Dose dupla de talentos: Carolina Dieckmann mostra verve ilustradora de livro infantil a convite do escritor Leo Fuchs


O livro infantil ‘Chapeuzinho Vermelho – O Valor de um Sorriso’ é de autoria do múltiplo autor, diretor, produtor e empresário da moda e marca a estreia de Carolina ao desenhar para crianças. Na TV, a atriz está na reprise de três novelas. A dupla falou diretamente dos Estados Unidos sobre a criação da obra e vida. Carol também é modelo da grife do amigo. E, emocionado, Leo Fuchs disparou: “A Carolina é minha amiga há muito tempo, sempre estivemos um na vida do outro. Fizemos peça com Domingos Oliveira há 20 anos, e há 10, estamos muito próximos. Sinto que desde que foi morar em Miami a Carol desabrochou um lado artístico ainda maior. Amizade é assim, sonhamos muito o sonho do outro. Mais importante que ter a Carolina Dieckmann ilustrando meu livro é a Carol, minha amiga, pela ‘estrada afora’”

*Por Brunna Condini

Uma amizade que multiplica afetos e frutos. Assim é a dinâmica entre Leo Fuchs e Carolina Dieckmann, que lançam nesta sexta-feira o livro infantil ‘Chapeuzinho Vermelho – O Valor de um Sorriso’. Na versão de Fuchs, que escreveu o texto, Chapeuzinho Vermelho é uma menina esperta, que cruza a floresta para levar doces para a sua avó, e claro, tem medo do Lobo Mau. Mas também é bagunceira e detesta escovar os dentes, até encontrar um super-herói em forma de dentão que vai ensiná-la a cuidar de sua saúde bucal.

Leo e Carolina bateram um papo exclusivo com o site sobre a criação da obra infantil escrita tendo como inspiração a peça homônima que o produtor assinou e indicada ao Prêmio FITA de melhor espetáculo infantil. “Escrevi esse espetáculo há 12 anos em homenagem ao meu amigo Fabio Nicoletti, que é dentista e achava que faltava algo na literatura sobre saúde bucal para crianças de uma forma bem-humorada. Pensando nisso, eu pincei uma memória afetiva, o conto dos Irmãos Grimm (‘Chapeuzinho Vermelho’) para adaptar”, lembra Fuchs.

Leo Fuchs e Carolina Dieckmann, que lançam nesta sexta-feira o livro infantil ‘Chapeuzinho Vermelho – O Valor de um Sorriso’ (Foto: Elvis Moreira)Aos 42 anos, Carolina comenta a s descobertas da sua verve ilustradora. “Sempre desenhei, mas nunca achei que em algum momento isso pudesse se tornar algo tão grande na minha vida a ponto de eu expor, no sentido de deixar outras pessoas verem. Era algo realmente íntimo, que, com a minha vinda para Miami, e com o tempo livre acabei desenvolvendo. Comecei a exercitar mais e criei coragem de mostrar. E acabou tendo todos esses resultados, como o da marca de bechwear Feline (que a atriz já desenhou estampas para três coleções), e, agora, a parceria com o Leo no livro”.

A capa do livro de Leo Fuchs ilustrada pelo amiga Carolina Dieckmann

“Primeiro eu disse pra ele: ‘Leo, não sei se consigo fazer, se tenho um traço claro para desenhar para criança, que tem uma outra demanda, de um traço mais didático, mais claro. Mas fui fazendo, a  gente foi gostando e o resultado está aí. Acho que é um livro com traços para crianças e com a minha identidade, coerência e que ao mesmo tempo ficou compreensível”, pontua Carolina.

Leo acredita que o lançamento do livro em plena pandemia também é providencial. “A história tem ‘duplos sentidos’ muito importantes. Falamos de valorizar o sorriso, de autoestima também, de uma forma para cima, bem-humorada”, diz. “Pretendo pegar parte da renda de vendas deste livro e quero subir levando ao Vidigal, à Rocinha. Assim que for possível, fora da pandemia, queremos Carolina e eu fazer um lançamento social, com o intuito de ver o sorriso das crianças. Desejo muito que esse momento que estamos vivendo não tire o direito das criança sorrirem e sonharem”.

