Pela primeira vez na história do Museu Mauritshuis, de Haia, na Holanda, um artista contemporâneo apresenta seu trabalho em uma exposição. E, o responsável por esse marco do museu é o brasileiro Vik Muniz. O artista, que já teve suas obras divulgadas na abertura da novela “Passione” (2015 – Rede Globo), desta vez apresenta na Holanda outras visões de telas famosas como “Mona Lisa”, de Leonardo Da Vincci e “A Noite Estrelada”, de Van Gogh. Além dessa exposição, que fica em cartaz até setembro, o artista contou ao HT que também está montando outra mostra para a Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
Ah, e não acabou não. Vik Muniz ainda está fazendo o refeitório do chef italiano Massimo Bottura, que vai inaugurar um restaurante popular no centro do Rio de Janeiro e trabalhando na abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio, que será realizado em setembro. Sobre esse projeto olímpico, infelizmente, o artista disse que não pode nos adiantar como deve ocorrer. “Ainda é segredo, não dá para falar muito”, explicou.
E, por falar em Olimpíadas no Rio, o artista disse que os cariocas deveriam aproveitar mais a “onda positiva” na cidade, apesar dos transtornos enfrentados. “É difícil falar de uma forma muito ufanista com a situação política e econômica pela qual o Brasil está passando. Mas, eu acho que é sempre melhor pensar de um jeito positivo e enxergar tudo da melhor forma possível. Eu acho que a gente está passando por um momento de muita renovação e tendo a chance de ver muita coisa. E, por isso, o resultado vai ser muito positivo no final. Aqui no Rio, certamente vamos ter um legado satisfatório. A filosofia sempre foi muito voltada para a herança que vai ser deixada. E, eu acho que isso ainda vai acabar sendo algo positivo. Tem muita coisa que aconteceu de uns oito anos para cá, com a administração do Eduardo (Paes), pelas quais a gente não tem do que reclamar. Eu acho que o Rio surfou em uma onda muito bacana com as Olimpíadas e a gente está chegando no final desse ciclo. Temos que saber contabilizar isso também, porque não tinha nada acontecendo até então”, argumentou. Tomara, né cariocas?
Já no cenário brasileiro, Vik Muniz mantém o mesmo otimismo. Como contou ao HT, o artista considera a atual situação como um mal necessário. “Eu acho que a doença às vezes pode ser uma coisa boa. A gente tem que desfocar um pouco dessa tensão pela qual estamos tendo os sintomas e tentar ver o que é a doença de fato. Resumindo, acho que precisamos de uma reforma política geral. Nós temos um sistema político muito ineficiente e cheio de buracos, e a gente está tentando, de uma maneira orgânica e natural, se livrar disso. É um processo doloroso, mas extremamente necessário. No fim, é melhor passar por isso do que ignorar e continuar do jeito que estava”, declarou o artista plástico Vik Muniz.
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