A mulher atualmente desempenha muitos papéis. Ela pode ser mãe, dona de casa, trabalhadora, esposa, amiga e estudante. O livro de Renata Abreu ‘Felicidade Feminina’ busca ajudar todas essas pessoas a serem felizes sem importar o lugar em que estão inseridas. O exemplar que foi lançado na semana passada é baseado nos conceitos da Psicologia Positiva, um novo modelo dentro do ramo que surgiu no final da década de 90. A ideia é que a mulher do século XXI possa estar bem com ela mesma e, ao mesmo tempo, saiba reconhecer o que está errado dentro de sua rotina. “Primeiro o livro traz pesquisas mostrando como nós estamos ficando mais estressadas, neuróticas e, em alguns casos, infelizes com relação às mulheres de séculos passados. Estar em uma sociedade hiper conectada e exigente traz mais desafios do que tínhamos anteriormente. Depois falo sobre multitarefas e perfeccionismo no qual as leitoras podem fazer uma reflexão para tentar entender se passam por algo que foi elencado”, explicou sobre o formato do exemplar.
Na prática, o livro introduz uma série de exercícios que poderão ajudar as leitoras a se conectarem mais consigo mesmas e com o mundo. A ideia é que, ao ter emoções positivas, a mulher fortalecerá o sistema imunológico, criando uma espécie de estoque de felicidade, cheio de pensamentos positivos. “Um dos exemplos de exercícios que oriento no livro é em cada final de ano convidar a família para escrever o que é grato. Tudo o que aconteceu de bom para mostrar que aquele tempo foi positivo. Quando o que foi bom é compartilhado, amplia a sensação de reconhecimento, inclusive, por pessoas que ajudaram a conquistar aquilo”, exemplificou a escritora. Durante a leitura, as mulheres se deparam com questões reflexivas como ‘Qual a melhor versão de você?’ e ‘Sua forma de ver o mundo deve ser alterada?’, além das dos treinos para lidar com emoções e aumentar a positividade do dia-a-dia.
Durante a criação, Renata buscou ser mais prática possível para que o livro não seja uma obrigação, mas uma forma de entretenimento. A ideia é que a mulher possa usar sozinha, com a família, amigos e no trabalho. “O livro é muito prático para ser usado no dia-a-dia mesmo. Meu objetivo foi levar um momento de reflexão e práticas fáceis que a mulher pudesse aplicar na sua rotina para buscar um bem-estar cotidiano”, complementou.
Este ramo da psicologia abordado fala sobre buscar a felicidade independentemente do local em que a mulher esteja. A ideia inicial era estudar para entender como uma pessoa pode ser mais saudável do que já é na sua rotina, porque, até então, o mercado se voltava apenas para as pessoas doentes. “O objetivo é potencializar o que as mulheres e homens têm de melhor para aumentar o bem-estar no dia-a-dia. É possível usar essa linha de pensamento nas escolas, nas empresas, dentro do âmbito familiar e consigo mesmo”, explicou a escritora.
Para que as ideias fossem bem estruturadas, Renata escolheu três autores dentro da Psicologia Positiva para servir de base em sua argumentação. Ela, que tem pós-graduação no assunto, buscou elencar as teorias de forma bem explicativa para que o leitor possa entender da onde surgiram as técnicas de exercício que ela apresenta no final do livro. “Trouxe três teorias: a do Martin Seligman, onde falo sobre os componentes de uma vida de bem-estar; a da Barbara Fredrickson, que abordo sobre os efeitos que podemos ter com o desenvolvimento das emoções positivas; e da Soja Lyubomirsky, no qual introduzo aonde poderíamos encontrar a chave para a felicidade, pois esta viria de fatores genéticos, do ambiente que o indivíduo está inserido e do que nós mesmos fazemos para ser feliz”, explicou.
Para os moldes de nossa sociedade atual, Renata pode ser considerada uma pessoa fora da caixinha. Ela largou a vida de funcionaria de uma multinacional para se jogar em um mundo de autodescoberta que tem seu ponto alto no lançamento deste livro. “Eu mudei radicalmente porque vi que poderia ter uma vida muito mais feliz do que estava tendo naquela época. Estava refém de uma série de coisas que são estipuladas pela sociedade. Funcionava como uma mulher maravilha atuando acima da minha capacidade e estas atitudes não são saudáveis se pesquisarmos o grau de depressão entre pessoas com esse perfil”, relembrou.
Atualmente, ela está criando um ramo próprio e está muito feliz com a decisão de alguns anos atrás. A ideia de sua função atual surgiu devido ao estimulo da multinacional onde trabalhava em aumentar a liderança feminina. Dentro da própria empresa, liderava alguns grupos de coletivo com a pauta mulher. “Quando saí desse mercado de trabalho, comecei a executar projetos que estimulassem as mulheres, inclusive, com o coach de empresárias. Ficou muito presente que a problemática que passei existia em todas. Isto consistia na ideia da multitarefa, cobranças e a vida corrida. Via pessoas buscando um status e cumprindo os papéis por ser obrigada. Eu era uma delas e quis mostrar como isto estava errado”, lembrou. Apesar de parecer para muitos uma loucura, Renata sempre soube exatamente o que queria. “Tudo que fiz foi muito planejado. Mas como vivemos em um mundo em que a expectativa de vida cresce, a chance é que tenhamos, cada vez mais, múltiplas carreiras. Várias formas de vidas e fases diferentes. Agora, estou construindo um trabalho que sempre quis ter, um ramo novo. É muito reconfortante poder ajudar tanto as pessoas”, complementou.
Renata não tem dúvida de que essa foi a melhor decisão que tomou na vida e estimula todas as mulheres em seu livro a fazer o mesmo que ela: encontrar seu lugar no mundo. “Não é preciso mudar de vida para poder conseguir ser feliz, como eu fiz. Às vezes, a mulher já está no local certo. Mas o ideal é que a pessoa se permita pensar diferente, incluindo atividades intencionais para aumentar o bem-estar. A psicologia positiva aposta que você tenha um objetivo, um molde de vida. Saiba quem quer ser e onde chegar. Por isso, produzi o livro que passou a ser meu foco na carreira. A ideia é que nós sejamos agentes e protagonistas da nossa própria vida”, informou.
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