Com foco preservação do patrimônio cultural, projeto ‘Conhecer para Cuidar’ valoriza arte e tem apoio da Ortobom


A iniciativa do Grupo Asas valoriza a sensibilidade artística de crianças, jovens e adultos em todo o país. E, a partir da tríade qualidade de vida, bem-estar e sustentabilidade, a maior fabricante de colchões da América Latina, que comemora seu cinquentenário em 2019, acompanha este case cultural desde a sua primeira edição. O projeto tem o objetivo de sensibilizar os participantes sobre a importância do nosso patrimônio histórico cultural, a necessidade de conhecê-lo e preservá-lo, assim como eternizá-los pelas próprias mãos com o conceito de paper toy ou confecção de maquetes tridimensionais que unem filhos, famílias e sociedades em um exemplo de empatia e solidariedade pela memória da arte e arquitetura do nosso Brasil

Quem já se deparou com uma aula prática de arte em museu ou em um parque certamente voltou para casa encantado. Não é para menos: ver pessoas de todas as idades diante de um quadro, um prédio histórico ou uma escultura tentando reproduzir no papel ou na tela os traços criados pelos artistas é mesmo emocionante. Sem falar que a atividade desenvolve, desde cedo, a valorização da cultura e a sensibilidade artística, valores que moldam a personalidade e ficam para a vida. A partir da frase de Santo Agostinho – “Amamos o que conhecemos” – e criado em 2011 pelo Grupo Asas – Educação, Cultura e Meio Ambiente, que tem como objetivo “servir a causa socioambiental por meio de projetos e produtos premium de cultura, educação e meio ambiente para agregar valor ao mundo”, o projeto “Conhecer para Cuidar” também se vale da observação e da proximidade com monumentos para despertar a atenção de crianças, jovens e adultos para o preciosíssimo patrimônio histórico-cultural brasileiro. A partir da tríade qualidade de vida, bem-estar e sustentabilidade, que norteia suas ações, a Ortobom (que nesse 2019 comemora o cinquentenário) patrocina o evento desde a primeira edição.

“Quem passa pela vivência da montagem da maquete de um bem dificilmente irá olhar para ele com indiferença e, possivelmente, será mais um agente de preservação”. A frase é de Marcus Ferreira, diretor presidente da Asas Produções, que criou a iniciativa.

“O ‘Projeto Conhecer Para Cuidar‘ representa uma consistente iniciativa na área de preservação do patrimônio por meio da educação patrimonial, muito bem aceita pelas comunidades participantes e pelas autoridades e lideranças das entidades que promovem a gestão do patrimônio cultural de Minas Gerais e do Brasil”

Funciona assim: em todo o país, escolas públicas ou centros culturais recebem material para montar maquetes de símbolos importantes da arquitetura nacional em oficinas batizadas “Vivências Conhecer para Cuidar”, realizadas em uma hora e 45 minutos com, no máximo, 80 pessoas. Divididos em grupos de dez, cada mesa de oito participantes deve montar uma maquete de forma colaborativa. O objetivo é despertar a atenção para a necessidade de se preservar esses bens, criando uma ligação afetiva com eles. Ao final das “Vivências”, cada participante recebe um kit com peças para montar sua maquete com a família, multiplicando o alcance da iniciativa. Eles são estimulados a atuar como monitores de seus irmãos, pais e amigos, assim como experimentaram na atividade da qual participaram.

“A intenção é sensibilizar os participantes (crianças, jovens e adultos) sobre a importância do patrimônio histórico cultural, a necessidade de conhecê-lo e preservá-lo, assim como estimular a identificação, por eles, do que existe de valor a sua volta ao juízo deles (mesmos)”

Os patrimônios escolhidos são estudados pelos arquitetos do projeto, que verificam as edificações in loco para manter a fidelidade em relação às construções originais. A preparação das oficinas exige um trabalho prévio minucioso. Uma vez escolhido o patrimônio é feita uma pesquisa na comunidade-alvo do projeto a fim de levantar, junto à população, os saberes populares ligados ao bem tombado e os valores atribuídos a outros espaços públicos e edificações. Também são pesquisados símbolos, expressões e manifestações culturais locais, gastronomia e modos de fazer associados ao dia a dia. Fotos feitas no local ajudam a criar protótipos de maquetes com rigor técnico arquitetônico apurado.

