Enquanto você lia essa frase, Sergio Baia tirava dezenas de fotos. Rápido, dinâmico e mega talentoso, o fotógrafo foi o responsável pelos belíssimos cliques do nosso editorial com a atriz Fernanda de Freitas. Nos registros, Baia flutuou entre a força, a sensibilidade e o glamour do ensaio que ficou, sem modéstia, encantador. Tudo isso, claro, com uma boa dose de agilidade. Sem tempo a perder, Sergio Baia se destaca no universo da fotografia por combinar talento e rapidez de forma singular.
Desde a infância, ele sempre teve a câmera como companheira e a experiência como formação. Como nos contou, embora seja formado em Cinema e Jornalismo, a fotografia ganhou espaço e caráter profissional em sua vida apenas na dinâmica do acerto e erro. “Eu sou fotógrafo desde criança porque eu nunca estudei fotografia, mas sempre fotografei. Aos 11 anos, eu pedi uma câmera para o meu pai de Natal e a partir daí eu gastava todo o dinheiro que eu ganhava com filme e revelação. Um dia, eu acompanhei uma amiga em um curso de teatro e fiz todas as aulas, porque eu nunca deixo algo pela metade. Durante essa experiência na CAL (Casa de Artes de Laranjeiras), eu fui fotografando os meus amigos, afinal, todos os atores querem e precisam de fotos. No fim do curso, além da formação de ator, também saí formado em fotografia pela experiência. E foi assim que eu entrei nesse meio artístico e comecei a fazer ensaios com famosos”, lembrou.
De lá para cá, no intervalo de tempo que já dura sete anos, Sérgio Baia aprimorou conceitos, mas também manteve características próprias em suas fotos. Uma delas, que acompanha o fotógrafo desde a época em que registrava a família e as orquídeas da mãe, é a luz natural. “Eu também mantive a energia da mulher da minha foto. Eu nunca tentei fazer uma personagem endeusada, perfeita e irreal. As mulheres dos meus cliques são sempre de verdade, inteligentes e maneiras, como eu e você”, explicou.
Em relação às mudanças, as tecnologias ganham destaque neste quesito da carreira de Sergio Baia. Apesar de já ter começado no universo digital, o fotógrafo lida diariamente com o avanço moderno. Um deles, que faz parte do dia-a-dia de boa parte das pessoas, é a rede social. Por lá, as selfies e as fotos de fotógrafos amadores compõem os nossos feeds o tempo todo. O que ele acha disso? “Eu amo os biquinhos da rede social”. Segundo ele, a popularização dessas plataformas é benéfica e importante, inclusive para o seu trabalho. “Eu quero mais é que todos façam selfies e postem muitas fotos no Instagram. É bom que as pessoas já aprendem a posar sozinhas e chegam para o ensaio com o biquinho que gostam pronto”, argumentou.
Mais que um lugar para compartilhar fotos, o Instagram, por exemplo, é objeto de estudo para Sergio Baia. Na rede, ele consegue identificar os traços que cada um mais gosta em seu rosto e, assim, explorá-los em um ensaio profissional. “Na rede social, a pessoa tem a oportunidade de mostrar a visão que ela tem dela mesma. Assim, ela consegue me revelar uma imagem própria que eu de fora não conseguiria enxergar. E, pela rede social, eu consigo descobrir os ângulos e traços que você mais gosta em uma foto. Então, na hora de um ensaio, eu sei a mulher que você gostaria de ser e de aparecer naquelas fotos”, explicou.
No entanto, quando a personagem de seu ensaio é alguma artista, como foi com a atriz Fernanda de Freitas em nosso editorial, Sergio Baia disse que recorre a outros tipos de imagem para compor a identidade visual daquela pessoa. Seja atuando, conversando ou dando uma entrevista, todo movimento conta como inspiração para o shooting. “Como eu já vi aquela pessoa falando e andando, eu mesmo crio uma outra visão da personagem real. Eu sei como ela é e o que ela pode oferecer. Então, cria-se um leque maior de oportunidades para os cliques”, contou.
De todo modo, seja artista ou não, Sergio Baia destacou que somos todos humanos e, a singularidade de cada um é o que desperta a atenção e a paixão do fotógrafo. Além da rotina de ensaios diários, Sergio ainda tem planos de explorar mais os seus registros. Ainda bem! Para o futuro, ele deve lançar um livro de fotos sobre a geração digital e outro sobre os millennials, que são os jovens de hoje. Outro projeto para lá de interessante na carreira de Sergio Baia é um livro em que as estrelas dos cliques estão em sua rotina normal, longe dos holofotes.
Para tudo isso, o fotógrafo segue uma carreira que encanta e tem o talento como pilar. Não por acaso. Amado nos sets, ele contou que sonha em ser um profissional unanime entre artistas e produtores. “O que eu gostaria de ser na vida é aquele fotógrafo que todos gostam. E não só pelo trabalho. Eu quero ser bom, como pessoa e profissional”, afirmou. Como não amar?
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