Leo Fuchs e Carolina Dieckmann, que lançam nesta sexta-feira o livro infantil ‘Chapeuzinho Vermelho – O Valor de um Sorriso’ (Foto: Renata Miranda)

Eles fazem amizade e Arte

“A Carolina é minha amiga há muito tempo, sempre estivemos um na vida do outro. Fizemos peça com Domingos Oliveira há 20 anos, e há 10 estamos muito próximos. Sinto qu,e desde que foi morar em Miami, a Carol desabrochou um lado artístico ainda maior. Tocando, cantando, fizemos juntos o ‘Karolkê’, que brinca com a mistura de Carol e karaokê. Foi lindo demais. Ela começou a desenhar tímida, tanto que tinha um Instagram fechado para os desenhos. Mas mostrou para o amigo produtor, aí já viu, né? Eu sou sócio de uma marca de beachwear, a Feline e a chamei pra desenhar as estampas e estamos lançando a quarta campanha, agora, em novembro. Ouso dizer, que a Carol está no melhor momento da vida dela, colocando toda a arte que tem no seu interior para fora. E embarcou lindamente no projeto do livro, com desenhos sensíveis. Nossa amizade é assim: sonhamos muito o sonho do outro. Tive a sorte ter pessoas muito talentosas ao meu lado, de mãos dadas. Mais importante que ter a Carolina Dieckmann ilustrando meu livro é a Carol, minha amiga, pela ‘estrada afora’”.

Se acha um materializador de sonhos? “Olha, não sei se sou o melhor produtor do mundo, mas sou um realizador e devo ser um dos que mais estreia. O Domingos, que foi meu grande mestre, já dizia que o artista para sobreviver tem que se reinventar o tempo todo. Não sou de ter projeto, sou de ter data de estreia. Em 25 anos, já fiz mais de 60 peças. Não sei se tudo foi bom, mas acho que temos que fazer, nos jogar, sair da zona de conforto. Sou uma cara feliz, que só trabalha com amor e tesão, tanto que só trabalho com amigo. Com gente que admiro, que está na minha estrada. Amo produzir, mas este ano me bateu uma coisa, que além de ser um realizador de sonhos das pessoas, preciso estar mais atento para realizar mais os meus também. E falo do meu lado artista, que escreve, atua, apresenta”, diz Leo que está morando em Orlando, e tem dado curso para não atores por lá.

“Fui inquieto uma vida toda e gosto de fazer projetos novos. Sempre me virei artisticamente. Meu compromisso é sobreviver como artista até o último segundo da minha vida. Seja produzindo, no palco, escrevendo, dirigindo. Quando eu trabalho em algo é parte do meu sonho que estou levando para as pessoas e isso me abastece. O dia que eu começar um sarau para 70 pessoas em um restaurante e não tremer, não me der dor de barriga, não vale, não sou eu. Não quero nunca perder o desejo de fazer, estrear, o que seja”.

Carolina nos atualiza

Aproveitando o gancho do livro, a atriz nos revela o que tem tirado o seu humor .”Todos esses números de mortes por Covid-19 e todas as questões que estamos tendo no Brasil, como por exemplo, de ver o Pantanal pegando fogo, a Amazônia… Tem muitas notícias que me fazem não conseguir sorrir”, afirma. “Por outro lado, tem o que me faça sorrir, como meus filhos e e solidariedade entre as pessoas. Fico muito comovida quando leio e vejo que, mesmo nesta pandemia, com tantas realidades tristes, as pessoas se uniram para ajudar o próximo”.

No ar em ‘Laços de Família‘, no Vale à Pena ver de Novo, e também em ‘Mulheres Apaixonadas‘ e ‘Malhação‘ (1995), no Canal Viva, Carolina comenta que as reprises simultâneas têm tomado boa parte da sua agenda. “Tenho trabalhado bastante para falar sobre essas reprises que estão no ar. Na verdade, venho trabalhando pra caramba desde quando ‘Fina Estampa’ estava no ar, dando entrevistas, suprindo essa curiosidade de trabalhos que fiz há muito tempo”. E destaca a personagem Camila e a trama inesquecível que a envolve em ‘Laços de Família’: “Assisto sempre. Tentando ter alguma lembrança e tem sido muito gostoso ver como lidei tão nova com essa personagem tão difícil. Com uma dose grande de ingenuidade, mas, ao mesmo tempo, com o peito aberto. Me vejo muito corajosa enfrentando esse papel. Eu entendo totalmente a atitude da Helena. Eu já era mãe quando fiz ‘Laços de Família’, e isso foi fundamental, porque conseguia entender os dois lados. Não tinha uma visão só de filha. Já era mãe. Então, eu acho que isso enriqueceu muito. A Camila tem uma dose de sofrimento que acho que veio da minha dose também de angústias da época que perdi a primeira gravidez, e logo depois engravidei. Foi um momento emocional muito rico que acho que pude emprestar para a personagem. A carga emocional eu já tinha para dar”.

E o que tem feito nos Estados Unidos?  “Ainda estou cumprindo os protocolos de segurança. Não me sinto confortável para sair para jantar, por exemplo, só consigo esporadicamente e para lugares abertos. Então, sinto que estou engatinhando. Aqui, nos Estados Unidos, já tem muitos comércios abertos, cinema, mas eu não tive coragem de ir. Não peguei a doença e fiz de tudo para não pegar”, conta.

“Quando começou a pandemia, tivemos que paralisar o projeto do Karolke’. Não vejo a hora da gente conseguir voltar. Estava um sucesso e amando fazer. Quando for seguro, nós voltamos para a estrada”.