“Nesse contexto, o Conhecer Para Cuidar reproduz, de forma tridimensional em maquetes em miniatura , monumentos e paisagens de valor histórico e cultural e também se propõe a “… recuperar, valorizar e ressignificar a trajetória seguida por outros – que a seu modo e em outros tempos, se debruçaram sobre a importante tarefa de encontrar ferramentas para valorizar e preservar a memória e o Patrimônio Cultural brasileiro…”

“A partir daí, produzimos brochuras com as lâminas que vão possibilitar a produção das maquetes”, explica o gerente de Projetos da Asas Produções, Diego dos Santos. “As oficinas oferecem ao participante a oportunidade de construir saberes coletivamente. Acreditamos que os estímulos geram reflexões em relação ao seu próprio patrimônio e possibilitam que que cada um, com base em suas vivências, compartilhe percepções sobre o que é Patrimônio Cultural. O objetivo principal vai muito além da representação em maquetes. Queremos gerar interações para que o público construa conhecimento por experimentação e seja estimulado a debater sobre a importância dos bens culturais no cotidiano”, pontua Diego.

“Desta forma, o objetivo principal do projeto extrapola a realização de “Vivências” (oficinas) e a representação do patrimônio escolhido para ser representado em maquetes em miniatura. Muito mais que isso, o “Conhecer Para Cuidar” pretende gerar interações nas quais o público construirá o conhecimento por experimentação e será estimulado a debater sobre a importância dos bens culturais na sua vida cotidiana”.

Uma das características mais interessantes do projeto é a valorização de patrimônios locais, com os quais as comunidades convivem desde sempre e têm vínculos afetivos mais fortes. E a maneira criativa encontrada para fortalecer essas ligações foi convidar pessoas da terceira idade para contar casos sobre os bens representados e, assim, enriquecer a atividade. Elas são a memória viva do patrimônio e levam os participantes a conhecer histórias pitorescas e pessoais que têm a ver com o patrimônio em questão.

Diego dos Santos conta que, de 2011 para cá, o projeto cresceu e nunca deixou de ser realizado: “O ‘Conhecer’ foi lançado em São Paulo. Dois anos depois, realizamos a primeira edição nas cidades de Brumadinho e Belo Horizonte, com as maquetes da Igreja de Piedade do Paraopeba e do Minas Tênis Clube. Atendemos cerca de 400 pessoas em três dias de atividades. Hoje, temos até 1.600 participantes durante cinco dias da semana”.

Não são apenas os números que atestam o desenvolvimento do projeto. A evolução é considerada essencial pelo Grupo Asas e faz parte do DNA do “Conhecer para Cuidar”. As atividades incluem, também, um quiz, cuja função é fixar as informações na memória dos participantes. “Criamos o Quiz Game, com perguntas e respostas sobre o patrimônio estudado, conceitos ligados à cultura, patrimônio material e imaterial, tombamento cultural etc. E acabamos de iniciar o planejamento para transformar o kit da maquete em livro, que trará conteúdo didático sobre o histórico do patrimônio e sua importância, dados e informações, além de material para interação com o aplicativo através da tecnologia de realidade aumentada”, revela Diego dos Santos. “O game é conduzido por um personagem digital superdivertido. O aplicativo contabiliza o percentual de acertos, permitindo ao coordenador geral apontar a mesa com o melhor desempenho. Esse desafio contribui para manter os jogadores focados e enriquece a atividade”, explica.

“Ao final das “Vivências” cada um dos participantes recebe – gratuitamente – um Kit Conhecer Para Cuidar com as peças para montar a sua maquete com os seus familiares, multiplicando o alcance da iniciativa. No ambiente familiar, os participantes serão convidados a atuarem como monitores de seus irmãos, pais e amigos, assim como eles experimentaram na atividade da qual eles participaram”.

Maquete tridimensional do Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG)

Em um país como Brasil, uma iniciativa dessas vale ouro. Entre 9 e 13 de setembro, por exemplo, o município de Caeté, em Minas Gerais, recebeu o projeto no Ginásio Poliesportivo. Ao todo, foram 1.600 alunos das escolas públicas da região e 90 educadores participantes. “Mas não atendemos apenas a estudantes. Somos voltados para a sociedade e costumamos dizer que é para crianças de 8 a 80 anos. Em Caeté, o projeto também atendeu aos jovens com deficiência cerebral da Fundação Colibri (Apae de Caeté)”, conta o gerente de Projeto do Grupo Asas. As oficinas obtiveram 100% de aprovação na avaliação de educadores e alunos, com conceitos ótimo e bom.

