais e textos maiores. Nós temos também um site da Pop-se, então não esnobamos a plataforma digital, pelo contrário, nos valemos muito dela. Mas nós apostamos na continuidade do impresso, sendo a Pop-se como um manifesto em defesa desse meio”, explicou o publisher Allex.

A aparência diz tudo: o estilo de almanaque de shape retrô com quase 600 páginas e papel espesso, traz um acabamento perfeito, quase como um objeto de decoração. “A responsabilidade ambiental é muito grande, tanto que nosso papel é reciclado, todas as etapas da construção da revista são sustentáveis e certificadas, mas mesmo assim investir tanto em um meio impresso que causa um impacto ao meio ambiente, por mais que façamos de forma sustentável, só se justifica se realmente trouxermos um diferencial. Nós optamos por uma qualidade autoral e as matérias são mais vividas, humanizadas, em que tudo é produzido por nós, mesmo as matérias que vêm de fora têm uma interferência forte de nossa parte, seja através de um recorte ou de uma experiência sobre aquele assunto. Não se trata de um diário, porque o foco não é a nossa vida, mas sim dos nossos personagens. É isso que abordamos, com força, garra, cuidado e recorte. Quanto a posicionamento, nós assumimos algumas questões polêmicas que as grandes corporações não conseguem porque existem muitos interesses envolvidos. Então, por exemplo, nós temos uma matéria sobre o Teatro Oficina, que foi o grande assunto do ano passado. Nós temos também uma reportagem sobre a indústria da cópia na moda e no design, na música e no cinema”, revelou Allex.

A primeira edição, que traz Vera Fischer sem pudores, contextualiza bem o que significa uma grande produção de styling e fotografia e a escolha de personagem descreve a linha editorial da publicação. “Quando se faz uma revista que tem a missão de se posicionar no mercado em crise, é necessário originalidade. Para nós, pela experiência que já temos, as pessoas nos associam a grandes produções. Quando anunciamos que iríamos fazer uma revista, várias assessorias de artistas em alta entraram em contato, mas não queríamos uma capa que fosse com uma celebridade new face, com uma plasticidade. Queríamos alguém bonito, claro, mas algo autêntico, natural e que não fosse uma beleza fugaz. Nós escolhemos a Vera, porque pensamos na passagem do tempo. Uma mulher natural, bonita e que assumisse os efeitos do tempo em si mesma. Esse ensaio, fotografado pela lenda da moda, o Miro, não tem nenhum tratamento de Photoshop. Ela está apenas maquiada e nós não diminuímos, nem não tiramos rugas. Ela se assume de dentro para fora e de fora para dentro. A Vera Fischer tem uma história de superação muito bacana e pela primeira vez ela fala sobre questões da vida que nunca tinha abordado, como a relação com drogas, problemas com a família, sendo um desabafo muito real e visceral dela. E nua aos 67 anos, sem Photoshop, não é para qualquer um! Ela é muito inteligente, empoderada, e é uma das mulheres mais lindas do Brasil”, declarou o jornalista.

O feito não é impensado: o que a Pop-se e os jornalistas propõem é um novo jeito de pensar o impresso e o consumo de informações. “Nós ainda apostamos nos veículos impressos nessa era digital, porque eu não acredito que a mesma tecnologia que transformou um vinil em um download vá afetar as revistas da mesma forma. Claro que existe uma mudança de consumo nos hábitos das pessoas, com um ritmo cada vez mais frenético e, consequentemente, cada vez menos tempo para absorver informação. A notícia rápida e ao alcance de um clique você encontra no site, mas ensaios mais elaborados demandam um campo de visão maior que só o papel oferece, porque você nunca vê uma imagem inteira na internet sem reduzi-la. A precisão de cores de uma boa impressão não se lança na tela e nos pixels de um computador. Sem falar que nosso veículo é concebido de uma forma mais limpa, como uma peça gráfica muito impactante, ou seja, ela também opera como um objeto. Então, além do conteúdo muito bem curado, por ser uma revista-arte, ela também flerta um pouco com esse aspecto de table book, uma peça linda para ficar em cima da mesa e para consultar de vez em quando, já que esse conteúdo é rigorosamente feito para não ser efêmero, diferentemente da internet. As matérias são bem mais atemporais”, explicou o publisher.