A correria dos dias modernos minimiza ainda mais as relações nas ruas das grandes cidades. Entre um compromisso e outro, são raras as oportunidades de um desconhecido abordar outro na rua para uma conversa espontânea. Certo? Pois bem. De forma divertida e fashion, Patrícia Maranhão abusa de sua criatividade para reverter esse quadro. Em sua grife homônima, a designer cria bolsas que falam por si só. Gatinhos, placas, frases, olhos e beijos ganham espaço em belíssimas clutches em madeira que já se tornaram símbolo da marca.
No Salão de Negócios do Minas Trend, Patrícia Maranhão é uma das badaladas grifes e reúne mais de três mil compradores pelos corredores nos quatro dias de evento. Por lá, a designer expõe as apaixonantes clutches que, mais do que um acessório de moda, também tem uma função social. Segundo ela, suas criações em madeira são para brincar e dar motivo para conversar. “Eu quero fazer bolsas que chamem as pessoas para interagir. Quem sai com uma bolsa de casinha ou de beijo, por exemplo, não volta para casa sem ter conversado com algum desconhecido na rua. Sempre tem alguém que brinca com a bolsa e que acaba puxando assunto. E é isso o que eu quero”, explicou.
Nas temáticas, Patrícia explora imagens e frases divertidas. Sobre as ideias para esta parte mais lúdica, a designer destacou que a vontade pessoal é a principal engrenagem desta máquina de inspiração. E, com o sucesso dos modelos, esta verve criativa já se tornou essencial na identidade da grife. “Eu tenho um trabalho muito lúdico que é uma característica do DNA da marca. A cada momento, eu escolho uma temática diferente para explorar. Agora, por exemplo, estou trabalhando a linha ‘Amor Eterno’ para o Dia das Mães, com coração e matrioska”, contou Patrícia Maranhão que acrescentou que, além de símbolos fashion, as clutches ainda têm outra função para as clientes. “A coleção de bolsas de madeira tem função decorativa também. Fora que além de serem usadas para sair à noite ou de dia em um look mais divertido, os modelos são super leves e trazem uma descontração para o visual”, completou.
E o sucesso desses modelos trazem uma tradição da carreira artística de Patrícia Maranhão, a madeira, com uma descoberta da designer, o acrílico. Como nos contou, ela passou a fazer essa dobradinha depois de conhecer o trabalho de um artista para além das fronteiras brasileiras. “Certa vez, eu vi em Nova York um trabalho em acrílico maravilhoso de um artista norte-americano. Foi então que eu decidi trazer essa ideia para a madeira, que já fazia parte do meu trabalho”, lembrou Patrícia que explicou a função visual do material plástico para suas obras. “O acrílico aparece como um elemento moderno que tira o caráter artesanal da madeira. Então, eu vejo que as bolsas ganham um ar mais futurista”, analisou.
No entanto, além do sucesso das clutches de madeira de Patrícia Maranhão, a designer também investe em sua coleção em couro. Nos modelos, que atendem outro tipo de público da grife, Patrícia explora uma estética mais tradicional e séria, sem perder a alegria de seu trabalho. Assim como nas clutches em madeira, as bolsas da outra linha também têm um material orgânico e natural como matéria prima básica. “A união dos dois materiais, o couro e a madeira, resulta em um produto que é a cara da minha identidade fashion e do que eu quero passar”, apontou a designer que adiantou que a grife passará uma mudança de conceito em relação ao uso dos materiais. “A partir de setembro, vou começar a explorar uma proposta mais sustentável na minha coleção para que sejamos sempre corretos. Queremos ter um trabalho que valoriza a natureza e que tenha o aspecto do feito à mão”, ressaltou.
O fato é que, seja na madeira, no couro ou em qualquer outro material, a arte de Patrícia Maranhão é sempre unanimidade. Criativa, irreverente, fashion e com qualidade inquestionável, os modelos da grife traduzem toda a alegria e alto astral da designer. No entanto, nem mesmo o sucesso da marca faz Patrícia Maranhão se sobrepor às suas criações. Nos modelos, a designer não faz questão de pôr grandes assinaturas porque, para ela, a bolsa precisa estar acima do nome da marca, como explicou. “Eu não quero que a marca seja o destaque. Para mim, o meu produto precisa estar acima do nome. Por isso que eu nem faço muita questão de pôr o meu nome nas bolsas”, disse. Sem competição, tanto a designer quanto a grife Patrícia Maranhão são um sucesso, né?
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