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O Santuário Nossa Senhora da Piedade, monumento cultural, artístico, natural de muita importância em Minas Gerais, que recebe a visita de 500 mil pessoas por ano, é é considero a menor basílica do mundo, foi estudado minuciosamente e hoje está em forma de maquete tridimensional na cada de milhares de pessoas. A história do patrimônio é emocionante: “Há mais de 250 anos, o Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade recebe peregrinos, tornando-se referência da fé e da tradição, valores tão significativos para os mineiros que têm a religiosidade enraizada em sua cultura. Seu território é habitat de muitas plantas e animais não existentes em outras partes do mundo. Ali, encontra-se em completa harmonia o bioma formado pelo Cerrado, Mata Atlântica e Campos Rupestres. O chão por onde tantas pessoas passam, em busca do encontro com Deus, no ponto mais alto da Serra, a Basílica da Piedade – Ermida da Padroeira de Minas Gerais, é formado por diferentes minerais. Um mosaico de pedras, com variadas cores e brilhos, protegendo mananciais de água cristalina. Na Basílica da Piedade, uma referência preciosa da fé e da arte: a imagem de Nossa Senhora da Piedade, obra de Aleijadinho.

Na Basílica da Piedade (aqui eternizada em maquete), uma referência preciosa da fé e da arte: a imagem de Nossa Senhora da Piedade, obra de Aleijadinho

Em novembro, será a vez de Ouro Preto, onde alunos de toda a rede municipal de ensino e 80 educadores participarão das atividades. O monumento escolhido é o belíssimo Museu da Inconfidência, erguido na década de 1780. O prédio é uma das principais edificações da cidade, considerada Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1980 pela UNESCO. Fundada em 1711 com o nome de Villa Rica, Ouro Preto chegou a ser a “metrópole” mais populosa da América Latina, graças à imensa riqueza em ouro que era produzida ali. Atualmente, recebe em torno de 500 mil turistas por ano.

Em seus anos de existência, o “Conhecer para Cuidar” já entregou as representações dos seguintes patrimônios e edificações:

Estado de São Paulo

  1. Museu da Imigração (São Paulo)
  2. Palacete Scarpa (Sorocaba)
  3. Teatro do Engenho (Piracicaba)
  4. Escola Estadual Dona Sinhá Junqueira (Ribeirão Preto)
  5. Colégio Nossa Senhora do Rosário (São Paulo)
  6. Teatro Padre Bento (Guarulhos)
  7. Complexo da Estação Ferroviária de Jundiaí (Jundiaí)
  8. Museu da Língua Portuguesa (São Paulo)

Estado do Rio de Janeiro

  1. Maracanã (Rio de Janeiro)

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2. Fazenda do Engenho Novo (São Gonçalo)

3. Centro Ferroviário Guilherme Nogueira (Rio das Ostras)

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Estado de Minas Gerais

  1. Igreja de São Francisco de Assis (Belo Horizonte)*
  2. Casa do Baile (Belo Horizonte)*
  3. Iate Tênis Clube (Belo Horizonte)*
  4. Museu de Arte da Pampulha (Belo Horizonte)*
  5. Casa de Cultura Nair Mendes Moreira (Contagem)
  6. Igreja Nossa Senhora da Piedade (Brumadinho)
  7. Escola Estadual Marcolino de Barros (Patos de Minas)
  8. Estação Ferroviária de Miguel Burnier (Ouro Preto)
  9. Minas Tênis Clube (Belo Horizonte)
  10. MM Gerdau, Museu das Minas e do Metal (Belo Horizonte)
  11. Colégio Santo Agostinho (Belo Horizonte)
  12. Colégio Santa Dorotéia (Belo Horizonte)
  13. Museu de Artes e Ofícios (Belo Horizonte)
  14. Santuário Bom Jesus de Matosinhos (Congonhas)*
  15. Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade (Caeté)
  16. Estádio Mineirão (Belo Horizonte)
  17. Museu da Inconfidência (Outro Preto)*

*Patrimônios Culturais da Humanidade.

Quer saber mais sobre o projeto Conhecer para Cuidar?

Acesse o site: www.conhecerparacuidar.com.br