Com sua arte visceral, Patricia Secco proporciona com a expô ‘In Pulso’ reflexões mil sobre a essência do coração

“Minha obra é liberdade e movimento. Respiro criatividade em poesia”. A frase é de Patricia Secco, uma das mais incensadas artistas plásticas – e arquiteta também – e cujos trabalhos eu sou uma apaixonada há muitos anos. Sejam suas aquarelas, esculturas, fotografias… ela é mega plural. Temos algo muito em comum no que tange nossas vidas pessoais: Patricia cursou faculdade de arquitetura no Bennett e eu estudei do maternal até concluir o ensino médio. O Bennett não tinha entre seus cursos o Jornalismo. E hoje venho aqui para contar sobre a exposição batizada In Pulso, na qual a artista faz a sinergia do coração com a arte. Voilà! Mais um ponto de mega admiração pela artista. Desde criança, eu cortava todas as imagens de coração e guardava em uma caixinha. Era a minha coleção, o meu tesouro. Ela vai expor suas criações pulsantes na gozto Galeria, no histórico Beco do Boticário, e com curadoria de Carlos Bertão, design de Alê Teixeira e produção da EntreArte Consultoria, a partir de 3 de agosto, “e promete ser uma das mais significativas do ano, não só pela complexidade do tema como pelas emoções e curiosidade que vão provocar o observador”.

A apresentação da mostra pontua que será uma jornada artística que explora a dualidade do coração humano, sua força e sua fragilidade, seu poder de conexão e sua capacidade de amor e de compaixão, através de interpretações únicas e emocionais, com pinturas em acrílica, látex e espuma expansiva, além de esculturas em cerâmica e instalações têxteis.

Depois de trabalhar com grandes gênios da arquitetura, Patrícia morou nos Estados Unidos, onde cursou a Faculdade The Corcoran School of Art, em Washington DC, deixando o fluxo de sua arte voar, e voar… Resultado; a carioquíssima tornou-se a artista plástica que contabiliza há mais de 30 anos exposições ao redor do mundo.

Suas exibições Individuais incluem Nova York, Paris, Roma, Londres, Berlim, Marselha, Washington DC, Miami e o Brasil de Norte a Sul. Participou da famosa Bienal de Florença em 2005, e ganhou numerosos prêmios e menções honrosas ao longo de sua carreira. Foi convidada para expor na Bienal de Veneza.

Inspirada sempre pela exuberante natureza que cercou sua infância e adolescência no Brasil, seu trabalho caracteriza-se pelos motivos coloridos e fortes, balanceados por um suave e elegante toque feminino. Casada com o economista de Meio Ambiente, Sérgio Margulis, sempre respirou e se preocupou com a mãe terra, influenciando seus temas, que tratam da natureza e suas consequências.

Patricia Secco vai expor em um dos locais mais incríveis do Rio de Janeiro. A gozto Galeria está instalada no antigo ateliê do artista pernambucano Augusto Rodrigues, em uma casa tombada de 1840. A gozto ocupa os 150m2 de seu porão no Beco do Boticário 1, logo à entrada do sítio histórico do Largo do Boticário, no tradicional bairro do Cosme Velho, Rio de Janeiro.

Em seu primeiro ano de existência, a gozto abriu espaço para o design contemporâneo e inédito em seis exposições temporárias com nomes de peso como Zanini de Zanine e Jaime Lerner, entre outros. No acervo, trabalhos de 15 artistas representados.

O curador da exposição de Patricia Secco, Carlos Bertão é carioca, advogado, formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com mestrado na Universidade de Nova York (NYU) e trabalhou em escritórios de advocacia no Rio de Janeiro, São Paulo e NY. Nos anos 80, ele foi contratado pelo Banco Mundial, em Washington, onde trabalhou por quase 20 anos. Colecionador de obras de arte há mais de 40 anos, ao se aposentar do Banco Mundial retornou ao Brasil e passou a se dedicar à produção e curadoria de exposições.

AS PRECIOSIDADES BY PATRICIA SECCO NA EXPÔ

As pinturas em acrílico retratam o coração como um símbolo de amor, paixão e de conexões emocionais. Com suas cores vibrantes, traços expressivos e pinceladas enérgicas, elas transmitem a vitalidade e a intensidade dos nossos sentimentos, pulsantes e vibrantes. As esculturas em cerâmica oferecem uma abordagem tridimensional, onde a artista molda a argila com movimentos livres, traduzindo em formas e texturas. Essas esculturas transmitem uma sensação tátil, convidando o espectador a apreciar o coração anatômico.

A instalação têxtil cria uma experiência imersiva e sensorial, utilizando tecidos macios e delicados para evocar emoções e reflexões sobre a essência e complexidade do coração. As combinações de cores, texturas e formas criam um espaço envolvente, convidando o público a se conectar com suas próprias emoções e conexões pessoais.