Metrônomo promove atravessamentos artísticos entre música, literatura e moda a céu aberto em pleno Leblon. A gente conta como foi!


A primeira edição do projeto que leva músicos a escreverem mini livros sobre sua relação com a arte teve Tiê e Letícia Novaes com direito à pocket show! “Fiquei superhonrada de começar. No livro eu me abri, escrevi minha história e achei o projeto lindo e sensível. Para mim, ter a coisa física, do livro, é muito legal”, elogiou Tiê

Muita música em pleno Leblon. Assim foi o Metrônomo, o evento que tem como proposta promover atravessamentos artísticos entre música, literatura e moda. Foi em frente à loja do Cantão, na avenida Ataulfo de Paiva, em pleno entardecer cor-de-rosa – toque especial dos céus -, que as cantoras Tiê e Letícia Novaes fizeram pocket-shows e assinaram mini livros de contos escritos por elas mesmas – e ilustrações de Veridiana Scarpelli e Elisa Riemer, respectivamente – sobre suas vivências artísticas. Além da tarde de autógrafos, outro lançamento especial: a coleção de inverno do Cantão, que chegou às araras ainda nessa semana. E a união de tudo deu bossa! “O Cantão já tinha um projeto, há um tempo atrás, chamado ‘Eu amo ler’ e é uma marca que tem tudo a ver com o Metrônomo. A ideia do projeto sempre foi atravessamentos artísticos, já que são mini livros escritos por cantoras”, explicou Fabiane Pereira, idealizadora do Metrônomo.

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O cenário do Metrônomo: muitos balões e caixinha de doação de livros (Foto: Tiago Saramago)

Monique Motta, coordenadora de branding do Cantão, ressaltou que apoiar projetos artísticos já é uma cultura da marca desde sua fundação, nos idos dos anos 1960. “Apoiamos o primeiro disco do Nação Zumbi, quando foi lançado.O viés musical já faz parte do conceito da marca e temos cada vez investido mais nisso. Nós já apoiávamos cantoras da nova cena da MPB brasileira, como até a Tiê, e sempre queremos ajudar a projetar e chancelar a carreira delas e elas trazerem o conteúdo musical delas que é bacana”, disse Monique, que ressaltou a parceria com Fabiane. “O elo já é de longa data e agora, que queremos investir ainda mais em música, pretendemos fazer muitos projetos juntas”, adiantou.

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Fabiane Pereira (Foto: Tiago Saramago)

Aliás, o próximo já tem data marcada: no final de abril, a segunda edição do Metrônomo no Cantão está garantida. Se nessa primeira vez, a marca lançou sua coleção de inverno no evento, a seguinte será diferente: “Mas mesmo que não seja época de lançamento de coleção, para nós não faz diferença. A ideia é, mensalmente trazer ativação para esse parklet, na parte de fora da loja, e trazer conteúdo que o público possa aproveitar de forma gratuita. Isso se estende à coleção. A ideia é investir em música independente de lançamentos. Queremos trazer lifestyle, proporcionar experiências para clientes e até para o público em geral. Não nos importamos só em vender a roupa. A gente quer criar esse ambiente bacana”, disse Monique, endossada por Fabiane: “É muito legal a marca estar ligada com artistas da cena contemporânea, é interessante. É no meio da rua e não há nada mais carioca. O Rio chama. As pessoas param, veem, olham, perguntam, se interessam”, elogiou.

Fabiane, que tem outros projetos musicais como o Trampolim- do qual já falamos aqui, o Faro MPB, que apresenta semanalmente, o Patuá, que lança artistas da cena contemporânea, e o livro Som e Pausa, contou que a ideia do Metrônomo surgiu através de sua pós-graduação em formação do escritor. “Foi isso que me fez querer fazer coisas relacionadas à literatura. Já tenho a vontade faz tempo, mas a pós estimulou. Como já trabalho com música, quis unir as duas paixões e o Metrônomo surgiu disso. Queria fazer mini livros e não sabia de que maneira, aí conheci a Pipoca Press, vendi a ideia, porque não tenho know-how de como se faz livros. A minha ideia era um mini livro em formato de vinil, de lado A e B, o pequeno de duas faixas, que, quando abrisse, virasse pôster”, contou.

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Tiê e Letícia Novaes assinam mini livros para o público (Foto: Tiago Saramago)

Vendendo cada um deles por apenas R$10, ela sabe: o preço popular dissemina a cultura. “As pessoas esperam a iniciativa pública, lógico que também espero, mas não posso ficar aguardando a Dilma (Rousseff) resolver meus problemas. Se eu não correr atrás, não dá. As empresas estão, sim, dispostas a patrocinar, basta que os projetos certos cheguem nas pessoas certas”, disse.

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As convidadas Tiê e Letícia Novaes também foram nomes pensados especialmente para abrir o Metrônomo com chave de ouro: “Elas são minhas amigas pessoais, que eu podia pedir favor, então por isso quis começar com elas. Elas compraram a ideia na hora! O resultado ficou uma graça, estou apaixonada”, comemorou. E ela não é a única. Tiê foi só elogios ao projeto. “Eu já tenho parcerias antigas com o Cantão, então estou super à vontade. Com a Fabi também, sempre participo de todo os projetos dela e fiquei superhonrada de começar esse. Foi isso. No livro eu me abri, escrevi minha história e achei o projeto lindo, sensível. Para mim, ter a coisa física, do livro, é muito legal”, ressaltou. Letícia assinou embaixo: “A Fabi teve essa ideia mirabolante de fazer mini livrinhos e chamar cantoras apra falar da relação com música e eu fiz uma minibiografia, que foi incrível. Amei ser convidada para fazer isso, amo escrever”, comemorou.

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Tiê e Letícia Novaes posam com Fabi e os idealizadores do Metrônomo (Foto: Tiago Saramago)

A ideia é que, até outubro, o projeto Metrônomo tenha lançado dez mini livros de autoria de vários artistas contemporâneos. E o que pode adiantar da próxima edição, Fabi? “Uma das artistas é a Ana Lomelino e o Cantão vai participar de novo. É tudo que posso falar”, contou ela, que faz questão de girar a roda da cena cultural brasileira. “Eu amo a música. Acho que tem pessoas que fazem até mais do que eu, mas tento agitar a minha cena. Acho que estamos bem servidos de produtores e artistas da música contemporânea”, opinou. Uma delas é você, Fabi. E nós assinamos embaixo.